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Varejo & indústria: após greve, reajuste de fornecedores preocupa

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/06/2018

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Varejistas retomaram o abastecimento nas lojas, após a greve dos caminhoneiros que interrompeu o fornecimento no comércio, e a preocupação central está num novo movimento por reajustes de preços por parte da indústria. A apreensão é maior nas redes de supermercados e hipermercados.

Sondagens nesse sentido tem sido feitas por fabricantes, apurou o jornal Valor Econômico, e o risco tem sido discutido dentro de redes como Carrefour, Walmart, Grupo Pão de Açúcar (GPA), e cadeias menores, como Sonda e Mambo. Varejistas começam a definir estratégias para tentar adiar os aumentos, especialmente nos laticínios, aves, suínos e itens de padaria.

"Vamos ver como chegarão [os reajustes], especialmente no frango. Se os preços vierem muito altos, a ideia é ir comprando aos poucos. Dessa forma a gente ganha um pouco mais de tempo para ver se a alta se acomoda", diz André Nassar, presidente do conselho consultivo do grupo MGB, dono das redes Mambo e Giga Atacado. "Ainda não chegaram tabelas novas para nós, mas entendemos que não há como tratar de aumento agora", diz Hélio Freddi Filho, gerente-geral do Hirota Food Express.

Uma elevação em preços se justificaria por diferentes aspectos, a depender do produto, na visão dos fabricantes. Por exemplo, como já sabido, houve desequilíbrio em algumas cadeias de produção, com a perda de mercadorias e insumos durante a paralisação dos caminhoneiros, o que eleva custos e reduz oferta. Mas, além disso, há fabricantes que alegam questões mais amplas e estruturais, como aumentos em insumos dolarizados e o período de entressafra de grãos, como milho e soja, que compõe a ração das aves.

O aumento da exportação de milho, com a alta na cotação internacional, pesa nos preços. Os maiores fornecedores de aves no país são BRF (Sadia, Perdigão), JBS (Seara) e Aurora.

No fim de março, portanto antes da greve, Gilberto Tomazoni, presidente global de operações da JBS, disse que o aumento na cotação dos grãos levaria a Seara a aumentar preços. Mas no varejo, não se via ainda espaço para se tratar de aumentos naquela época. "Com o fator novo da greve, uma janela para aumentos se abre", diz o gerente de uma rede ouvida.

"A gente via o milho a R$ 30 [por saca] em janeiro e estamos enxergando em junho o milho a R$ 40 [...]. Para repassar estes custos no preço dos produtos [da Seara] teremos que fazer aumento em torno de 5,5%, dependendo do portfólio", disse Tomazoni a analistas.

"Decidimos olhar para aumentos com muita cautela", disse Jorge Faiçal, diretor comercial do multivarejo (que reúne as bandeiras Pão de Açúcar e Extra), ao comentar pressões da indústria em geral. "Há diferentes razões para sustentarem a necessidade de aumentos, mas a decisão é sermos mais rigorosos. Vamos escolher fornecedores que compreendam o momento e consigam segurar mais preço". 

O executivo disse que tem uma semana de estoque de frango, e que precisa comprar logo. "Em relação ao leite, há um momento de alta no preço do mercado, então estamos considerando que devem pedir um aumento significativo. Mas temos condições de analisar, em todos os casos, o que é reajuste justificável e o que é pedido de aumento sem sentido. Nós vamos fazer essas análises", afirmou. "Vamos segurando um pouco na nossa rentabilidade, não repassando tudo, mas temos limites para isso."

O Carrefour informou que tem mantido contato com fornecedores "e trabalha para garantir as melhores negociações e evitar eventuais reajustes". Em nota, observou que "segue atento" a possíveis aumentos. Isso ocorre num momento em que outra categoria de produtos, de itens de higiene e beleza, já vinha defendendo a necessidade de reajustes por causa da dependência dos derivados de petróleo, que tiveram escalada recente no preço.

Nos últimos dias varejistas se reorganizaram para tentar normalizar as entregas da indústria. A maioria das lojas de grandes cadeias operava, na noite de sexta-feira, com entrega normalizada no país. No GPA, 70% a 80% dos pontos de venda tinha abastecimento normalizado. Cadeias e fabricantes fizeram acordos informais de entrega no auge da crise para evitar maiores rupturas (falta de produtos) nas lojas.

"Colocamos caminhões para retirarem produtos em fornecedores de pães, frutas e verduras. Mandamos carros para a roça, para a casa de produtores", disse Nassar, das redes Mambo e do Giga. No GPA, houve um movimento semelhante. "Alguns caminhões que voltavam vazios de entregas eram redirecionados para retirar mercadorias em fabricantes próximos da nossa rota", afirmou Faiçal.

As redes ouvidas trocaram produtos em promoção, retirando as mercadorias que estavam em falta por outras já em estoque. "Para 70 mil clientes, enviamos mala direta com ofertas sem a promoção de perecíveis, e colocamos no lugar bebidas e azeites", diz Freddi Filho, do Hirota. Ele ressaltou que antes da greve, a empresa estava com vendas 8% abaixo do objetivo do mês e após a greve, superou a meta. "Não tivemos problemas porque estávamos com venda mais baixa e mais estocados."

As informações são do jornal Valor Econômico.

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SÃO PAULO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

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