ARG: abastecimento insuficiente deve seguir por mais 60 dias

Os problemas de falta de leite fluido e longa vida nos supermercados da Capital Federal da Argentina poderão se estender por pelo menos mais 60 dias, conforme admitiram fontes do setor industrial ao jornal <i>La Nación</i>. Por outro lado, grandes cadeias comerciais e pequenos estabelecimentos varejistas concordaram que nesta semana houve uma intensificação nos problemas de abastecimento de produtos, segundo se pôde comprovar em alguns supermercados.

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Os problemas de falta de leite pasteurizado e longa vida nos supermercados da Capital Federal da Argentina poderão se estender por pelo menos mais 60 dias, conforme admitiram fontes do setor industrial ao jornal La Nación. Por outro lado, grandes cadeias comerciais e pequenos estabelecimentos varejistas concordaram que nesta semana houve uma intensificação nos problemas de abastecimento de produtos, segundo se pôde comprovar em alguns supermercados.

Empresas como Milkaut, Manfrey e La Sereníssima disseram que em um prazo de mais ou menos 60 dias poderá ainda persistir algumas situações de desabastecimento, normalizando depois deste período. No começo de maio, quando a escassez se fez notória após as inundações de março passado em Santa Fé (província que historicamente representa 34,5% da produção nacional), representantes do setor disseram que precisariam de 60 dias para que o mercado voltasse à normalização. Agora, transcorrido metade deste tempo, os prognósticos advertem que somente em mais dois meses o mercado poderá superar o problema de abastecimento.

De fato, nas gôndolas de vários supermercados da Capital Federal, continuam faltando produtos - embora estejam presentes produtos como iogurtes, sobremesas lácteas e queijos, falta leite fluido.

"Até semana passada, a entrega de lácteos vinha se recuperando, mas a partir de segunda-feira a situação voltou a se complicar, não tanto para o lado das empresas maiores, que já normalizaram o abastecimento, mas para as menores, que com os preços atuais que têm do leite em pó a nível internacional preferem exportar", disse a Associação de Supermercados Unidos (ASU), que reúne as principais cadeias de supermercados da Argentina.

Os atacadistas disseram que os problemas continuam. "A entrega que tinha se recuperado voltou a mostrar problemas, relacionados com uma questão climática", disse o presidente da Cadam, Câmara que agrupa os supermercados e auto-serviços atacadistas, Alberto Guida. No entanto, o problema de escassez não é uma questão generalizada para todas as marcas.

Quanto à produção de leite, no primeiro quadrimestre de 2007, houve uma queda de 11% com relação ao mesmo período de 2006. Em maio, a situação se agravou: embora tenha havido um aumento de 5% sobre abril, frente a maio do ano passado houve uma redução de 16%. Segundo informações, as geadas que atingiram o país recentemente prejudicaram a recuperação na produção de leite.

A maior parte da produção se volta agora ao mercado interno, segundo dizem as empresas. A rigor, não há muitas alternativas. Com as exportações agora em baixa, devido ao preço de corte de US$ 2100 a tonelada de leite em pó, que torna pouco atrativo o negócio enquanto no mundo este produto supera os US$ 4000, em abril as exportações caíram 53,5% com relação ao mesmo mês de 2006. Em maio de 2006, foram exportados 4 milhões de litros por dia; em maio de 2007, este ritmo baixou para 900 mil litros. Contudo, no período de janeiro a abril, as exportações aumentaram em 5% (108,038 mil toneladas) com relação ao mesmo período do ano anterior.

Entre o menor pico de produção de abril (este ano agravado pela condição climática) e a maior produção na primavera, deve haver um aumento de 30% no volume de leite.
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