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No Brasil, após a entrada da Coca-Cola e Pepsi (esta última já com uma versão gasosa) no segmento de águas com sabor, empresas nacionais como a Via Natura, no interior paulista e Ouro Fino, do Paraná, apostam no novo nicho. A bebida aproveita a onda saudável de sucos prontos e preenche a lacuna deixada aos poucos pelos refrigerantes. Todos os lançamentos desse mercado têm "zero-caloria", contendo adoçante em sua fórmula.A Via Natural lançou a Water Plus, que além de sabor, contém vitaminas e outros ingredientes. A de uva contém fibras para regular o intestino, a de maracujá, tem camomila e passiflora, e a de pêssego é acompanhada de zinco e ácido fólico. Há cerca de dois meses no varejo, o produto foi registrado como bebida adicionada de nutrientes essenciais.
O segundo lançamento da empresa será a Via Natural Flavor nos sabores limão, maracujá, framboesa e pera, prevista para chegar às prateleiras na próxima semana. Cerca de 30% mais barata que a Water Plus, não é adicionada com vitaminas.
Nos próximos 30 dias, a Ouro Fino lança no Sul e Sudeste água com sabor de maçã e tangerina. "A exemplo do que já acontece em outros países, estamos apostando nesse mercado", afirma Guto Mocellin, presidente do conselho de administração.
No Brasil, o termo correto para este produto é preparado líquido aromatizado, sendo o exemplo mais conhecido a bebida H2OH!, da Pepsi. Apesar de ter 50% menos gás que a bebida convencional, a H2OH! já rouba mercado das versões light dos clássicos Coca-Cola e Guaraná. Foi lançado em setembro em São Paulo e em novembro no Rio. No mercado paulista de produtos diet e light, segundo dados AC Nielsen, a bebida tinha 2,1% em outubro, e subiu para 11,2% em dezembro.
Segundo a Beverage Marketing Corporation, empresa especializada em pesquisa e consultoria na área de bebidas, nos Estados Unidos o segmento cresceu mais de 200% em 2005 e movimentam US$ 455 mi, ou 14% do mercado de água mineral. Na Argentina, as águas com sabor já representam 30% do mercado de águas engarrafadas. As informações são de Daniela D'Ambrosio para o jornal Valor Econômico.
