ARG: país vem reduzindo produção de leite

A Argentina foi o país que mais reduziu sua produção de leite nos últimos cinco anos, segundo o último relatório anual do centro de pesquisas alemão <i>International Farm Comparison Network</i> (IFCN), compilado em trabalho da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (Aacrea).

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A Argentina foi o país que mais reduziu sua produção de leite nos últimos cinco anos, segundo o último relatório anual do centro de pesquisas alemão International Farm Comparison Network (IFCN), compilado em trabalho da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (Aacrea).

Segundo o levantamento do IFCN, nos últimos cinco anos a produção de leite da América Latina cresceu em conjunto 1,9%. A Argentina ficou em primeiro lugar entre os países que apresentaram queda na produção, seguida por Venezuela. Dos países que já tinham uma produção importante, o Brasil foi o que mais cresceu, seguido de perto pelo Chile e Colômbia, os três superando a média. No mesmo período, Equador e Peru, que eram pequenos produtores, cresceram ainda mais e passaram a ser produtores médios, enquanto que os que mais cresceram foram Guatemala e Honduras, embora continuem sendo produtores pouco importantes.

Um recente trabalho da Associação de Produtores de Leite (APL) da Argentina se une a esse estudo e mostra a perda de participação relativa da Argentina na produção leiteira. O país produziu no ano passado, segundo estimativas oficiais, 9,5 bilhões de litros de leite, 8% a menos que em 1999 (10,328 bilhões de litros), enquanto Brasil, Uruguai e Chile aumentaram a produção. Assim, a Argentina, que era responsável por um terço da produção dos quatro países há oito anos (32,3%), reduziu sua participação para um quarto (24,3%) em 2007. O Brasil, que já tinha 59,6%, passou para mais de dois terços (67,6%).

As regulamentações oficiais que pesam sobre a cadeia láctea da Argentina (preço de corte para os produtos de exportação que equivalem a impostos, preço máximo ao produtor, sistema de compensações que prioriza a indústria sobre a produção primária) criam, como nos demais setores que sofrem intervenção, problemas imediatos. Por um lado, a queda das exportações, que até agora vem se acentuando com relação ao ano anterior (no primeiro trimestre, foram reduzidas em 44% no caso do leite e 36% no caso de queijos, segundo dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar), tira dos produtores o estímulo do excelente preço internacional para aumentar a produção.

Por sua vez, os custos têm aumentado bastante, o que determinou uma redução da margem bruta, apesar de, segundo o estudo da Aacrea, entre o fim de 2004 e o começo de 2008, o preço do leite ter aumentado em 60%. O aumento dos preços dos grãos determinou que a alimentação dos animais passasse a representar em média 54% dos gastos diretos das fazendas leiteiras. Atualmente, por causa da seca, esse número teria subido para 70%.

Segundo a Aacrea, 43% das fazendas leiteiras da Argentina desenvolvem sua atividade sobre terras arrendadas. A competição da demanda de terras para a agricultura tem aumentado bastante o valor da terra e, com isso, os custos da produção de leite. Por esta razão, a Aacrea disse que é preciso incluir esse valor no cálculo dos custos de produção do setor.

A reportagem é do El Cronista, publicado no site Lechería Latina.
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