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Alagoas: Seca faz com que produtores vendam gado para evitar a morte do rebanho

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/12/2015

1 MIN DE LEITURA

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A seca no Sertão de Alagoas tem causado prejuízo aos criadores de gado da região. A falta de água faz com que os animais não se alimentem direito, diminuindo a produção do leite. Para não ver o gado morrer de fome e de sede, a saída encontrada por alguns deles é vender o rebanho.

O ex-produtor de leite Jorge Ferreira, que mora em Jaramataia, teve que vender as quatro vacas que tinha, pelo preço abaixo do que é proposto no mercado, após ver outros dois dos seus animais morrerem devido aos efeitos da estiagem prolongada.
“Meu coração ainda tá apertado, dá vontade de chorar. Porque a vontade [de continuar na criação de gado] a pessoa tem, mas as condições não já não davam mais para manter”, lamenta Ferreira.

No Povoado Mamoeiro, o produtor Cícero dos Santos também tenta resistir aos efeitos da seca, mas já vendeu mais de 30 animais, 10 deles em 2015.

Ele comprou 4 carradas de palma por R$ 2 mil, mas o que resta é pouco. O produtor conta que pagou 10 mil reais pela silagem de milho e R$ 150 reais pela água, para matar a sede das 40 cabeças de gado que tem. Entretanto, o preço do litro de leite não compensa os gastos.

Cada litro de leite hoje é vendido por R$ 0,90 ou R$ 0,95, mas o ideal seria vender a R$ 1,50 o litro para cobrir os custos. “Muitos produtores já desistiram, você vê muitas fazendas abandonadas, as casas caindo, porque ninguém mais está investindo na pecuária, não tá dando resultado”, afirma Santos.

Quem ainda insiste no negócio vê o gado emagrecendo cada vez mais. No barreiro onde os animais costumavam matar a sede, hoje tem apenas lama. No curral, o reflexo da seca também é evidente. A vaca dá seis litros de leite por dia, mas antes a produção era de 15 litros.

A Associação de Produtores de Leite de Cajá dos Negros, no município de Batalha, está em crise. A escassez de água e de comida provocou queda de 15% na produção de leite. “Ta difícil. Pelo que eu to vendo, se não tivermos ajuda, o rebanho vai se acabar e nós vamos passar fome”, diz o produtor Antônio Venâncio. 

As informações são do G1.

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JOSÉ IÊDO MOTA MENDONÇA

MACEIO - ALAGOAS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/12/2015

Já foi produtor de leite durante 27 anos, cheguei a produzir 1000 l/dia no semi árido alagoano. Desistir a oito anos, inclusive vendi a fazenda, pois não suportei os altos custos da atividade. Hoje vejo a situação muito pior. A região totalmente desassistida, o produtor não tem a quem apelar. Sem assistência técnica, não existe na região nenhuma ação do governo que venha minorar esta situação.

Gostaria até que a equipe do Milk Point, por aqui viesse para conferir melhor essa situação que atravessa o produtor rural.

Realmente, a situação é caótica e a tendência infelizmente é de extrema gravidade. e note-se que o estado de Alagoas, num passado não muito distante, foi o grande formador de quase todas as bacias leiteiras desse Nordeste, fornecendo matrizes de excelentes linhagens, bem como, abastecendo de leite para quase todo o Nordeste. Inclusive detíamos o orgulho de ser considerado o maior produtor de leite da região e hoje amarguramos um classificação talvez de sexto lugar em produção, abaixo até mesmo do estado de Sergipe, que até bem pouco tinha uma bacia leiteira insignificante e que era totalmente abastecida por Alagoas.

Vejo com muita tristeza esta situação. Mesmo porque já participei ativamente da cadeia produtiva, inclusive fui Presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Alagoas por alguns anos, e tínhamos uma postura diferente da que vemos hoje, com a relação a grave situação do momento

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