Arla: genoma pode impulsionar produção de probióticos

Reportagem de Stephen Daniells para o site Dairy Reporter informou que a segunda maior companhia de lácteos da Europa, Arla Foods, assinou um acordo com a Integrated Genomics, dos Estados Unidos, para ter acesso à base de dados ERGO e ao sistema de descoberta genômica e melhorar o entendimento da companhia sobre os probióticos.

O gerente de biociência e probióticos da Arla Foods, Ulla Svensson, disse que a colaboração irá manter seu foco no seqüenciamento da cepa F19 do Lactobacillus casei, bactéria com a qual a empresa tem trabalhado bastante. A cepa já vem sendo usada em uma série de estudos clínicos e um queijo probiótico contendo esta bactéria foi recentemente lançado nos EUA.

"Conhecer a seqüência do Lactobacillus casei F19 nos dará possibilidades para estender o uso de probióticos".

O acordo, que deverá funcionar em todo o ano de 2007, permitirá que os cientistas da Arla Foods usem o sistema de bioinformática ERGO da Integrated Genomics para caracterizar e desenvolver bactérias láticas usadas em uma série de produtos lácteos, incluindo leite, queijo e manteiga. A base de dados ERGO já contém mais de 1145 genomas em vários estágios de finalização.

A maioria das companhias de lácteos da Europa acredita que os probióticos, bactérias vivas que oferecem benefícios à saúde do consumidor, serão um dos principais direcionadores do crescimento do setor de lácteos nos próximos anos.

Os probióticos continuam tendo um importante crescimento de mercado. O setor europeu deverá mais que triplicar em valor nos próximos anos, de acordo com a Frost & Sullivan, atingindo US$ 137,9 milhões em 2010.

A multinacional francesa Danone já tinha anunciado no ano passado uma licença de três anos com a Integrated Genomics para ter acesso à base de dados ERGO.