Este aumento se deve à expansão da produção diária por propriedade, que mais que compensou a redução no número de estabelecimentos. Nos cinco primeiros meses de 2006, a quantidade de propriedades leiteiras mostrou uma redução média anual de 3,6%, enquanto a produção diária por propriedade aumentou, em média, 11% com relação a 2005.
Os dados de maio evidenciaram uma aceleração no ritmo de crescimento anual, tanto na recepção total, como na entrega diária por propriedade leiteira: enquanto a recepção total aumentou 9,4% em abril e 10,3% em maio, a entrega diária média por estabelecimento aumentou 11,4% e 12,4%, respectivamente.
Em maio, as indústrias "indicadoras" (15 empresas sobre cuja base se estima a tendência de produção primária nacional) receberam em média 13,9 milhões de litros diários, provenientes de 6,14 mil produtores, enquanto que, no ano anterior, captaram em média 12,8 milhões de litros diários, entregues por aproximadamente 6,36 mil produtores.
Exportações
As exportações de lácteos da Argentina nos primeiros cinco meses de 2006 foram de 123 mil toneladas, por US$ 238 milhões, de acordo com o informe da Subsecretaria de Política Agropecuária e Alimentos. Com relação ao ano anterior, esses dados significaram aumentos de 8,6% e 15,1%, em volume e valor, respectivamente.
O preço médio neste período foi de US$ 2.167 por tonelada, o que representa uma alta de 2,4% com relação à média do mesmo período do ano anterior.
Assim como ocorreu em 2005, nos primeiros cinco meses do ano os queijos mostraram um desempenho melhor do que os leites em pó. Entre janeiro e maio de 2006, as exportações de queijos mostraram uma expansão interanual de cerca de 12% em toneladas e de 22% em valor, com relação ao mesmo período de 2005.
Já as exportações de leites em pó aumentaram apenas 2,2% em volume e 7,5% em valor. Como resultado desta evolução, vale destacar que enquanto a participação - medida em valor - dos leites em pó declinou de 70% nos primeiros cinco meses de 2005 para 65% em 2006, a dos queijos passou de 21% a 22% no mesmo período. Entre os demais produtos, destaca-se o aumento da contribuição da manteiga (entre janeiro-maio de 2005 e o mesmo período deste ano, passou de 0,3% para 3% dos valores obtidos) e, em menor medida, dos leites fluidos e do soro de leite.
No período de janeiro a maio de 2006, as exportações de leite em pó foram de US$ 184,5 milhões, e as de queijos foram de US$ 62 milhões.
Entre janeiro e maio de 2006, as pequenas e médias empresas exportadoras representaram 53% do total de firmas que exportaram queijos (16 de um total de 30), uma presença muito superior à do mercado de leite em pó, que foi de 30% (com 8 firmas de um total de 27). Em termos de valor, essas empresas concentraram 29% do valor total exportado de queijos, uma contribuição cinco vezes maior do que à correspondente ao mercado de leite em pó, de 5,4%.
A Argentina exportou produtos lácteos para 100 países nos primeiros cinco meses do ano, seis a mais do que em 2005. Destacam-se a recuperação das compras da Argélia, com uma alta interanual de 8% em volume, e uma participação de 14,7% em toneladas, que colocou a Venezuela em segundo lugar, ainda que este país tenha ficado em primeiro lugar nos primeiros quatro meses do ano. A Venezuela aumentou em 21% suas compras de produtos lácteos argentinos com relação a 2005 e ficou com 13,9% das vendas. O Brasil teve um aumento interanual de 5% em volume e ficou em terceiro lugar, com uma participação de 12,9% do total. Em seguida estão : Chile (4º, +172% vs. 2005), México (5º, +35%) e Rússia (6º, +112%).
No caso particular dos queijos, nos primeiros cinco meses de 2006 foram exportados para 31 mercados - sete a menos que no mesmo período de 2005 - destacando-se em volume Estados Unidos (26,4%), Chile (17,1%), Rússia (15,9%), México (10,5%), Japão (8,8%) e Coréia (8,2%).
Finalmente, o volume exportado entre janeiro e maio de 2006 representou um total de 908 milhões de litros equivalentes de leite, valor apenas 2,5% superior ao acumulado no mesmo período do ano anterior. O total embarcado foi de cerca de 22% da produção nacional, ou seja, 1,6% a menos do que no mesmo período do ano anterior.
Recepção de leite na Argentina (em litros)

NOTA: Os dados são provisórios.
1Pode ser parcialmente explicado por flutuações nas compras a terceiros ou na quantidade ou tamanho das propriedades leiteiras da amostra.
2Em dias constantes.
Recepção acumulada de leite (em milhões de litros)

NOTA: Os dados são provisórios - em dias constantes.
Fonte: Direção da Indústria Alimentícia - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA), sobre a base de dados fornecida pela indústria.
Recepção de leite nas principais indústrias - 2003-2006

Recepção total, número de propriedades leiteiras e entrega diária por propriedade
Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior

NOTA: Os dados são provisórios - em dias constantes.
Fonte: Direção da Indústria Alimentícia - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA), sobre a base de dados fornecida pela indústria.
Recepção total, número de propriedades leiteiras e entrega diária por propriedade
Variação interanual 2005-2006

Exportações de lácteos da Argentina 2004-2006 - Totais e Brasil
(a) Em volume

1Em toneladas de peso produto, exceto leite fluido, que foi previamente convertido em equivalente em leite em pó (10%).
Dados provisórios.
(b) Em valor

(c) Preço

Preço médio = valor total / volume total.
Para obter um preço mais representativo, neste caso, o preço está expresso em toneladas de peso produto incluindo o leite fluido.
Fonte: Até abril 2006: INDEC; Maio: Aduana-AFIP.
Exportações de lácteos da Argentina - 2004 - 2006
