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Segundo Nelson Castro Júnior, diretor financeiro e de relações com investidores da Vigor, a aquisição da Vigor pelo grupo Bertin dará fôlego para a empresa de lácteos expandir no mercado nacional, com depósitos e até mesmo novas unidades em outras regiões. Mesmo assim, não será feita nenhuma alteração na atual gestão da empresa.O grupo Bertin anunciou ontem a compra de 56% da Goult Participações, que detém 74,6% da Vigor, passando assim a assumir o controle da empresa.
De acordo com reportagem de Marina Faleiros para o jornal Folha de São Paulo, o Grupo Bertin pretende ampliar a distribuição dos produtos no varejo. "Queremos utilizar a força da Vigor no varejo, e ela poderá ampliar sua presença nacional conosco, além de ganharmos escala para adquirir embalagens e insumos de produção", afirma o diretor financeiro do grupo Bertin, Douglas Oliveira.
Oliveira diz ainda que a empresa planeja novas aquisições "em qualquer área envolvendo proteína animal", o que pode incluir aves e suínos. De acordo com ele, o setor passa por uma fase de consolidação. A mais recente movimentação nesse sentido ocorreu em outubro, quando a Perdigão comprou a Eleva Alimentos, por R$ 1,35 bilhão. A Perdigão também comprou, no ano passado, a Batávia.
As empresas não divulgaram o valor da operação, mas o jornal Valor Econômico apurou que o negócio foi da ordem de R$ 400 milhões. Metade foi pago no ato e o restante será quitado em até dois anos, quando o Bertin terá a opção de comprar os 44% de participação da Goult Participações.
Com a compra, o Bertin espera ampliar seu faturamento de R$ 6,3 bilhões neste ano para R$ 8,4 bilhões em 2008. Seriam R$ 7,3 bilhões do Bertin e R$ 1,1 bilhão da Vigor. Para 2007, a previsão é de que a Vigor fature entre R$ 900 milhões e R$ 950 milhões, segundo Oliveira.
Fontes do setor afirmam que depois de a Perdigão ter comprado a Eleva, a Sadia conversou com a mineira Pif-Paf e também se interessou pela francesa Doux, no Brasil e no exterior, mas a empresa nega as informações.
