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Prevenção de mastite no período de seco

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 19/10/2023

9 MIN DE LEITURA

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Proteger a saúde do seu rebanho é essencial para evitar o comprometimento da produção leiteira. Uma das medidas essenciais para garantir uma lactação de sucesso é respeitar o período seco.

O período seco é definido como o intervalo entre duas lactações, em que ocorre a involução completa da glândula mamária que, posteriormente ao final da gestação, reinicia a síntese de leite via ação hormonal (SANTOS, 2003). Este período é dividido em três fases diferentes: (1) período de involução ativa, (2) período de involução completa e (3) período de colostrogênese ou lactogênese. A involução ativa ocorre após a última ordenha e tem duração aproximada de 21 dias. Nesta fase, a glândula mamária se encontra mais susceptível às infecções intramamárias. O segundo período representa a involução total da glândula e possui duração variável, de acordo com o protocolo adotado. Por fim, a lactogênese ocorre ao final da gestação, com início aos 15-20 dias pré-parto. Neste momento, ocorre regeneração e diferenciação de células epiteliais secretoras para formação de colostro (Adaptado de HURLEY, 1989; Adaptado de Bradley e Green, 2004).

PEZESHKI et al. (2007) avaliaram os efeitos de diferentes períodos secos sobre a produção e composição do leite e balanço energético de vacas leiteiras. Para tal, 122 vacas holandeses foram distribuídas em três diferentes períodos secos: 56, 42 e 35 dias de duração. O estudo demonstrou que encurtar o período seco para 35 dias pode ser benéfico em vacas multíparas, mas em vacas primíparas a produção de leite foi menor, quanto menor o período seco. KUHN; HUTCHISON e NORMAN (2006) exploraram diferentes durações de período secos para maximizar a produção de leite e rendimento ao longo da vida útil das vacas leiteiras. Segundo o estudo, o mínimo de dias em período seco necessários para gerar aumento da produção na seguinte lactação seria de 41-45 dias.

Independente do protocolo de secagem adotado na propriedade, este período terá relação direta com a saúde da glândula mamária e instalação de doenças infecciosas no futuro. Este momento representa uma excelente oportunidade para o tratamento e prevenção de infecções intramamárias (SANTOS, 2003).

As bactérias causadoras de infecções intramamárias podem ser classificadas em duas categorias: contagiosas e ambientais. Os microrganismos contagiosos incluem Streptococcus agalactiae e Staphylococcus aureus, e são transmitidos entre vacas e quartos principalmente por falhas no processo de ordenha. A mastite ambiental é causada por microrganismos oportunistas presentes no ambiente habitado pelas vacas, como curral, cama e água. As bactérias ambientais mais comuns incluem a Escherichia coli e Klebsiella spp (FONSECA & SANTOS, 2001).  

A maior preocupação com infecções no período seco tem relação com o impacto do agente infeccioso no interior da glândula mamária. De acordo com NATZKE et al. (1975), a persistência do agente pode gerar diminuição da produção leiteira na próxima lactação e queda na qualidade do leite. Além disso, a infecção de novos quartos mamários poderia resultar em aumento de mastite no início da próxima lactação (EBERHART, 1986).

Por isso, toda a atenção deve ser voltada a este animal a fim de impedir o aumento no percentual de enfermidades e consequente queda na produtividade do rebanho.

A mastite está entre os distúrbios infecciosos mais comuns nas vacas leiteiras. Ela se desenvolve quando microrganismos, principalmente bactérias, penetram na glândula mamária e estabelecem uma infecção. A mastite clínica é caracterizada por alterações visíveis no leite, úbere e/ou vaca. Os sinais inflamatórios variam de discretos a evidentes, a depender do grau de acometimento da glândula mamária. O método da caneca de fundo escuro auxilia no diagnóstico, onde observa-se alterações na coloração do leite, presença de grumos, sangue ou pus. Já a mastite subclínica apresenta diagnóstico mais complexo, passando muitas vezes despercebida pelos produtores.

Neste caso, pode ocorrer diminuição da produção de leite e alterações na composição, gerando aumento da contagem de células somáticas (CCS), nos teores de cloro e sódio e diminuição nos teores de caseína, gordura e lactose (SANTOS & FONSECA., 2007).

As perdas econômicas que ocorrem devido à mastite estão relacionadas à redução na produção, descarte de leite e de animais, gastos medicamentosos e serviços veterinários. Estudos realizados no Brasil observaram que quartos mamários com mastite subclínica produziram cerca de 25 a 42% menos leite do que quartos mamários saudáveis (EMBRAPA, 2021). Assim, melhorar a prevenção e utilizar programas de tratamento adequados para a mastite são maneiras de gerar maior bem-estar animal e reduzir custos na propriedade.

O objetivo do controle da mastite durante o período seco é ter a menor quantidade de quartos infectados no momento do parto. Para isso são necessárias ações para eliminação de patógenos presentes à secagem, redução de novas infecções durante o período seco e prevenção de novas infecções no início da lactação (EBERHART, 1986).

A forma de secagem mais utilizada na pecuária leiteira é através do método abrupto, por meio da interrupção das ordenhas em um dia pré-estabelecido pela data do parto ou pelo programa de secagem da fazenda (GOTT et al., 2017). Este processo acontece concomitante a aplicação de antibiótico intramamário com associação ao selante interno de teto, após a última ordenha. O selante de teto é capaz de bloquear a comunicação entre o ambiente externo e o interior da glândula mamária, impedindo a entrada de agentes infecciosos. Já a infusão com antimicrobianos em cada quarto mamário objetiva prevenir infecções no período seco, devido à sua longa ação, e eliminar infecções pré-existentes.

O tratamento rotineiro com Mamyzin®S, durante o período seco, elimina as infecções intramamárias presentes no início do período seco, previne novas infecções durante este período e contribui para reduzir a incidência de mastite clínica durante o próximo período de lactação. Não ocorre nenhuma perda econômica causada pelo descarte do leite, visto que o tratamento ocorre durante o período seco. 

Mamyzin S ® é indicado para o tratamento de vacas no período seco, de mastite bovina subclínica, em infecções causadas por Staphylococcus aureus, Staphylococci-coagulase-negativa, Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae e Streptococcus agalactiae. Também é indicado como profilático de infecções no período seco contra microorganismos Gram(-) e Gram (+), e para reduzir o risco de mastite clínica durante a próxima lactação.

O trabalho de BRADLEY e GREEN demonstrou a eficácia clínica do uso da associação de Peneamato, penicilina benetamina e framicetina durante o período seco, por meio da redução significativa de mastites ambientais nos primeiros 100 dias de lactação.

Adaptado de Bradley e Green., 2001.

WILSON et al. (2009) avaliaram os efeitos da vacinação sobre a incidência de mastite ambiental em um rebanho leiteiro. Neste estudo, vacas holandesas foram distribuídas em um grupo controle, não vacinado, e outro grupo que recebeu a imunização em duas doses: 60 e 28 dias pré-parto. Os resultados demonstraram grande aumento nos níveis de anticorpos IgG1 e IgG2 das vacas vacinadas. A taxa de descarte dos animais com mastite foi significativamente menor nos animais vacinados em comparação ao grupo controle. Além disso, vacas que contraíram mastite no grupo controle apresentaram uma perda de leite superior às vacas vacinadas. Em outro estudo do mesmo autor (Wilson et al., 2007), os animais vacinados com J-Vac apresentaram menores taxas de CCS média após desafio experimental com E.coli. Além disso, a produção média de leite após o desafio foi maior nos grupos vacinados.

Resultados de J-VAC® no controle de CCS e na produção de leite (Adaptado de Wilson et al., 2007).

Como solução para tratar e prevenir os efeitos nocivos da mastite, a Boehringer Ingelheim oferece aos seus clientes a linha completa para o momento da secagem: selante de teto, terapia com antibiótico vaca seca e vacina contra coliformes. 

O Ememast Selante® é indicado para a prevenção de novas infecções intramamárias em vacas secas. O produto atua criando uma barreira no interior do canal do teto, evitando assim a entrada de micro-organismos através dessa via. A ação do produto é puramente mecânica, já que não contém antibióticos e nem quimioterápicos.

O Mamyzin®S é um antimicrobiano completo indicado para o tratamento específico de vacas no período seco, de mastite bovina subclínica, em infecções causadas por Staphylococcus aureus, Staphylococci-coagulase-negativa, Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae e Streptococcus agalactiae. Também é indicado como profilático de infecções no período seco contra microorganismos Gram(-) e Gram (+), e para reduzir o risco de mastite clínica durante a próxima lactação.

