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Situação da contagem de células somáticas de rebanhos brasileiros e americanos - Parte 2

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 10/08/2009

3 MIN DE LEITURA

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Os resultados de CCS de rebanhos de Minas Gerais, analisados pelo Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da UFMG, no período janeiro/2007 a julho/2008, foram provenientes de 125 empresas. As médias aritméticas e geométricas de CCS para o período foram de 507.000 e 347.000 cél./ml (Tabela 2). Na Figura 3 são apresentas as porcentagens de amostras não conformes (acima de 1.000.000 cél./ml) para CCS, as quais foram em média de 8% durante o período.

Tabela 2. Resultados das análises de leite cru realizadas no Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Escola de Veterinária da UFMG durante o período de janeiro/2007 a julho/2008 (1.176.000 amostras).





Figura 3. Distribuição percentual de amostras analisadas no Laboratório de Análise de Qualidade do Leite (LabUFMG) com resultados acima do padrão legal (CCS e CBT) estabelecido pela Instrução Normativa 51/2002, 2007 a 2008. (Fonte: Fonseca et al., Situação da qualidade do leite cru em Minas Gerais-2007/2008, Anais do III Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, 2008.


Em relação aos resultados de qualidade do leite da região Centro-oeste analisados pelo Laboratório de Qualidade do Leite de Goiás (LQL/CPA/EV/UFG), foram analisadas cerca de 460 mil amostras de leite provenientes das regiões Centro Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Norte (Tocantins, Maranhão, Pará e Rondônia), parte de Minas Gerais, durante o período de janeiro de 2007 a julho de 2008. As amostras analisadas foram provenientes de 202 empresas cadastradas naquele laboratório. A porcentagem de amostras não conformes para CCS para a região Centro-Oeste variou neste período de 5 a 7% e a média geométrica da CCS foi de 273.000 cél./ml.

Os resultados da média geométrica de CCS dos rebanhos analisados pelo Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros do Paraná - PARLPR (APCBRH/UFPR) no período de julho/2005 a junho/2008 estão apresentados na Tabela 3. Considerando os resultados obtidos a partir de cerca de 470 mil amostras, a média geométrica de CCS foi de 267.550 cél./ml. Na Figura 4 pode-se observar a distribuição percentual das amostras em relação aos resultados de CCS, indicando que cerca de 15% das amostras apresentaram valores acima de 1.000.000 cél./ml.

Tabela 3. Média geométrica de CCS dos rebanhos analisados pelo PARLPR (Fonte: Horst e Valloto, Qualidade do leite analisado no laboratório do Paraná - IN51/2002, Anais do III Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, 2008).





Figura 4. Distribuição percentual da CCS de amostras analisadas pelo PARLPR (Fonte: Horst e Valloto, Qualidade do leite analisado no laboratório do Paraná - IN51/2002, Anais do III Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, 2008).

Situação da CCS em rebanhos americanos

Um resumo dos resultados de CCS de rebanhos leiteiros americanos de 1995 a 2008 é apresentado na Tabela 4. No ano de 2008, de um total de cerca de 4.200.000 vacas leiteiras em produção, distribuídas em 21.600 rebanhos, cerca de 97% dos rebanhos encontrava-se sob controle de CCS.

Pelos dados apresentados na Tabela 4, pode-se verificar que desde o ano de 1995 até 2008 houve aumento médio do número de vacas por rebanho e da média de produção de leite por vaca/dia, sendo que em 2008 a média de produção por vaca/dia foi de 32,5 kg e o número médio de vacas por rebanho de 131,7. A CCS média em 2008 foi de 262.000 cél./ml, sendo que apenas 3,4% dos rebanhos apresentaram CCS acima do limite legal de 750.000 cél./ml. Considerando o limite de 400.000 cél./ml, 22,4% dos rebanhos apresentaram CCS acima desse limite. A análise da CCS em função do tamanho médio dos rebanhos indica que quanto menor o tamanho do rebanho, maior o risco de aumento de CCS, o que significa que rebanhos maiores apresentam menores médias de CCS.

Quando se analisa a variação da CCS média ao longo do período de 1995 a 2008, pode-se perceber que há uma redução de 304.000 para 262.0000l cél./ml e que a porcentagem de rebanhos acima de 750.000 cél./ml (limite legal americano) foi reduzida de 4,1 para 3,4%.



Fonte: 1) Anais do III Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, Recife-PE, 2008. 2) H.D. Norman, R.H. Miller, and F.A. Ross, Jr. Somatic cell counts of milk from Dairy Herd Improvement herds during 2008. Animal Improvement Programs Laboratory, ARS-USDA (https://www.aipl.arsusda.gov/publish/dhi/dhi09/sccrpt.htm).

