AR: Governo estende impostos às exportações de lácteos

O Governo argentino decidiu estender a aplicação de super-impostos de exportação às vendas externas de leite fluido, leite em pó desnatado e queijos - entre outros produtos - com o objetivo de liquidar a rentabilidade das companhias exportadoras de lácteos e forçar uma baixa nos preços pagos aos produtores.
 
Até agora, o super-imposto de exportação (um valor de corte de US$ 2100/tonelada - veja artigo relacionado) só se aplicava às exportações de leite em pó integral. Porém, a partir desta semana, começarão a ser impostas retenções adicionais sobre todos os demais produtos lácteos bovinos.
 
Na medida, não são incluídas as exportações da SanCor com destino à Venezuela, dado que a Resolução 61/07 do Ministério da Economia determina que estão isentas de pagamentos de impostos de exportação adicionais aquelas "mercadorias que são exportadas com o objetivo de cancelar empréstimos de longo prazo acertado com agências governamentais estrangeiras". A medida também não afetará as empresas que concentram suas operações no mercado interno, como é o caso da Mastellone Hnos., dona da marca La Sereníssima.
 
As principais prejudicadas serão aquelas empresas com um perfil exportador bem definido, localizadas, em sua maioria, na bacia leiteira de Santa Fé e seus arredores (Molfino, Williner, Nestlé Argentina, La Sibila, entre outras).
 
A grande competição existente no mercado de lácteos está gerando o aparecimento de preços cada vez mais elevados que, em algumas regiões leiteiras, estão em torno de 67 a 71 centavos de peso (21,72 a 23,02 centavos de dólar) por litro.
 
As indústrias estão com estoques muito baixos e a produção de leite é insuficiente, devido a fatores estacionais que se potencializaram com os últimos temporais que afetaram boa parte das principais bacias leiteiras do país.
 
Em 24/04/07 - 1 Peso Argentino = US$ 0,32427
3,08388 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é de Ezequiel Tambornini para o site Infocampo.