Hoje no especial coração do leite, vamos contar a história do Adelar e sua esposa Dilcélia. A família de Manoel Ribas/PR, do assentamento de Nova Itaúna, conta que sua trajetória no leite foi cercada de muitos problemas e adversidades e que, durante os 7 anos de prática, , diversas vezes pensaram em desistir.
Adelar relata que as dificuldades sempre estiveram presentes no dia a dia. A situação financeira muitas vezes foi um problema e o preço baixo pago pelo produto intensificava a situação. A ração cara e a instabilidade climática também dificultavam a realidade do produtor.
Falta de conhecimento sobre o assunto tornava a situação ainda mais complicada. “Nós fazíamos errado, não tinha muito conhecimento e isso acabava dando ainda mais prejuízo”, disse a esposa. O manejo realizado na propriedade rendia ao produtor uma média de 14 litros/cabeça/dia. As bezerras estavam frequentemente doentes e só podiam emprenhar com mais de dois anos.
Cercado de vários problemas, a vontade de desistir era rotina na vida de Adelar. Tudo mudou com um convite para uma palestra da antiga Emater na vila vizinha, agora chamada Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná.
Após assistir a palestra a respeito da produção leiteira, Adelar solicitou a presença de técnicos na propriedade e a partir desse momento, o Sítio Alemão passou a ser assistido pelos consultores da Emater. “Depois que os meninos estiveram aqui, muita coisa mudou. Mudou para melhor” relata Adelar.
O produtor adquiriu um melhor conhecimento da atividade e começou a ajustar pequenas coisas, que fizeram uma grande diferença. Adelar relata que foram melhorias fáceis, que pouco necessitam de investimento financeiro, mas que sem o conhecimento sobre o assunto não seria possível. A mudança no manejo dos animais, um melhor preparo de solo e a ração, que hoje é de fabricação própria, foram alterações essenciais que tornaram possível uma guinada na vida do produtor - “Estamos trabalhando na atividade mais felizes e tranquilos com os resultados obtidos”, disse.
A produção subiu para aproximadamente 550 litros/dia com 24 animais, um aumento de quase 10 litros/cabeça ao dia. Hoje, as novilhas podem ser enxertadas com 15 a 18 meses e a primeira cria que antes vinha com os animais na média de 3 anos, chega a acontecer com pouco mais de 2 – “É quase um ano a menos para a primeira cria, é um ano a menos das vacas comendo e gastando pasto”. Além de uma melhora significativa na produção, facilidades no dia a dia também surgiram e beneficiaram a rotina de trabalho. Hoje em dia, uma vez ao mês encaminham o leite ao laboratório para análise microbiológica e acompanhamento de CCS (Contagem de Células Somáticas) e CBT (Contagem Bacteriana Total).
Adelar ressalta a vontade de melhorar sempre, de aumentar os números e resultados para garantir uma melhor condição de vida para ele e sua família e enfatiza a importância que a ajuda especializada tem neste processo.
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