Os dados de preços da primeira quinzena de abril voltam a ratificar o fracasso das medidas governamentais tomadas para conter os aumentos nos índices de preços na Argentina. Segundo o Sindicado dos Trabalhadores da Alimentação (STIA), de Córdoba, na primeira quinzena de abril a cesta básica voltou a sofrer um aumento de 0,92%.
Os produtos lácteos voltaram a subir, registrando um aumento de 4,59%, segundo o STIA. Este aumento - o maior da categoria de alimentos e bebidas que cresceu 1,19% - acumula 7,8% de aumento nos produtos lácteos em 45 dias.
Os dados demonstram o fracasso das medidas adotadas pelo Governo - acordos de preços, aumento de impostos e fim das reintegrações ao setor agropecuário. Embora o motivo para estas medidas seja conter o índice inflacionário e defender os preços ao consumidor, os efeitos estão sendo outros.
Em contrapartida, a produção de leite tem sentido o efeito do aumento nos impostos, apresentando uma constante queda em sua rentabilidade. Apesar de o preço do leite cru ter aumentado sensivelmente devido à redução sazonal da oferta, os custos de produção têm aumentado de forma crescente.
Entre março de 2005 e março de 2006, os preços dos insumos aumentaram 11% contra um aumento de somente 9,4% no preço do leite cru no mesmo período. Isso resultou em uma contínua transferência dos lucros dos setores de produção e consumo - desfavorecido pelo aumento dos preços nas gôndolas - às indústrias, supermercados e, inclusive, o Estado.
A reportagem é do Info-Caprolec, publicado no site Lechería Latina.
ARG: preços dos lácteos voltam a subir nas gôndolas
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