Após receber aporte da Microsoft, agtech australiana entra no mercado brasileiro

Depois de receber um aporte de US$ 3,2 milhões liderado pelo fundo de venture capital da Microsoft em startups de tecnologia, a startup australiana FluroSat anunciou sua entrada no mercado latino-americano.

O lugar escolhido para dirigir as operações na região foi o Brasil, mais precisamente o centro de inovação AgTech Garage, em Piracicaba (SP).

Tendo angariado mais de US$ 8,6 milhões no mercado desde 2017, a empresa investiu em um software, como carro-chefe, que combina modelos agronômicos com sensoriamento remoto e observações coletadas a campo para prever a ocorrência de pragas e doenças nas lavouras e apoiar uma melhor tomada de decisão sobre formas de controlar as infestações. Além de atender aos produtores, o sistema é indicado para uso por consultores.

“A América Latina constitui um grande mercado para ferramentas de apoio à agricultura de precisão, e vendo um aumento da demanda por nosso software, decidimos dedicar recursos para apoiá-lo e fazê-lo crescer na região” disse Anastasia Volkova, CEO da FluroSat.

A FluroSat foi fundada em 2016 e agora terá presença global, com escritórios na Austrália, Estados Unidos e Brasil.

Outros dois aplicativos da empresa, integrados à plataforma FluroSense Insights, são o Crop Performance, que mede o potencial produtivo das lavouras, e o Crop Stress, que identifica fatores limitantes ao desenvolvimento das plantas, como falta de água ou estresse provocado por pragas.

Além disso, a empresa oferece ferramentas de recomendação de aplicação de nitrogênio com base em modelagens agronômicas e histórico específico de campo que leva em consideração a hidrologia do solo, rotação de culturas, perspectivas climáticas, práticas de manejo, bem como parâmetros econômicos, como metas de produção e o orçamento do produtor.

Na visão de Pedro Magalhães, líder da FluroSat na América Latina, a força da empresa está também na formação de parcerias com outros fornecedores de tecnologia agrícola, o que a trouxe para perto do AgTech Garage.

“As integrações são essenciais para criar fluxos de trabalho contínuos e agregar valor real aos consultores agrícolas que estão trabalhando com muitos produtores”, disse.

As informações são do Valor Econômico.