ARG: Congresso aprova pôlemico aumento dos impostos

Os deputados argentinos aprovaram no último sábado (5), o projeto de lei que prevê aumento de impostos às exportações de grãos do país e que foi motivo de protestos no setor rural da Argentina. A medida foi lançada pelo governo da presidente Cristina Kirchner em março passado levando os ruralistas a realizarem protestos por 101 dias. As manifestações provocaram desabastecimento no país e a saída do ministro da Economia, Martín Lousteau, além de terem causado uma queda na imagem positiva da presidente.

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Os deputados argentinos aprovaram no último sábado (5), o projeto de lei que prevê aumento de impostos às exportações de grãos do país e que foi motivo de protestos no setor rural da Argentina. A medida foi lançada pelo governo da presidente Cristina Kirchner em março passado levando os ruralistas a realizarem protestos por 101 dias. As manifestações provocaram desabastecimento no país e a saída do ministro da Economia, Martín Lousteau, além de terem causado uma queda na imagem positiva da presidente.

O projeto foi modificado até minutos antes da votação, na Câmara dos Deputados, ampliando benefícios para pequenos produtores. "Os que produzirem até 300 toneladas anuais terão imposto menor. As medidas vão favorecer a grande maioria dos produtores", disse o deputado Augustin Rossi, líder do partido governista Frente para a Vitória.

Apesar das modificações, o setor rural ainda não parece satisfeito com o texto da nova medida. "Essa história ainda não terminou. O segundo tempo será jogado no Senado. As modificações feitas na última hora não resolveram nossa insatisfação", disse o presidente da Federação Agrária Argentina, Eduardo Buzzi. Os fazendeiros não descartavam apelar à Suprema Corte de Justiça, caso o Senado ratifique a iniciativa do governo.

Durante os discursos que realizaram no Plenário, os deputados da oposição argentinos citaram o Brasil e os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um exemplo a ser seguido na Argentina. "Esta lei não mudará a realidade da Argentina hoje. Produzimos cada vez menos leite e carne (...). Enquanto o Brasil, multiplica sua produção, suas cabeças de gado e já nos passou como maior produtor de carne do mundo", disse o deputado Pedro Morini, da opositora UCR (União Cívica Radical).

Parlamentares da base governista, como Alberto Cantero, presidente da comissão de agricultura, entendem que o aumento de impostos "evitará" que os alimentos consumidos pelos argentinos sofram influência das altas internacionais de preços. "A nossa preocupação é principalmente com o preço dos alimentos na mesa dos argentinos. É uma decisão de política de estado e o início do desenvolvimento da Argentina", disse.

Desde que assumiu o cargo, em dezembro do ano passado, a presidente Cristina Kirchner reforçou diversas vezes em seus discursos que a Argentina deve ser um país "industrializado" e não só produtor de alimentos. A agropecuária representa 60% das exportações do país e mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto), sendo o principal braço da economia argentina.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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