Cuidado com a estefanofilariose. Ela prefere os meses mais quentes |
Também chamada de úlcera do úbere, de verão ou da lactação, enfermidade é caracterizada por lesões na porção anterior do quarto mamário.
A chegada dos meses mais quentes e úmidos do ano traz consigo novos desafios sanitários. É o caso da estefanofilariose, também chamada de úlcera de verão, da lactação ou do úbere, parasitose de caráter zoonótico, que acomete os bovinos – particularmente os leiteiros – e outras espécies animais. No Brasil, a doença é mais prevalente na estação mais chuvosa e quente do ano, época que coincide com altas populações dos vetores biológicos. O número de casos é menor na estação seca e inverno.
A doença é causada por nematódeos (vermes redondos) do gênero Stephanofilaria spp, responsáveis por lesões ulceradas na pele, geralmente localizadas na porção anterior do quarto mamário. Inicialmente as lesões, apresentam-se como pequenas pápulas que evoluem para nódulos, há secreção com perda de pelos e até formação de crostas. Essas lesões causam grande desconforto aos animais, atraem outras moscas, que aumentam ainda mais a irritação, e podem ser contaminadas, secundariamente, por microrganismos que dificultam a cicatrização e podem ser causadoras de mastites.
Fonte: MIYAKAWA et al., 2012
“A dermatite papular evolui para a formação de nódulos, perda de pelos (alopecia) e ulceração com presença de crostas. Geralmente, as lesões têm aspecto circular ou elíptico. No início, podem apresentar 1 cm de diâmetro, mas podem chegar a 25 cm com a evolução do quadro. Na maioria dos casos, há prurido e exsudação sero-sanguinolenta. A lesão pode permanecer por longo período de tempo, caso não seja tratada. A cura espontânea pode acontecer, mas esperar por ela acarretará riscos de infecções bacterianas secundárias, miíases, mastites e prejuízo significativo ao bem-estar animal”, explica o médico veterinário Marcos Malacco, gerente técnico de bovinos da Ceva Saúde Animal.
Figura 1 – Adulto de Stephanofilaria sp. em exame direto de sedimento
As lesões acometem, frequentemente, o úbere (quartos anteriores), podendo também afetar cabeça, região escapular, tetos, jarretes, cauda, garupa, quarto posterior e quartela.
As vacas com estefanofilariose podem ter o processo de ordenha mais demorado, devido ao estresse dos animais à manipulação das teteiras nos quartos mamários lesionados. Além disso, pode haver acúmulo de sujidades e moscas, que poderão prejudicar a qualidade do leite.
Figura 2 – Tecido biopsiado de lesão demonstrando hiperqueratose ortoqueratótica acentuada e com intenso infiltrado inflamatório na derme (Hematoxilina-eosina 10)
“Outros problemas podem resultar em lesões parecidas com as da estefanofilariose, como eczema do úbere, dermatofilose, dermatofitose, dermatite de contato, dermatite por picada de insetos e ácaros, sarna corióptica e paraqueratose por deficiência de zinco. A estefanofilariose é confirmada pela presença dos parasitos por meio da histopatologia de tecidos biopsiados ou em esfregaços e impressões da lesão, analisados em microscopia direta no laboratório”, explica Malacco.
Até agora não havia no mercado uma solução assertiva, em dose única, com carência zero para o leite, mas está chegando ao mercado um endectocida injetável, pronto para uso, com baixo volume de dose, indicado para o tratamento de infestações parasitárias em bovinos.
Estágio 1:
A Haematobia irritans (mosca-do-chifre), em nosso meio, é considerada o hospedeiro intermediário da Stephanofilaria spp e responsável pela transmissão aos bovinos.
Estágio 2:
Após atingirem o estágio infectante no hospedeiro intermediário, as moscas estão prontas para infectar o hospedeiro definitivo. A infecção ocorre quando as moscas contendo os estágios infectantes da Stephanofilaria spp (microfilárias) picam o animal a fim de alimentarem. A microfilárias se desenvolverão até os estágios adultos que se reproduzirão e darão origem a novas microfilárias.
Estágio 3:
Os adultos (filárias) podem ser encontrados na base dos folículos pilosos e as microfilárias podem ser encontradas livres profundamente na derme ou mais superficialmente no exsudato das lesões cutâneas, quando podem ser ingeridas pelo hospedeiro intermediário durante sua alimentação nos animais.
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IRANI DOS SANTOS SENADUQUE DE CAXIAS - RIO DE JANEIRO - ESTUDANTE EM 06/09/2019
Boa noite,o tratamento é com EPRECIS? não conseguir achar o produto na integra para que eu possa ler a bula.achei super interessante.
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CEVA SAÚDE ANIMALPIRACICABA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 16/09/2019
Olá, Irani.
Sim, seria com o Eprecis. Por favor, consulte esse link para saber mais: https://www.ceva.com.br/Produtos/Lista-de-Produtos/EPRECIS Vale a pena ver também esse material: https://www.agripoint.com.br/img_news/19-08-2019-CEVA/material.pdf Aí tem a bula também, se quiser ver mais no detalhe. Abraço |
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MARISTELA M. GIACOMOLLI KOCHENBORGERIBIRUBÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/09/2019
Qual seria este tratamento !
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CEVA SAÚDE ANIMALPIRACICABA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 16/09/2019
Olá, Maristela.
O tratamento seria com o Eprecis. POr favor, veja mais informações nesse link: https://www.agripoint.com.br/img_news/19-08-2019-CEVA/material.pdf Obrigado |
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