Aumento da renda populacional favorece crescimento da Nestlé

De acordo com Ivan Zurita, presidente da Nestlé Brasil, o crescimento da empresa está atrelado ao aumento da renda da população e à maior facilidade ao crédito. Segundo levantamento da LatinPanel, as vendas da empresa quase triplicaram desde 2001.

"Estamos com uma economia aquecida, nosso crescimento em 2007 se sustenta no maior poder de compra das pessoas, principalmente aquelas de baixa renda, incorporamos um universo da população, na qual não fazíamos parte antes", afirmou Zurita.

Segundo ele, o aumento do preço das commodities foi um obstáculo a ser vencido pela companhia este ano. "Apesar de as commodities [produtos como milho e soja] terem oscilado bastante durante o ano, estamos otimistas com o crescimento da empresa: devemos dar um salto de 10% este ano", previu o executivo. O faturamento anual do grupo no Brasil é de cerca de R$ 11 bilhões.

No segmento lácteo, a Nestlé estuda sua estratégia de ter o Brasil como plataforma de exportação para outros países da América Latina. "Com o aumento da demanda interna nossa principal preocupação é abastecer o Brasil. Este ano cerca de 92% da produção da companhia ficará no mercado nacional", afirma Zurita.

A Nestlé está ampliando sua produção de leite com um investimento que deve chegar a R$ 100 milhões. A unidade a ser instalada em Palmeira das Missões (RS) terá capacidade para processar até 2,5 milhões de litros de leite, somando-se aos 8 milhões de litros que a empresa capta atualmente.

A empresa inaugurou em Araçatuba (SP) a mais moderna fábrica de fórmulas infantis (alimentos para lactentes) do mundo, que irá fabricar 30 mil toneladas de produtos destinados a esse público. Metade deste volume será exportada, segundo os planos anunciados pela companhia.

As informações são do DCI.