Ainda, a Boehringer Ingelheim conta com a J-VAC®, uma vacina contra mastite ambiental causadas pela Escherichia coli e contra os efeitos da endotoxemia causada pela E. coli e Salmonella typhimurium, tais como febre, perda do apetite, desidratação e edema. Para maiores informações, consulte um Coordenador da Boehringer Ingelheim.

 

Referências:

Bradley, A.J., and Green, M.J. The importance of the nonlactating period in the epidemiology of intramammary infection and strategies for prevention. Vet Clin North Am Food Anim Pract. 2004. 20(3):547-68.

BRADLEY, A. J.; GREEN, M. J. An investigation of the impact of intramammary antibiotic dry cow therapy on clinical coliform mastitis. Journal of Dairy Science, v. 84, n. 7, p. 1632-1639, 2001.

EBERHART, R. J. Management of dry cows to reduce mastitis. Journal of Dairy Science, v. 69, n. 6, p. 1721-1732, 1986.

EMBRAPA GADO DE LEITE, 2021. Disponível em <thttps://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/criacoes/gado_de_leite/pre-producao/qualidade-e-seguranca/qualidade/mastiteite - Portal Embrapa >. Acesso em 13/02/2023

FONSECA, L.F.L; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle da Mastite. São Paulo; Lemos, p.175, 2001.

GANIÈRE, Jean-Pierre; DENUAULT, L. Synergistic interactions between cefalexin and kanamycin in Mueller–Hinton broth medium and in milk. Journal of applied microbiology, v. 107, n. 1, p. 117-125, 2009.

GOTT, P. N. et al. Effect of gradual or abrupt cessation of milking at dry off on milk yield and somatic cell score in the subsequent lactation. Journal of Dairy Science, v. 100, n. 3, p. 2080–2089, mar. 2017

HURLEY, W.L. Mammary gland function during involution. Journal of Dairy science, v.72, p. 1637-1646, 1989.

ISMAIL, Zuhair Bani. Mastitis vaccines in dairy cows: Recent developments and recommendations of application. Veterinary world, v. 10, n. 9, p. 1057, 2017.

KUHN, M. T.; HUTCHISON, J. L.; NORMAN, H. D. Dry period length to maximize production across adjacent lactations and lifetime production. Journal of Dairy Science, v. 89, n. 5, p. 1713-1722, 2006.

MANEKE, E. et al. Kill rate of mastitis pathogens by a combination of cefalexin and kanamycin. Journal of applied microbiology, v. 110, n. 1, p. 184-190, 2011.

NATZKE, R. P.; EVERETT, R. W.; BRAY, D. R. Effect of drying off practices on mastitis infection. Journal of Dairy Science, v. 58, n. 12, p. 1828-1835, 1975.

PEZESHKI, Adel et al. Effects of short dry periods on performance and metabolic status in Holstein dairy cows. Journal of dairy science, v. 90, n. 12, p. 5531-5541, 2007.

SANTOS, M. V. Importância do período seco no controle da mastite. In: INTERLEITE ­ Simpósio Internacional de Produção Intensiva de Leite, n.6, 2003. Piracicaba, SP. Anais... São Paulo: Piracicaba, v.1, p.136-148, 2003.

SANTOS, Marcos Veiga dos; FONSECA, Luís Fernando Laranja da. Estratégias para controle de mastite e melhoria da qualidade do leite. 2007.

WILSON, David J. et al. Association of Escherichia coli J5-specific serum antibody responses with clinical mastitis outcome for J5 vaccinate and control dairy cattle. Clinical and Vaccine Immunology, v. 16, n. 2, p. 209-217, 2009.

 

Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim é a maior empresa farmacêutica de capital fechado do mundo. Estamos entre as 20 maiores empresas farmacêuticas, líderes em pesquisa e desenvolvimento. Há mais de 130 anos, mantemos o compromisso com pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de novos medicamentos com alto valor terapêutico para a saúde humana e animal. Com sede em Ingelheim, na Alemanha, a companhia opera globalmente com 176 afiliadas e conta com mais de 50.000 funcionários.

Estabelecida há mais de 60 anos no Brasil, a Boehringer Ingelheim possui escritório em São Paulo, uma unidade de produção para saúde animal em Paulínia, além de equipes comerciais com presença nacional. Nosso vasto portfólio de produtos traz inovação para os cuidados com a saúde humana e animal.

 

 

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