A cooperativa europeia de laticínios Arla está atualmente testando uma nova tecnologia natural, sem conservantes, projetada para permitir o transporte internacional de laticínios frescos com o objetivo de criar novas oportunidades de crescimento global.
A Arla exporta mais de um bilhão de quilos de produtos à base de leite do norte da Europa para mercados internacionais, incluindo Ásia, EUA e Austrália. Embora alguns produtos lácteos frescos sejam congelados e transportados por avião, esse método não se adequa à maioria do novo portfólio da Arla. A empresa revelou nesta semana que desenvolveu uma ferramenta de "super-resfriamento" que permite que produtos frescos viajem longas distâncias em navios.
“Uma maneira fácil e conhecida de distribuir alimentos para mercados distantes é congelar e voar, mas isso destrói a qualidade de alguns de nossos produtos. Estamos vendo cada vez mais mercados solicitando produtos refrigerados, com sabor fresco e natural, em vez de produtos congelados que exigem descongelamento ou produtos com conservantes”, disse Lars Dalsgaard, vice-presidente sênior de produtos e inovação.
A Arla está realizando estudos aprofundados de cada produto lácteo individual para identificar com precisão quais fatores afetam a qualidade do produto durante o transporte.
Segundo Dalsgaard, a relação entre tempo e resfriamento avançado é uma das chaves para liberar as limitações do portfólio em mercados fora da Europa. "Controlar essas variáveis nos permite colocar o produto no modo de hibernação", disse ele.
A primeira remessa de queijos super-resfriados Castello Decorated Cream Cheeses, que não podem ser congelados, chegou recentemente da Austrália a partir da Dinamarca, tendo sido armazenada em contêineres especiais sob condições super-resfriadas.
Atualmente, a nova ferramenta está sendo testada em uma variedade de diferentes produtos lácteos frescos, desde leite e iogurte a queijos. Ela segue uma série de anúncios recentes de tecnologia na Arla, incluindo sistemas automatizados de imagens em 3D para melhorar o bem-estar dos animais e a inteligência artificial para prever o suprimento de leite.
As informações são do FoodBev.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint.