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Leite e derivados informais: quem é consciente dos riscos tem menos dor de barriga!

RAFAEL FAGNANI

EM 04/06/2019

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 03/09/2019

Os produtos lácteos informais são aqueles comercializados sem nenhum tipo de inspeção. Os mais comuns aqui no Brasil são os queijos frescos ou maturados e o leite cru vendido em garrafas PET. Em uma feira livre eles sempre estão presentes! A população os enxerga com naturalidade e na maioria das vezes não sabe que esse comércio é proibido por lei por representar riscos à saúde pública.

Desde o começo da década de 50 a legislação brasileira proíbe o comércio de qualquer produto de origem animal que não tenha sido inspecionado por órgãos oficiais do governo federal, estadual ou municipal. Produtos sem inspeção são veiculadores de muitas doenças. Algumas podem ser fatais, como a tuberculose e a listeriose. Enquanto outras podem ser incuráveis, como a brucelose. Pesquisas mais recentes já associaram o consumo de leite cru com a síndrome hemolítico-urêmica. Até mesmo leite de animais sadios pode ser veículo dessas e de outras patologias.

Para mitigar esses riscos, a comercialização de leite cru para o consumo direto foi proibida em vários países, e os resultados foram positivos. Para se ter uma ideia, antes da proibição do comércio de leite cru, ¼ de todas as infecções de origem alimentar nos EUA eram atribuídas ao leite cru. Depois das medidas proibitivas em 1950, a ocorrência caiu para menos de 1%.

Com o avanço da tecnologia, foram surgindo vacinas e protocolos que melhoraram muito o status sanitário dos rebanhos, e alguns países foram flexibilizando as normas para o comércio de leite cru. Hoje, dos 50 estados norte-americanos, 30 permitem a venda direta ao consumidor. No Reino Unido a situação é mais permissiva, e o leite cru pode ser vendido em todo o território nacional. Vale salientar que nesses locais o controle sanitário do rebanho é prioridade número 1, com normas rigorosas exigindo rebanhos livre de brucelose e rótulos estampados com alerta de riscos à saúde, similar ao que acontece com o cigarro no Brasil.

Mesmo onde existe proibição governamental para a venda de leite cru, a população ainda consegue adquiri-lo do comércio informal. É o que acontece aqui no Brasil. Mas quais são os motivos que levam os brasileiros a continuarem consumindo esses produtos?

  • Falta de informação?
  • Sabor?
  • Falta de opção?
  • Preço?
  • Desconfiança dos produtos industrializados?

Em busca dessa e de outras respostas, a aluna Josiane Ito Eleodoro do curso de medicina veterinária da Unopar de Londrina fez uma pesquisa de abrangência nacional em seu trabalho de conclusão de curso. Seus resultados já foram aceitos para publicação em um dos principais periódicos da área, o International Dairy Journal. Os resultados mais relevantes você confere no infográfico abaixo:

consumo de lácteos informais no Brasil

Essa foi o primeiro estudo nacional que associou o nível de consciência dos consumidores de lácteos informais com o seu status de saúde. A conclusão é clara: a informação é uma ferramenta importante na promoção da saúde!

Se você quiser saber mais sobre a pesquisa, acesse-a na íntegra: Fagnani, R et al., Milk-borne infections awareness and the health status of consumers: An on-line survey, International Dairy Journal, https://doi.org/10.1016/j.idairyj.2019.04.013.

Para mais informações siga a fanpage do Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados da UNOPAR. Até a próxima.

_______

O artigo é do Prof. Dr. Rafael Fagnani, da UNOPAR, instrutor na plataforma de cursos on-line, EducaPoint. Confira o mais novo curso dele na plataforma: Inspeção de leite e derivados: legislação atualizada.

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Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082
 

 

RAFAEL FAGNANI

Consultor, professor e pesquisador em produtos de origem animal. Atua na UEL e na UNOPAR nos cursos de med. veterinária e em programas de residência e mestrado.

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