ARG: produtores rechaçam acordo com o Governo

Os dirigentes das principais associações agrícolas da Argentina rechaçaram o acordo firmado na última quarta-feira (2) entre a indústria de lácteos e a Secretaria de Comércio Interior, considerando que "a solução não está em mais compensações, mas sim, em um preço que nos permita seguir produzindo e investindo para aumentar a produção de leite como único caminho para abastecer plenamente o mercado interno e aproveitar uma excepcional oportunidade internacional".

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Os dirigentes das principais associações agrícolas da Argentina rechaçaram o acordo firmado na última quarta-feira (2) entre a indústria de lácteos e a Secretaria de Comércio Interior, considerando que "a solução não está em mais compensações, mas sim, em um preço que nos permita seguir produzindo e investindo para aumentar a produção de leite como único caminho para abastecer plenamente o mercado interno e aproveitar uma excepcional oportunidade internacional".

No acordo - encabeçado pela presidente Cristina Fernández de Kirchner - ficou determinado que, nos meses de julho e agosto deste ano, a indústria láctea se compromete a pagar 0,94 pesos (US$ 0,31) por litro de leite aos produtores, em troca de um subsídio de 0,15 pesos (US$ 0,04) "por cada litro de leite utilizado na elaboração de produtos denominados massivos". Na lista de "produtos denominados massivos" estão produtos como Por Salut Diet, cremes untáveis, leite achocolatado, iogurte cremoso light e sobremesas. O acordo não esclarece se o subsídios de 0,15 pesos (US$ 0,04) por litro será pago por tempo indeterminado, ou se será somente nos meses de julho e agosto de 2008, segundo informou o site Infocampo.

Além disso, ficou determinado que os produtores que produzam até 12 mil litros diários "por unidade produtiva" receberão pelos primeiros 6 mil litros diários uma compensação de 0,102 pesos (US$ 0,03) por litro correspondente às liquidações de junho, julho e agosto de 2008 (o pagamento de junho será realizado junto com o de julho). O Governo se comprometeu a elevar o preço de corte das exportações de leite em pó integral do atual nível de US$ 2.770 por tonelada para US$ 3.116 por tonelada (o preço FOB médio argentino deste produto está atualmente na ordem de US$ 4.200 por tonelada).

Através de um comunicado de imprensa divulgado no final da semana passada, a Sociedade Rural Argentina (SRA), as Confederações Rurais Argentinas (CRA), a Federação Agrária Argentina (FAA), a União Geral de Produtores de Leite e a Câmara de Produtores de Leite de Buenos Aires (Caproleba) indicaram que "da experiência que o setor tem acumulado nos acordos antes firmados e não cumpridos, consideramos que não devem ser sancionados novos acordos que possam seguir o mesmo caminho. Também rechaçamos todo acordo que seja realizado sem a participação das entidades que formam tanto a Comissão de Enlace como a Mesa Nacional de Produtores de Leite".

Segundo reportagem do site Infocampo, as entidades da produção também disseram que priorizam "a união, o fortalecimento e a institucionalização da produção obtida a partir da formação da Comissão de Enlace (Agropecuária). Portanto, não concordamos em acompanhar nenhuma ação do Governo que aponte dividir essa grande conquista".

Em 03/07/08 - 1 Peso Argentino = US$ 0,33128
3,01863 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
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