Acordo Mercosul e Efta abre espaço para o Brasil na Suíça e na Noruega

Com sua forte competitividade, a agricultura brasileira terá boas oportunidades de negócios, a partir da entrada em vigor do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta) - formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein -, acreditam negociadores.

Publicado por: MilkPoint

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Com sua forte competitividade, a agricultura brasileira terá boas oportunidades de negócios, a partir da entrada em vigor do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta) - formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein -, acreditam negociadores.

Autoridades de Suíça e Noruega lamentaram o "timing" da conclusão do acordo, por causa da confusão envolvendo as queimadas da Amazonia e dos protestos contra Jair Bolsonaro. Mas a avaliação dos dois principais mercados da Efta é positiva, e esses países consideram o tratado essencial para suas empresas manterem competitividade em Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

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"O Brasil vai ter acesso a cotas OMC com tarifa zero, o que não é oferecido a os outros países com os quais a Efta tem acordo", diz Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior, exemplificando uma das vantagens que terá o agronegócio brasileiro. A avaliação é de que o Efta fez ao Mercosul a melhor oferta agrícola entre os 29 acordos que já firmou.

Suíça e a Noruega fizeram ofertas de acesso ao mercado separadas. No caso da Suíça, haverá permissão para a entrada sem tarifas de café torrado, etanol, suco de laranja, fumo não manufaturado, melões, bananas, uvas frescas, amêndoas e manteiga de cacau. E o Mercosul passará a disputar com os outros países com os quais a Suíça tem acordo, só que com tarifa zero, cotas de 22,5 mil toneladas de carne bovina, 54,4 mil de carnes de frango, peru, suína e suas preparações, 22.250 de batatas, 70 mil de cereais e produtos derivados (exceto soja), e 70 mil toneladas de grãos para consumo humano.

A Suíça ainda abrirá cotas específicas para o Mercosul, também sem tarifa, de 3 mil toneladas de carne bovina, 7 mil de milho, 1 mil de frango, 200 de carne suína, 2 mil de mel, 2 mil de oleaginosas (incluindo de soja), 600 de batatas, 500 de farinha de milho e 500 de cebolas.

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Já a Noruega reservará ao Mercosul o acesso à cotas OMC de 1.084 toneladas de carne bovina, 1.381 toneladas de carne suína, 221 de frango e 10 mil toneladas de trigo. Os noruegueses abrirão também cotas exclusiva ao Mercosul de 665 toneladas de carne bovina, 200 de frango, 10 mil de milho e farinha de milho, 5 mil de farelo de soja e 9,5 mil de melaço de cana.

Para contemplar seus interesses exportadores, o governo suíço realça as concessões do Mercosul para queijos, café, confeitaria, chocolate, biscoitos, bebidas energéticas e produtos de tabaco. No caso do café, os suíços importam o grão e o exportam depois com valor agregado, o que torna o país um dos maiores vendedores mundiais do produto.

Vale lembrar, finalmente, que a Suíça concederá acesso livre para produtos industriais (incluindo produtos da pesca) do Mercosul assim que o acordo entrar em vigor. A expectativa é que a ratificação do tratado ocorra em 2021.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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