Em reportagem de Daniel Leb Sasaki para a revista Isto É Dinheiro, o presidente da ABIA (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Edmundo Klotz, fala numa entrevista sobre a tentativa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de restringir a propaganda de alimentos. Ele calcula que se a medida entrasse em vigor, entre 70% e 80% das indústrias de alimentos seriam afetadas, além do setor varejista, atacadista, sistema de restaurantes, o "food service" (alimentação fora do lar), além da mídia.
Segundo ele, a ABIA lançou um manifesto oficial contra a restrição da propaganda porque a Anvisa coloca os alimentos no mesmo grupo do tabaco, das bebidas alcoólicas e dos remédios controlados. Klotz afirma que a principal preocupação é que o prazo que a Anvisa quer dar para a indústria eliminar ou mudar linhas de fabricação é insuficiente. "Precisamos fazer isso com tempo. Não é só mudar, precisamos saber pelo que mudar. A nova matéria-prima precisa ter um plantio sustentável, fornecimento etc.", disse ele.
Klotz citou na entrevista a gordura de palma como produto substituto à gordura saturada, mas que ainda é um produto escasso, precisando assim de um tempo para o desenvolvimento de tecnologia, uma rede de fornecimento, logística e abastecimento, e se justificar como negócio. Ele disse que as mudanças vão acontecer, mas num tempo factível.
O presidente da Abia diz ainda que a educação ensinaria que uma alimentação equilibrada, conjugada com outros esforços, como movimentação física e moderação resolve todos os problemas. Como exemplo ele cita o programa "Prazer de Estar Bem", lançado há um ano e meio, através das escolas Sesi e Senai, dentro da Fiesp. Nele, são passadas matérias como alimentação e nutrição para 285 mil crianças de 4 a 11 anos, além de dar acompanhamento médico e assistentes sociais que visitam as famílias todo sábado.
Segundo ele, não se deve banir a gordura, por exemplo - ela é um componente indispensável, e prejudicial apenas em excesso.
Klotz afirma que, juntamente com o Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária), a ABIA já tem uma proposta de auto-regulamentação que prevê todos os cuidados e as propagandas que são feitas hoje são amigáveis, no sentido de orientar para uma alimentação sadia.
ABIA: medida da Anvisa afetaria até 80% da indústria
O presidente da ABIA (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Edmundo Klotz, falou numa entrevista à Isto É Dinheiro que a tentativa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de restringir a propaganda de alimentos, se entrasse em vigor, afetaria de 70% a 80% das indústrias de alimentos, além do setor varejista, atacadista, sistema de restaurantes, o "food service" (alimentação fora do lar), além da mídia.
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