ARG: pequenos laticínios em dificuldades

As indústrias de lácteos da Argentina deverão vender no mercado interno sua produção de leite em pó a preços até US$ 1.100 por tonelada inferiores aos valores FOB por causa das fortes restrições às exportações aplicadas pelo Governo nacional, informou o site Infocampo.

A medida afeta especialmente as pequenas e médias empresas de lácteos regionais, dado que as grandes indústrias - além de receberem importantes valores em termos de compensações -, podem vender parte de sua produção aos mercados externos.

"Hoje, as empresas brigam para nos vender e nos oferecem prazos de pagamentos extensos e ampla disponibilidade, algo que antes não ocorria", disse o representante de compras da cadeia de sorvetes Yomo, Oscar Tustanoski. "Notamos que há uma grande necessidade de vender".

Devido à sobre-oferta de leite em pó presente no mercado interno argentino - produto das restrições às exportações -, os valores deste produto no mercado local estão entre US$ 3.000 e US$ 3.200 a tonelada. No entanto, em agosto, as exportações realizadas por grandes empresas tiveram um preço FOB médio de US$ 4.120 por tonelada.

Para o consultor do setor de lácteos, José Quintana, "as indústrias, especialmente as pequenas e médias, não têm outra maneira possível de pagar a seus funcionários e conseguir a permanência no mercado com um mínimo de margem de rentabilidade ou economizando custos. Têm necessariamente que se aproximar o máximo possível dos preços internacionais para seguir existindo, coisa que atualmente lhes está custando muitíssimo".

As informações são do site Infocampo, adaptadas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.