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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AGNALDO

GUAIRAÇÁ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2014

o nosso leite esta com o grau de cbt auto mas eu fasso teste ante e despois mais quase nao aparece mais no teste do estado esta auto como que eu fasso para obiter mais nformaçao melhor

  
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 13/02/2010

Prezado Prof. Marcos,
Desde já gostaria de cumprimenta-lo pelo assunto abordado. Trabalhei durante alguns anos com análises físico-química, CCS e CBT aqui no estado, pude ao transcorer deste tempo perceber inúmeros erros cometidos, sendo estes provenientes desde a origem da matéria prima. Se enumerasse todos talvez o espaço aqui seria pequeno mas alguns que no meu entendimento são cruciais para o estabelecimento de um programa confiável de melhoria da qualidade do leite, os colocarei. Penso que no Brasil, fala-se muito a respeito mas pouco tem se visto, ou talvez as medidas que se tem tomado não foram postas em prática ou estejam esperando uma política governamental mais concreta a respeito do leite. Profissionais despreparados, e ai entra o famoso agente de coleta, dependemos seriamente desta peça fundamental e que demonstram total despreparo e ou descaso quanto a sua função. Uma amostra mal coletada é uma amostra ireal, cito trabalho que realizei na qual foram coletadas amostras de superfícies diferentes e sem a devida homogeinização, as diferenças foram gritantes. Cito lhes outro exemplo, falta de orientação técnica a campo, práticas condenáveis que com uma simples orientação trará resultados satisfatórios. É preciso parar de usar todo esse "marketing" feito em cima do leite e trabalhar mais em prol de pequenas e simples mudanças, mas cruciais e fundamentais para que possamos realmente falar em melhoria da qualidade. Sei que como futuro profissional da área terei um sério compromisso pela frente, espero por em prática toda a bagagem que adiquiri ao longo dessa caminhada. As comparações feitas penso que são mais impactantes mas pouco plausível, pois os norte americanos estão algumas décadas de evolução a nossa frente. Volto a cumprimenta-lo pelo pertinente assunto, agradecendo o espaço que é de fundamental importância para uma discussão sadia. Forte abraço.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Eder Ghedini,

Obrigado pela sua resposta. Concordo plenamente que o nosso grande gargalo em termos de qualidade é a capacitação de profissionais, entre os quais o motorista do caminhão de coleta é um dos elementos importante nessa cadeia. Além disso, penso que a capacitação dos produtores é outro grande desafio.

Atenciosamente, Marcos Veiga
HELDER SÁVIO SILVA

CORONEL XAVIER CHAVES - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 29/08/2009

Prezados Senhore(a)s,
Coronel Xavier Chaves é uma cidade onde o fator econômico predominante é a produção de Leite, pretendo fazer um projeto de monitoramento do indice da qualidade do leite ( niveis de CCS e UFC) o projeto propoem melhorar infraestrutura de curral, instalação de serpentina para limpesa de tubulação de ordenha mecânica com agua quente, calçamento de currais de chao, instalação de tanque de expansão em 10 propriedade que ainda não dispõem deste tecnologia, monitorar a saida do leite da fazenda até a plataforma da industria.
Caso tenha algum projeto para este segmento favor contactar.
JOSÉ NELSON FAGUNDES

JOÃO MONLEVADE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/08/2009

Prof. Marcos Veiga dos Santos

Será muito bom comparar nosso leite com o de outros paises. Tenho observado análises com resultados discrepantes, feitos em Laboratórios credenciados. Um trabalho com dados não confiáveis comprometerá nossa credibilidade. Gostaria de sugerir que esses Laboratórios fossem obrigados a participar de programa de qualidade interno e externo. Assim teremos resultados mais confiáveis.
Segue esta sugestão para nossos dirigentes.

José Nelson

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado José Nelson Fagundes",

Pelos contatos que tenho com os responsáveis pelos laboratórios da RBQL (www.cbql.com.br), existe uma grande preocupação com a qualidade das análises e com a necessidade de padronização de procedimentos. Minha opinião é de que as diferenças de resultados de análises de CCS e CBT não se devem aos laboratórios e sim a realidade do leite do Brasil, que ainda está em patamar de melhoria. É possível que existam rebanhos e/ou bacias leiteiras diferenciadas e que estejam muito melhores que a média nacional.

Atenciosamente, Marcos Veiga

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