Argentina: consumidores denunciam falta de lácteos

Em meio à crise do leite pela decisão do Governo argentino de determinar um preço de referência de 0,78 pesos (US$ 0,24) o litro ao produtor, na Capital Federal e em diversas regiões do interior, registra-se falta de produtos, segundo diversas fontes consultadas. Os produtores argentinos estão ameaçando fazer protestos contra a medida oficial, com bloqueios a usinas.

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Em meio à crise do leite pela decisão do Governo argentino de determinar um preço de referência de 0,78 pesos (US$ 0,24) o litro ao produtor, na Capital Federal e em diversas regiões do interior, registra-se falta de produtos, segundo diversas fontes consultadas. Os produtores argentinos estão ameaçando fazer protestos contra a medida oficial, com bloqueios a usinas.

"O problema continua", disse a presidente do Centro de Educação ao Consumidor (CEC), Susana Andrada, que informou ao La Nación que o centro detectou falta de 30% a 35% de leite fluido na Capital Federal.

O porta-voz da Mastellone Hermanos, dona da marca La Serenísima, Ernesto Arenaza, disse que a empresa está entregando mais produtos, apesar de receber 10% menos matéria-prima com relação ao ano passado. "Ainda com esta queda, entregamos 400 mil litros a mais por dia. Suprimimos as exportações".

Arenaza ressaltou que na Capital Federal o mercado está "bem abastecido em leite", ainda que reconheceu que pode haver inconvenientes de "alguma outra linha". Ele admitiu que há falta de leite fluido em alguns mercados do interior, como na região centro e norte do país.

O presidente da empresa Manfrey, Ercole Felippa, disse que a entrega de leite fluido aumentou em 4,5%.

Por problemas climáticos, fechamentos de fazendas e mudança para outras atividades, até agora o país vem produzindo 8,1% menos leite que em 2006, enquanto se calcula que 2007 fechará com uma baixa de mais de 10%. Uma fonte do setor disse que as faltas atuais seriam estratégias de algumas firmas.

Em Tucumán, supermercados de pequena e média escala denunciaram a falta de leite. Nas grandes cadeias, disseram que o abastecimento está normal. O presidente da Câmara de Supermercadistas local, Guillermo Saccomani, estimou que a restrição na oferta pode ser conseqüência do preço de referência para os produtores.

O chefe de Gabinete, Alberto Fernández, criticou os produtores de leite pela ameaça de bloquear plantas e disse que os 78 centavos fixados - contra 83 centavos (US$ 0,2648) que recebiam os produtores equivale a um lucro muito importante. Os produtores querem 95 centavos (US$ 0,3031). Um trabalho do vice-presidente das Confederações Rurais Argentinas (CRA), Néstor Roulet, revela que para um determinado estabelecimento, com um preço oficial, a rentabilidade parcial por hectare baixa de US$ 116 a US$ 50 por hectare. "Não convém produzir". Em vez disso, o produtor tem a opção de arrendar e cobrar US$ 400 por hectare para a produção de soja.

Em 11/12/07 - 1 Peso Argentino = US$ 0,31907
3,13406 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
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