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Argentina: com aumento dos custos, fazendas leiteiras estão próximos à prejuízo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/05/2022

3 MIN DE LEITURA

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Em breve, as fazendas leiteiras argentinas começarão a receber pagamentos das fábricas pelo leite entregue em abril.

Em março, o valor médio pago por litro por cada produtor foi de 40,69 pesos (US$ 0,35), segundo levantamento mensal da Direção Nacional de Laticínios, 7,2% acima de fevereiro, alta de 17,7% no trimestre e alta de 54,9% em relação ao ano anterior. Para este mês, a expectativa é de uma alta mensal entre 4 e 6%.

Esses números, vistos isoladamente, parecem configurar um cenário positivo para a indústria leiteira, mas relatórios do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) e dos Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (CREA) mostram que o copo está muito mais vazio do que parece.
 

OCLA

A OCLA produz mensalmente um relatório sobre a lucratividade das fazendas leiteiras argentinas, e o último relatório sobre o assunto mostra que em março elas mal conseguiram superar o custo de produção em centavos: 40,69 pesos recebidos  contra pesos 40,65 gastos, apenas 4 centavos (0,034 centavos de dólar) de diferença.

Dessa forma, o retorno sobre o capital ficou em apenas 0,4%, o menor em 12 meses. Para atingir uma rentabilidade de 5%, que é o ideal para dar sustentabilidade ao negócio, o preço deveria ter ficado em 46,41 pesos (US$ 0,40), valor que nem será atingido em abril, e sem levar em conta os aumentos de custos ocorridos ou mais passado.

Mas, além disso, o aumento anual de 54,9% no preço ao produtor está abaixo da inflação oficial medida pelo INDEC: 55,1%. Enquanto o aumento do leite, de 17,7% até agora neste ano, é inferior ao aumento de 19,4% nos custos. "Essas variações indicam claramente que os custos de produção aceleraram no primeiro trimestre do ano e principalmente no último mês devido à alta de preços de concentrados, fertilizantes, agroquímicos e combustíveis, entre outros", resume o relatório.
 

CREA

Enquanto isso, o atual relatório sobre agricultura que o CREA divulga trimestralmente entre seus associados também enfoca os múltiplos problemas enfrentados pela indústria de laticínios na situação atual.

Por exemplo, menciona que o Índice de Custos (IC) aumentou 8,8% ano-a-ano em março, em comparação com o aumento de 1,6% do Índice de Preços (IP). “Foi assim que a relação IP/IC ficou em 0,81, sendo a menor relação do ano passado. Desta forma, a tendência de queda acentua-se e a rentabilidade das fazendas leiteiras continua se deteriorando”, sublinha o documento.

Outro aspecto revelado pelo estudo é a piora dos termos de troca: hoje são necessários 17% a mais de leite do que há um ano para comprar milho, 12% a mais para comprar soja e 50% a mais para comprar fertilizantes. E em relação aos anos anteriores, a relação é ainda pior.

Para o CREA, o setor leiteiro enfrenta um horizonte complicado, em todas as frentes. Por isso, ele considera que a luz do negócio de lácteos está "amarela".

Textualmente, o relatório afirma o seguinte:

  • Sinais internos: No curto prazo, espera-se uma pequena queda nas produções individuais devido às condições climáticas que ocorreram durante o verão. Será necessário ver como evolui, tendo em conta as estratégias de produção que os empresários vão levar a cabo num contexto de menor disponibilidade de reservas e aumento dos custos de produção. O ano de 2022 começou com números negativos para a demanda interna (em faturamento), visto que o volume de vendas diminuiu, os preços cresceram abaixo da inflação e o poder de compra dos salários se deteriorou em relação à cesta de leite.
     
  • Sinais externos: Embora as exportações de lácteos argentinos tenham começado o ano com queda no volume vendido, essa situação foi compensada pelos maiores preços recebidos. Para os próximos meses, os valores futuros do leite em pó diminuem, mas permanecem bem acima dos preços históricos (4.300 vs. 3.000 USD/t). Surge uma questão sobre a dimensão do impacto da guerra Rússia-Ucrânia no desempenho das exportações argentinas para os próximos meses.

As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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