Argentina: oferta se normaliza e preços podem cair

As indústrias leiteiras da Argentina estão obtendo uma maior recepção de leite nos últimos tempos, com um incremento de cerca de 17% sobre alguns meses atrás, quando as inundações e um rigoroso inverno que trouxe dezenas de geadas no campo diminuiu consideravelmente a produção leiteira.

Segundo o site Infortambo, isto poderia trazer uma redução dos preços ao consumidor dos produtos lácteos. Nas gôndolas dos supermercados, apesar de contar com um preço alto do litro de leite (cotado hoje entre 2,5 e 3,5 pesos - entre R$ 1,44 e R$ 2,02), já não se percebe a forte escassez que se viveu desde abril até agosto deste ano. Os anúncios que indicaram aos compradores que só se vendem 3 litros de leite por pessoa desapareceram há algum tempo, e hoje os consumidores podem desfrutar de uma oferta de leite normalizada.

O clima satisfatório nos últimos tempos, somado à chegada da primavera e a restauração paulatina dos produtores da província, permitiram uma maior produção de leite e, portanto, tendência de crescimento da oferta aos níveis do início do ano. No entanto, se calcula ainda uma redução da ordem de 8% do total produzido em relação ao ano passado.

A crise por que passou o setor leiteiro da Argentina proporcionou um aumento do litro do leite ao produtor para cerca de 80 centavos de peso (R$ 0,4629). No entanto, com a melhora das condições de produção, analistas advertem que o preço poderia cair rapidamente e ficar alguns centavos acima dos 55 centavos de peso (R$ 0,3183), valor que se pagava no início deste ano.

Os analistas também asseguram uma queda de preço do leite ao consumidor, devido ao novo esquema de oferta do produto. Um sinal é a queda dos produtos derivados de leite.

Os queijos em geral tiveram uma recente redução de preços na ordem de 10%, uma valor nada desprezível se contabilizar que as vozes mais pessimistas falam de uma inflação atual que dica em cerca de 20 pontos.

As informações são do Diário Castellanos, publicadas no site Lechería Latina.