
Os piquetes montados nas estradas da Argentina não permitem que os caminhões de leite cheguem às plantas de processamento e as empresas já estão sentindo os efeitos dos bloqueios: estão retirando 4 milhões de litros por dia, provocando perdas que superam US$ 1 milhão.
O porta-voz da cooperativa de lácteos argentina SanCor, Sergio Montiel, disse que a situação vem se agravando cada vez mais e que o leite às vezes é descartado dos caminhões, que não podem passar pelos piquetes, ou até mesmo na própria fazenda pois nem chegam aos caminhões. Ele disse que além dos piquetes, está havendo dificuldade para conseguir insumos e também há falta de gasolina.
A SanCor disse que "atualmente está descartando entre 300 mil e 400 mil litros diários de leite sem processar".
A cooperativa de lácteos da Argentina, Mastellone Hnos., dona da marca La Serenisima, que recebia leite de 1.300 fazendas (um volume de aproximadamente 4,2 milhões de litros), agora está recebendo cerca de 2 milhões de litros devido à crise no setor agropecuário do país, com bloqueios nas principais estradas.
Fontes da empresa disseram que o leite está sendo usado para a produção de leite fluido em saquinho, deixando o resto dos produtos de lado. A empresa possui 1.100 caminhões para o abastecimento de seus produtos. Como não está podendo realizar sua distribuição, está deixando de abastecer vários locais. Estima-se que com o volume atual, só tem produto para a Capital Federal e Grande Buenos Aires até segunda-feira.
A reportagem é do Infobae e do Lechería Latina.
