ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

A importância do merchandising para o pequeno varejo

MARCELO ERMINI

EM 04/09/2014

3 MIN DE LEITURA

4
0
Entre os desafios que as indústrias enfrentam com alternativas que gerem maior proximidade com o consumidor, diversificar canais de distribuição tem sido a mais utilizada e potencializar a relação com os pequenos varejos tem se demonstrado um dos principais caminhos.

Esse canal tem assumido papel importante nas estratégias de distribuição das grandes empresas e, avesso à crescente concentração do varejo brasileiro, tem recuperado espaço na preferencia do consumidor.

Grandes empresas têm procurado conhecê-los melhor e descobrir como chegar até esses varejos da maneira mais eficiente, econômica e rápida. No entanto, médias e pequenas indústrias nunca os esqueceram e se mantêm firmes do domínio do espaço conquistado. Há uma guerra em curso.

O pequeno varejista quer e precisa de produtos específicos, avalia que o tempo disponível do consumidor é cada vez mais curto, e enfrenta vários problemas, como a falta de espaço, necessidade de capital de giro, dificuldade em contratar e reter bons funcionários e o eterno desafio de ter preços competitivos.

Recebe bem as inovações, produtos diferenciados, exclusivos e alternativas às embalagens tradicionais. Para a gestão do negócio, tem preferido meios de abastecimento garantidos, com volumes de compra adequados à demanda, com ações que não necessitem grandes investimentos e que mais ou menos equilibrem a gestão do seu capital de giro.

O consumidor quer soluções imediatas, embalagens customizadas e cada vez menores, são menos fiéis, sempre procuram ajustar o seu tempo disponível a locais de fácil acesso e bons serviços.

Na loja, o sortimento, o atendimento, o layout e o ambiente devem estar alinhados com essa expectativa, para que o momento da compra se transforme em uma oportunidade real para conquistá-lo e fidelizá-lo.

Desse modo, ações de merchandising (atividades de marketing e comunicação em loja) surgem como uma importante ferramenta para despertar a atenção do consumidor para o produto, para as marcas e para a loja. Quando o espaço é pequeno, luta-se com a pouca visibilidade e chamar atenção é um grande desafio.

Algumas práticas facilitam a gestão do negócio, como o planograma organizado (exposição dos produtos na gôndola seguindo uma orientação racional), pois minimizam riscos de rupturas, facilitam a compra orientada por impulso e auxiliam o consumidor que está com pouco tempo. Os shoppers (pessoas que realizam a compra na loja) querem promoções com benefícios reais e as ferramentas de merchandising ajudam a melhorar o valor do tíquete médio e a aumentar o fluxo de consumidores.

Infelizmente, esse conhecimento nem sempre está ao acesso do empresário do pequeno varejo, que valoriza a relação quando recebe informações da indústria, bem como auxílio para melhorar a performance do seu negócio. Ele irá procurar entender como a indústria enxerga o seu PDV e ficar disponível para ações que alavanquem vendas e o auxiliem a atrair novos consumidores.

Normalmente desconfiados, querem criar relações de parceria e crescer.

É natural que as indústrias e empresas de distribuição que desenvolverem um plano de merchandising alinhado com as expectativas desses varejistas possam vir a ter a preferência de presença em sua limitada gôndola. Deve-se avaliar com cuidado o uso das mesmas técnicas de merchandising que são dirigidas ao grande autosserviço, realizando apenas uma adaptação ao pequeno varejo.

Há de se ter em mente que o processo é muito rápido, não há espaço para erros, pois quase sempre o pequeno empresário é quem pagará a conta e, portanto, pode optar por não operar novamente com essa empresa.

Essas são algumas das bases que podem justificar a necessidade de se desenvolver um plano estruturado de técnicas de merchandising voltadas ao pequeno varejo e não mais dedicar apenas uma visão tática para essa atividade. O chamado “mercadinho” tem grande elasticidade de impulsão de vendas com as compras não planejadas, com altos índices de decisão de escolha da marca e produto na hora da compra, no PDV.

Um trabalho de destaque e atratividade é imprescindível para maior visibilidade das marcas que desejam operar nesse canal que cresce a cada momento em número de lojas e em importância nas vendas. O mercadinho está vendendo produtos de reposição óbvia, podendo trabalhar mais focado em impulsão, seja de supérfluos (doces, balas) ou itens mais vendidos em super/hiper (perecíveis e não alimentos) e farmácias (perfumaria e higiene pessoal).

É interessante aproveitar melhor os espaços para alavancar outro tipo de venda (produtos na frente dos caixas, reforço no cross merchandising e desenvolvimento de “móveis” e “focos” interativos).

As empresas esperam que suas marcas estejam presentes nos pontos de venda alinhados com o perfil do seu consumidor e valorizam as lojas que possibilitam isso de maneira planejada, organizada. Chegam a estimular suas equipes de vendas a serem mais acessíveis para as lojas que costumam chamar de “formadoras de opinião”.

O pequeno varejo deve saber disso e oferecer condições para as empresas construírem suas marcas em sua loja, trabalhando em conjunto com seus fornecedores e aprendendo com sua concorrência.
 

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

MARCELO ERMINI

Empresário e consultor. Professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing, na FIA/Provar e na FGV. Tem formação em Comunicação Social com especialização em Marketing e MBA em Gestão Empresarial pela ESPM.

4

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

SERGIO CHAVEZ

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 13/09/2014

Creo que hay una visión de las pequeñas y medianas industrias con respecto a la venta de productos lácteos, por lo menos en mi país, de que las grandes cadenas o superficies de comercialización tienen demasiados costos (góndolas, promoción, reposición, etc), que producen una perdida en la facturación entre el 18 y 22% . Ademas de las devoluciones o notas de crédito (unilaterales). Por ello se opta por comercializar mas en pequeñas superficies a pesar de que el costo de distribución, tiene incidencia en el precio.
MARCELO ERMINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 09/09/2014

Obrigado Ricardo e Lourivaldo. Abraço
LOURIVALDO MARIANO DE ALMEIDA

ARAPUTANGA - MATO GROSSO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/09/2014

MUITO   BOM, É   ISSO  MESMO! PARABÉNS  
RICARDO CÉSAR MACHADO BRAGA

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2014

Excelente artigo!!! Parabéns!!!

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures