Ásia já é a região de maior produção de leite do mundo

A Ásia passou à frente da Europa como a região de maior produção de leite do mundo em 2006. A região agora é responsável por 34% da produção global comparado com 30% há cinco anos. As taxas de crescimento anual da produção, de cerca de 5%, foram direcionadas pela maior demanda de leite e produtos lácteos na região, sustentada por um forte crescimento econômico.

Na Índia, o país de maior produção de leite do mundo, o setor continua expandindo em mais de 3% ao ano, direcionado por uma maior demanda por produtos lácteos com valor agregado e extensivos programas de desenvolvimento de lácteos.

Dentro da região da Ásia, a China mais que dobrou sua produção nos últimos cinco anos com taxas de crescimento de mais de 20%; este crescimento poderá se reduzir à medida que os custos de produção estão aumentando e os preços do leite permanecem inalterados.

No Paquistão, a produção de leite continua expandindo em mais de 3% ao ano. O potencial do setor para crescimento é significativo e o Governo está lançando várias iniciativas relacionadas à pesquisa, capacidade de construção e melhorias nos sistemas de coleta e estocagem. Para o Irã, outro país com uma forte tradição no setor de lácteos, a produção deverá aumentar em mais de 5%, suportada pelos maiores preços.

A produção mundial de leite em 2006 deverá ser de 657 milhões de toneladas, 2,2% a mais que em 2005; projeções preliminares para 2007 são de que este crescimento continuará. Com um aumento de mais de 4%, os países em desenvolvimento liderados por China, Índia e Paquistão e países da América do Sul, serão amplamente responsáveis por mudanças na produção global de leite. Os países desenvolvidos registraram crescimento quase zero para 2006, com a produção declinando na Austrália e na União Européia (UE), mas aumentando na Nova Zelândia e nos Estados Unidos.

Os países desenvolvidos continuam perdendo participação. O crescimento de produtores e exportadores de lácteos emergentes e com baixos custos vem sendo estimulado pelos maiores preços nos últimos três anos.

A reportagem é de Sangita Shah para o The Financial Express.