ARG: governo autoriza aumentos de até 9% para lácteos

O secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, autorizou aumentos de 2% para uma cesta de 16 produtos lácteos básicos que inclui leite fluido, manteiga, leite em pó, alguns iogurtes e queijos, segundo afirmaram fontes industriais ao <i>La Nación</i>. Paralelamente, Moreno habilitou uma alta de 9% para os produtos denominados de "seletivos", mas também controlados, e que contêm um maior valor agregado, como determinados leites fortificados.

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O secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, autorizou aumentos de 2% para uma cesta de 16 produtos lácteos básicos que inclui leite fluido, manteiga, leite em pó, alguns iogurtes e queijos, segundo afirmaram fontes industriais ao La Nación. Paralelamente, Moreno habilitou uma alta de 9% para os produtos denominados de "seletivos", mas também controlados, e que contêm um maior valor agregado, como determinados leites fortificados.

Este é o terceiro aumento do ano que o secretário de Comércio Interior permite para os produtos lácteos controlados. O aumento de 2% para os produtos mais básicos faz parte de uma pauta anual de 8% que tinha prometido aos empresários no começo do ano. Com a autorização, chega-se a 6% dentro deste cronograma. Os novos aumentos passaram a valer a partir de primeiro de outubro.

A decisão de Moreno de permitir estes aumentos está diretamente relacionada com uma estratégia para convencer os empresários a firmarem um convênio que deveria levar o valor do leite para 1 peso (US$ 0,31) por litro aos produtores, contra os 94,5 centavos de peso (29,51 centavos de dólar) que a indústria tinha que pagar no acordo anterior. Moreno achava que poderia levar um acordo à presidente argentina Cristina Kirchner e, para isso, reuniu-se com várias indústrias. No entanto, pela primeira vez estas lhe disseram "não".

No convênio proposto por Moreno, que está "em espera", o Governo se compromete a adquirir os enormes estoques de leite em pó que as empresas acumularam pelas barreiras às exportações que o próprio Moreno aplicou há dois meses.

Apesar da intenção de Moreno de levar o preço do litro de leite a 1 peso (US$ 0,31), na realidade, as indústrias afirmam que não podem nem sequer manter o preço do acordo anterior e, inclusive, já estão anunciando aos produtores baixas de 10%. Eles afirmam que há maior produção com relação ao ano passado (7-8% a mais) e que o mercado internacional está em queda. Neste contexto, vários empresários do setor leiteiro argentino acharam insólita a idéia de comprar os estoques de leite em pó quando, todavia, o Governo deve compensações desde novembro do ano passado.

Diante destas informações, a Mesa Nacional de Produtores de Leite, que reúne as principais províncias leiteiras da Argentina, disse que não firmará nenhum tipo de acordo com o Governo nacional, sem que se saibam os termos antecipadamente e que se disponham de um tempo mínimo e necessário para que se concorde com ele.

Em 09/10/08 - 1 Peso Argentino = US$ 0,31238
3,20127 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

As informações são do La Nación, adaptadas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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