Argentina: abastecimento de lácteos se normaliza

Os problemas de abastecimento de leite já estão superados, após a crise gerada pelas inundações em março passado em Santa Fé - província que produz 34% do leite da Argentina. No entanto, a maior produção leiteira que normalmente chega com a primavera não deve resultar em queda nos preços ao público, com exceção de alguns queijos. A indústria de lácteos argentina diz que seus preços já estão mais baixos, o que evita uma diminuição maior, mas também fala em buscar manter o preço da matéria-prima ao produtor.

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Os problemas de abastecimento de leite já estão superados, após a crise gerada pelas inundações em março passado em Santa Fé - província que produz 34% do leite da Argentina. No entanto, a maior produção leiteira que normalmente chega com a primavera não deve resultar em queda nos preços ao público, com exceção de alguns queijos. A indústria de lácteos argentina diz que seus preços já estão mais baixos, o que evita uma diminuição maior, mas também fala em buscar manter o preço da matéria-prima ao produtor.

Com relação a abril, mês em que a produção se agravou por causa das condições climáticas, hoje se calcula que há cerca de 25% mais leite. Fontes da indústria afirmam que o mercado está totalmente abastecido atualmente.

Neste contexto, com uma maior produção na primavera, que virá com mais pastos nos campos, surgem dúvidas sobre o que vai acontecer com os preços ao consumidor e ao produtor.

"Não se prevê uma queda de preços ao consumidor, porque (o preço) já está atrás com relação à alta dos custos (como a matéria-prima). Enquanto o preço ao consumidor subiu cerca de 7% no último ano, o preço do litro de leite ao produtor cresceu cerca de 55% - de 53 para 82 centavos de pesos (US$ 0,1687 a US$ 0,2610)", explicou o porta-voz da La Serenísima, Ernesto Arenaza.

As apostas do setor são de que o preço se mantenha. Mesmo nos queijos, que devem apresentar quedas nos preços atacadistas, as reduções não deverão chegar na mesma proporção ao público, disseram fontes do setor ao jornal La Nación.

No entanto, no setor também se acredita que não deverá cair de forma significativa o preço do leite ao produtor, embora exista uma tendência sazonal de queda diante da maior oferta. "Ninguém vai se arriscar a ficar sem leite", disse o consultor, José Quintana.

Porém, apesar da maior oferta no mercado, com relação aos primeiros oito meses de 2006, estima-se que a Argentina hoje tem de 10% a 12% menos leite. Segundo especialistas, o mercado está abastecido, apesar da menor produção de leite, devido ao mau desempenho das exportações nos últimos meses, que caíram bastante e deixaram mais leite no mercado interno. Somente em agosto passado foram exportadas 3595 toneladas de leite em pó, 79,5% a menos que no mesmo mês de 2006.

Um pouco por ter menos leite e um pouco pelo baixo entusiasmo em exportar com um preço de corte de US$ 2.100/t de leite em pó - valor estabelecido para criar um fundo e compensar a diferença entre preços internos e externos.

Em 13/09/07 - 1 Peso Argentino = US$ 0,31832
3,14151 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
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