Argentina: Governo manterá tarifas de exportação

Publicado por: MilkPoint

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Faltando duas semanas para que se cumpra o prazo de três meses desde que as tarifas de exportação de lácteos da Argentina foram aumentadas de 5% para 15%, o Governo do país não tem a intenção de reduzir os impostos de exportação à porcentagem que estava antes, de forma que esta medida se manterá, contra o que esperavam os produtores, durante 180 dias.

Há três meses o Ministério da Economia resolveu aumentar os impostos após ter fracassado o acordo de preços firmado com as indústrias em março passado. Nesta ocasião, foi dito que em 90 dias a medida, Resolução 406, seria revisada, o que abriu especulações com relação à possibilidade de que os impostos de exportação voltassem a 5%.

Agora, a 15 dias desse prazo, o Governo informou que fará a análise necessária, mas que descarta que isso necessariamente se traduzirá em uma redução dos impostos. Com uma inflação de 1,2%, as autoridades não parecem dispostas a uma mudança nesta medida, apesar de o aumento dos impostos não ter conseguido evitar que os lácteos aumentassem 0,6% durante o mês passado. "Vamos fazer uma revisão para analisar as variáveis da economia do setor, mas nunca se disse que (o aumento ocorrido em julho) seria cancelado. Em princípio, a medida vence dia 22 de janeiro próximo", disse uma fonte da Secretaria da Agricultura.

Sem mudanças

Segundo a fonte, na semana passada, durante uma reunião do Comitê Federal de Leiteria, que contou com a participação das autoridades do Ministério da Economia e de funcionários das principais províncias produtoras de leite do país, como Santa Fé, Córdoba, Buenos Aires, Entre Ríos e La Pampa, será revisada a medida no final do mês, mas não se falou de uma mudança dos impostos.

De imediato, o Governo espera redistribuir à produção o dinheiro gerado pelo aumento dos impostos durante os 180 dias da medida, que ficaria em torno de US$ 20 milhões adicionais aos US$ 27 milhões que já eram gerados com os impostos em 5%. Enquanto 85% dos fundos irão subsidiar taxas de créditos para que os produtores façam investimentos, os 15% restantes serão utilizados para apoiar planos sanitários e estudos sobre o setor.

Esta decisão do Governo é rechaçada pelos produtores de leite argentinos, que reclamam a eliminação das tarifas quando o prazo de 90 dias terminar. "Por um lado nos tiram e por outro nos devolvem algo, mas as retenções deveriam ser eliminadas", disse o presidente da Mesa de Produtores de Leite de Santa Fé, Roberto Socín.

O presidente da Confederação de Associações Rurais da Terceira Zona (Cartez), Néstor Roulet, concordou. "Não nos podem emprestar o dinheiro que é nosso. As retenções vão continuar porque o Governo crê que, com isso, pode controlar o mercado interno".

Fonte: La Nación (por Fernando Bertello), adaptado por Equipe MilkPoint
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