3ª Vitrine de Gado F1 mostrou sistemas de produção de leite e carne

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, na Fazenda Experimental de Três Pontas (FETP), a 3ª Vitrine de Gado F1. Quase duzentos produtores rurais da região conheceram em oito estações no campo as tecnologias de produção sustentável de leite e carne com base no programa "Organização e Gestão da Pecuária Bovina", praticado pela Epamig.

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, na Fazenda Experimental de Três Pontas (FETP), a 3ª Vitrine de Gado F1. Quase duzentos produtores rurais da região conheceram em oito estações no campo as tecnologias de produção sustentável de leite e carne com base no programa "Organização e Gestão da Pecuária Bovina", praticado pela Epamig: "½ sangue Holandês x Guzerá", "½ Holandês x Nelore", "Fêmeas Gir puras", "½ sangue Holandês x Gir", "½ sangue Gir x Holandês", "½ sangue Holandês x Nelogir", "¾ sangue Holandês x ¼ Zebu", "½ sangue Jersey x 3/8 Holandês x 1/8 Zebu". Os participantes visitaram galpão com fêmeas holandesas e bezerros terminais da empresa.

O professor da Puc Minas, Francisco Cançado Júnior, apresentou avaliação econômica do sistema de produção de leite de com Fêmeas F1 H-Z, que mostra a rentabilidade desse sistema com base em resultados das pesquisas realizadas entre o período de 2004 a 2006 na Fazenda Experimental da Epamig em Felixlândia (Centro-Oeste). "Fizemos um estudo de cinco anos na fazenda experimental. Através desse estudo pudemos mostrar que a rentabilidade média desses cinco anos foi em torno de 25%. Desta forma pode-se notar que esse tipo de sistema - onde os bezerros são vendidos logo após a desmama - contribui para que não haja uma oscilação muito grande na receita do produtor. Cerca de ¼ da receita do produtor é derivado da venda de bezerros. Então, mesmo que haja oscilação no preço do leite o produtor terá uma fonte alternativa de receita,que é a carne", explica o pesquisador.

Segundo Cançado, é possível o produtor começar logo a trabalhar com esse sistema: "É plenamente viável. Mas é importante que o produtor inicie esse sistema com consultoria. A Epamig e a Emater já trabalham com esse sistema há alguns anos", orienta.

Já o pesquisador da Epamig Clenderson Corradi Gonçalves, destacou a importância do cooperativismo entre os produtores. "A maioria das propriedades dos produtores de leite são pequenas. Por isto, para que eles possam ter lucro é importante que eles se unam para não ficarem produzindo o F1 e os aproveitando apenas em suas fazendas. E com organização, fica mais fácil o produtor aumentar a qualidade do produto, pois de outra forma, não conseguirá se manter no mercado", explica Corradi.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires, um dos palestrantes da 3ª Vitrine de Gado F1, das quase 10 milhões de vacas, 50% são do tipo cruzado - meio sangue ¾. Isso quer dizer que Minas tem um rebanho expressivo e que pode ser usado para a produção de bezerros desde que faça uso de um touro terminador Nelore ou Guzerá. As 10 milhões de vacas representam uma produção de aproximadamente cinco milhões de crias.

O programa de pesquisa da Epamig desenvolve um sistema de produção a pasto, caracterizado pela simplicidade, eficiência e custo baixo. A matriz Gir, cruzada com touro da raça holandesa, produz bezerra F1, a melhor vaca leiteira para condições tropicais. O rendimento é quase três vezes superior à média nacional, em torno de 1.100 litros por vaca ao ano. A vaca F1 surge como alternativa ao uso de vacas da raça holandesa, que têm potencial produtivo excepcional, mas manutenção cara por conta da alimentação e outros gastos.

As informações são da Agência Minas, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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