De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) as zoonoses são conceituadas como doenças ou infecções naturalmente transmitidas pelos animais vertebrados aos seres humanos. Desta forma, bactérias, vírus ou parasitas podem ser transmitidos através do contato direto com animais e/ou secreções contaminadas ou através da ingestão de alimentos contaminados como por exemplo, carnes e/ou leite.
As zoonoses de origem alimentar geralmente são associadas a ingestão de produtos cárneos ou lácteos, crus ou submetidos ao tratamento térmico ineficiente, de tal forma que os agentes zoonóticos permanecem viáveis no alimento. Entretanto é importante ressaltar que também existe o risco de contaminação dos alimentos após o tratamento térmico, por isto é essencial atentar-se ao cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF) durante a manipulação e fabricação destes produtos.
São exemplos de zoonoses transmitidas por produtos cárneos de origem bovina: a toxoplasmose e o complexo teníase-cisticercose. Já as zoonoses veiculadas pelo leite e seus derivados são a brucelose, a tuberculose, a listeriose alimentar.
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A adoção de medidas de controle e prevenção são cruciais para evitar a manutenção dos agentes zoonóticos nos rebanhos. Alguns cuidados podem ser aplicados nos ambientes de criação e de fabricação de produtos alimentares. Na criação dos rebanhos é importante seguir a frequência adequada de vacinação, atentar-se a correta aplicação e conservação das vacinas; bem como o controle de acesso a propriedade, tanto de pessoas quanto de animais silvestres.
Em relação as fábricas de leite e derivados é essencial cuidar das etapas de tratamento térmicos da matéria prima e, jamais produzir produtos alimentares a partir de matérias primas cruas, pois isto permite a transmissão do agente zoonótico. Além disto, o conhecimento do status sanitário do rebanho também é uma informação importante para se conhecer a qualidade e segurança dos alimentos que serão produzidos
Para finalizar, as zoonoses precisam de uma abordagem de Saúde Única devido ao risco que oferecem a saúde pública. Diante disto, é preciso acompanhar a frequência dos agentes zoonóticos tanto no ambiente, quanto na população animal e em seres humanos, pois estes microrganismos podem ocasionar impactos econômicos e sociais.
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