Alagoas: pecuaristas começam a sentir restrições de PE

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A portaria do governo pernambucano, fazendo uma série de exigências aos produtores alagoanos, derrubou a venda de bovinos e derivados de leite em seu primeiro dia de vigência.

"Praticamente não houve transporte de gado de Alagoas para Pernambuco hoje [ontem]", confirmou o agrônomo Valfrido Curvelo, coordenador em Bom Conselho (PE) da barreira sanitária montada pela Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro) na divisa com Alagoas.

Os profissionais da Adagro realizam o controle da entrada e saída dos animais nas divisas do Estado, exigindo dos criadores a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que atesta a qualidade sanitária, o exame negativo de brucelose, o atestado e prova para diagnóstico de tuberculose, bem como verificando possíveis alterações ganglionares nos caprinos.

As restrições impostas aos produtores alagoanos se justificam pela mudança de classificação de Pernambuco com relação à febre aftosa. O estado saiu da "zona de risco desconhecido" e agora é "zona de risco médio" à doença.

Por exigência do Ministério da Agricultura, cabe ao Estado, que evoluiu na classificação, adotar política rigorosa de importação de bovinos ou derivados de leite de estados incluídos na "zona de risco desconhecido", como é o caso de Alagoas. A matéria é de Maikel Marques para a Gazeta de Alagoas.
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André Gama Ramalho
ANDRÉ GAMA RAMALHO

BATALHA - ALAGOAS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/03/2006

Pernambuco esta de parabéns. O Governo Estadual tem consciência do que representa sua pecuária. Infelizmente o mesmo não acontece com Alagoas.



O projeto de criação da agência de defesa animal (uma das exigências do MAPA, para mudança de classificação) ficou engavetado e perdido desde 2003. Só foi aprovado no final de 2005, graças a uma ação conjunta dos pecuaristas, CNA, Associação dos municípios e Assembléia Legislativa.



Os pecuaristas cumprem sua obrigação. Na última campanha, em outubro de 2005, conseguimos o índice de 93% de vacinação. Para atender as exigências da portaria pernambucana, os produtores de leite alagoanos que fornecem leite para a unidade da Parmalat, em Garanhuns, gastarão R$ 75.000,00 em exames de tuberculose e brucelose.



Além da crise de preço nacional, agora temos uma crise regional. Um funcionário, de um laticínio local, fez o seguinte comentário (segundo informado por representante da Parmalat): "chegou a hora de ganhar dinheiro com o leite do alagoano".



Dos 600.000 litros de leite produzidos diariamente em Alagoas, 59% é de produtores com menos de 100 litros.



Alagoas sem fronteiras é uma questão social!



André Gama Ramalho

Presidente do Sindicato dos Produtores de Leite
José Almeida de Oliveira
JOSÉ ALMEIDA DE OLIVEIRA

MAJOR ISIDORO - ALAGOAS - EMPRESÁRIO

EM 08/03/2006

O produtor de leite em Alagoas, encontra-se no momento altamente prejudicado com a medida imposta pela ADAGRO e antecipando a IN5l que determina 2007 como medida determinante. Com isso, dois elos do segmento são prejudicados e automaticamente dois outros altamente beneficiados.



Os beneficiados: o consumidor alagoano pelo excesso de leite a ser distribuído como derivados e o produtor pernambucano pela escassez do produto para o consumo, com isso o preço pelo litro de leite em Pernambuco poderá ter acréscimo significativo.



Enquanto isso, em Alagoas invertem-se os papéis e nós produtores de leite, doravante, vamos arcar com os efeitos do já tradicional CARTEL. Nós produtores alagoanos estamos conscientes dos nossos deveres quando atingimos mais de 95% do rebanho vacinado, ultrapassando assim as metas exigidas pela Medida Provisória, enquanto isso falta determinação política para que possamos mudar de categoria.
Qual a sua dúvida hoje?