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A mastite subclínica deve ser tratada durante a lactação? - Parte 2

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 11/01/2006

2 MIN DE LEITURA

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Em uma situação em que a CCS do leite do tanque tem grande impacto no preço do leite, deve-se avaliar o custo de oportunidade do tratamento, mesmo de casos subclínicos, como uma estratégia viável para utilização. A decisão de se tratar ou não a mastite subclínica deve ser feita com base nos possíveis benefícios e custos de cada situação específica e em relação ao tipo de agente causador envolvido, conforme o quadro abaixo.

Quadro 1. Benefícios e custos do tratamento de mastite subclínica durante a lactação.


Considerando que cada rebanho tem suas peculiaridades quanto aos agentes causadores e em termos de custos e benefícios do tratamento de mastite subclínica durante a lactação, os principais fatores que devem ser levados em consideração para a justificativa ou não do tratamento são:

- probabilidade de cura após o tratamento;
- probabilidade de cura espontânea dos casos clínicos e subclínicos;
- probabilidade de transmissão para outras vacas;
- potencial de aumento do preço do leite (prêmios por qualidade);
- potencial de redução de custos (descartes, tratamentos repetidos, novas infecções);
- redução da renda do leite (leite descartado);
- custos adicionais: diagnóstico do agente causador, tratamentos, mão-de-obra.

A mastite subclínica causada por Streptococcus agalacitae é a situação que permite o maior benefício para o uso de tratamento durante a lactação, pois a taxa de cura é elevada, mesmo com a administração de 2-3 infusões intramamárias de antibióticos a base de penicilina. Existem diversos estudos científicos comprovando o custo benefício da chamada blitz-terapia, cujos resultados práticos podem ser a redução da CCS e até a erradicação deste agente do rebanho.

Os principais benefícios do tratamento de S. agalactiae durante a lactação são de curto prazo, pois se não forem tomadas medidas de prevenção (pós-dipping e terapia de vaca seca), existe a possibilidade de o agente voltar a infectar vacas no rebanho após o tratamento.

Os demais agentes gram-positivos causadores de mastite, tais como Staphylococcus aureus e Streptococcus spp são, na maioria das fazendas, as principais causas de mastite subclínica crônica. Vacas com mastite crônica funcionam como reservatórios destes agentes contagiosos, os quais podem ser transmitidos para animais sadios. Desta forma, o tratamento destes casos traria como benefícios a cura dos animais acometidos e a redução da transmissão entre vacas infectadas e sadias.

Para os casos de mastite causada por S. aureus, os estudos apontam para maior eficácia da terapia estendida (8 dias de tratamento) em relação à terapia convencional (2 dias de tratamento), podendo-se atingir taxa de cura de até 90% para aquela terapia. Obviamente, que a decisão para tratamento de casos subclínicos crônicos de mastite causada por S. aureus deve levar em conta os custos maiores de tratamento e descarte de leite com resíduos.

Parece, assim, evidente que a escolha de se tratar ou não casos de mastite subclínica passa necessariamente pela análise da situação particular de cada rebanho, com relação aos prêmios de qualidade, preço do leite, prejuízos enfrentados pelo rebanho e em especial quanto ao tipo de agente causador de mastite. As pesquisas científicas indicam que em algumas situações o tratamento pode ser uma estratégia que auxilia na redução de prejuízos e melhoria da qualidade do leite, desde que utilizada com critério e após avaliação dos custos e potenciais benefícios.

Fonte: Barlow e Schkken, Anais do Encontro Regional do NMC, EUA, p.6-13, 2005.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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CLODEILDES LIMA NUNES

RIO BRANCO - ACRE - PESQUISA/ENSINO

EM 20/04/2006

Bem colocada a sugestão, até porque a relação custo/benefício deve ser bem avaliada, a priori, pois o diagnóstico com cultura ou com cultura e antibiograma terminam por inviabilizar o tratamento de animais de baixas produções, ou sem valor zootécnico, a saber que os tratamentos no início das infecções tem maiores chances de sucesso, reduzindo assim as reincidentes.

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