ABLV pretende criar selo de qualidade

A ABLV (Associação Brasileira de Leite Longa Vida) pretende criar um selo de qualidade do leite aos moldes da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) para o leite. De acordo com o vice-presidente da associação, Laércio Barbosa, a certificação deve ser implementada em 2008 e visa a tranquilizar o consumidor, garantindo que, dentro da caixinha, só existe leite puro. A entidade está concluindo os estudos e os processos necessários à colocação do projeto em prática.

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A ABLV (Associação Brasileira de Leite Longa Vida) pretende criar um selo de qualidade do leite aos moldes da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) para o leite. Reportagem da Gazeta Mercantil com informações do Investnews informou que, de acordo com o vice-presidente da associação, Laércio Barbosa, a certificação deve ser implementada em 2008 e visa a tranquilizar o consumidor, garantindo que, dentro da caixinha, só existe leite puro. A entidade está concluindo os estudos e os processos necessários à colocação do projeto em prática.

A ABLV afirma ter sido vítima de uma fraude provocada pelos produtores de leite cru, matéria-prima para a produção do leite longa vida. Segundo informações de Clayton Freitas para o jornal Folha Online, na última quinta-feira (02), a associação detalhou o processo de produção do longa vida, e, segundo o vice-presidente da entidade, Laércio Barbosa, até hoje não há nenhum laudo conclusivo que ateste a presença de água oxigenada ou soda cáustica no leite longa vida. "A fraude aconteceu na matéria prima [leite cru], e as empresas que compraram são apenas vítimas."

Segundo Barbosa, não existe fraude sanitária provocada intencionalmente pelos produtores. Ele não descarta, entretanto, fraude econômica, por parte de algumas empresas. "A pirataria e a fraude acontecem em qualquer setor", afirmou.

"A indústria do leite longa vida, obedecendo rigorosamente às determinações legais e aplicando seus controles de qualidade, produz o leite mais seguro para o consumo no país", afirma o vice-presidente da ABLV.

O doutor em ciência dos alimentos da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) Paulo Henrique Fonseca da Silva, defendeu que novos testes sejam criados para averiguar a qualidade do produto final. Ele afirma que o método atualmente empregado para verificar a alcalinidade do leite só serve para a matéria prima, e não para o produto final. E destaca ainda que não existe um teste específico para detectar a presença do hidróxido de sódio no leite, o que seria importante para detectar a presença de soda cáustica.

De acordo com informações da Agência Estado, por conta das denúncias divulgadas, a indústria do leite longa vida teve uma queda de 10% na venda de seus produtos apenas na semana passada. Segundo Barbosa, nesta semana, a queda foi de apenas 5% e ele espera que o mercado se normalize em breve. "Infelizmente pagamos a conta", reclamou, e voltou a cobrar pela indústria para uma fiscalização mais rígida do Ministério da Agricultura em toda a cadeia produtiva do leite.

Leia mais sobre o selo de qualidade do leite, clicando aqui.
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João Marcos Guimarães
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 07/11/2007

Selo de qualidade já vem impresso na embalagem tal qual o famoso e desacreditado carimbo do SIF.
Não se resolve problema com selo e carimbo. A resolução do problema está na coleta periódica de amostras do produto nos pontos de venda, e não na indústria com data e horas marcadas. A fraude ocorrerá nesse dia? Claro que não.

O Xico Graziano foi no X do problema.
Jose Jacob daur
JOSE JACOB DAUR

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 06/11/2007

Congratulo com o vice presidente da ABLV, pela postura, e que o gesto possa retratar para a sociedade, ainda mais quando traduzido em ação efetiva, o sentimento de toda uma categoria.

A ABLV, pela abrangência de sua representatividade tem o dever de capitanear todos os esforços no sentido de moralizar o setor, cobrando responsabilidades e exigindo compromisso do setor industrial, como base inclusive para compor um relacionamento mais saudável e igualitário com o mercado, grande responsável por pressões deflacionarias, em busca muitas vezes de um preço totalmente fora da realidade dos padrões minimos compativeis com as boas praticas de qualidade e responsabilidade fiscal.

Cabe acima de tudo a cada um de nós, empresários e participantes de setor, independente do grau de importância, avaliarmos nossos valores e práticas e escolhermos o caminho da retidão e da legalidade, ou continuarmos vulneráveis à marginalidade, não como um elo da economia deste pais, mas como mais um caso de polícia.
Marcos Salazar de Paula
MARCOS SALAZAR DE PAULA

LIMA DUARTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/11/2007

O resultado positivo do teste atual de alcalinidade é atribuido à soda cáustica por uns e ao citrato de sódio por outros. Todos sabemos que ambos estão sendo adicionados ao leite. Enquanto pairar esta dúvida não haverá selo que inspire uma credibilidade verdadeira e duradoura.

Não cometam o mesmo erro novamente. A qualidade deve ser para valer! Se não enfrentarmos o problema da qualidade fiscalizando e descartando todo o leite ruim, desde os currais até o consumidor, o selo só representará um aumento de custos e se trasformará num outro SIF.

Uma dúvida: será que leite bom precisa de citrato de sódio?
Joaquim Jorge Rocha Queiroz
JOAQUIM JORGE ROCHA QUEIROZ

INGAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2007

Tomara que realmente isso venha a ocorrer e não acabe virando no esquecimento.

Se de fato conseguirmos implacar o "selo", então aí sim poderemos pensar num marketing institucional, pois não adianta fazer marketing institucional se nem credibilidade nosso produto oferece ao consumidor final.

Vamos mostrar ao consumidor que o leite é um produto rico e nobre para ser consumido.
José Pereira Neto
JOSÉ PEREIRA NETO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2007

Não sei se o povo sabe, mas o Jornal Correio Braziliense publica hoje matéria em que denuncia que a Comissão de Ética dos Servidores Publicos, nos moldes dos conselhos de ética, está sendo esvaziada pela não indicação de seus membros, porque certas decisões da mesma estava a incomodar o governo da República. Até mesmo seu orçamento que chegou ser de um milhão de oitocentos mil reais, atualmente esta na casa dos trezentos mil reais.

O Governo Federal, por suas agências, está obrigado a fiscalizar. Temos várias estruturas que precisam funcionar, não podendo ser acolhida, jamais, a desculpa da falta de servidores, meios de transportes, enfim, de infra-estrutura. Não é possível que o País invista e não tenha o devido retorno.

Penso que a atuação de nossas agências em muito irá contribuir para a boa qualidade de nossos produtos e a concorrência saudável entre os segmentos econômicos. Isto terá uma influência positiva no desenvolvimento do nosso Brasil. Está na hora de todos atentarmos para esta inércia e reivindicar que as autoridades cumpram os seus papéis.

Não ocorrendo isto, que se desenvolvam, no seio da sociedade, mecanismos capazes de coibir e penalizar quem ousar "não trabalhar". Governos com compromissos de papel precisa acabar. Não podemos continuar expostos a tantos prejuízos sem que a origem das ações fiquem completamente esclarecidas.

Quando o poder público não cumpre sua missão, necessário se faz que a iniciativa privada, de forma extra-oficial o faça, para resguardar a atividade do se expor, como o setor leiteiro está exposto agora, infelizmente para nós produtores e felizmente para o consumidor que, por algum tempo - gostaria que fosse para sempre - contará com um produto de boa qualidade.

José Pereira Neto (Produtor de Leite de Vaca em Alexânia-GO)
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