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FAO: nova ferramenta possibilita a participação do setor de lácteos no mercado de crédito de carbono

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/11/2016

4 MIN DE LEITURA

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O setor de lácteos em breve poderá participar dos mercados de crédito de carbono graças à nova metodologia que deixa os produtores e os demais membros do setor documentar, de forma confiável, como estão reduzindo as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Esse que abrirá novas fontes de finanças para a indústria pecuária e ajudará a promover investimentos nas operações menores.

A nova metodologia da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Smallholder dairy metodology, lida com dois importantes desafios que a agricultura enfrenta hoje: a necessidade de tornar a agricultura mais produtiva aumentando os rendimentos, enquanto, ao mesmo tempo, corta as pegadas de carbono. Ao abrir novas fontes de finanças, a metodologia resolve uma questão crítica de como financiar a transição necessária para um setor pecuário mais verde.

A nova metodologia, desenvolvida pela FAO e seus parceiros, pela primeira vez identifica claramente áreas dentro da produção leiteira onde as emissões de GEE podem ser contidas – por exemplo, mudando a composição da ração ou as práticas de alimentação ou melhorando a eficiência de energia dos equipamentos – e explica como essas reduções podem ser medidas e reportadas.

Mais importante ainda, ela foi certificada pelo Gold Standard, uma organização independente que avalia os projetos climáticos sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo das Nações Unidas e garante que eles forneçam reduções genuínas nas emissões.

Essa certificação é chave para permitir que pequenas operações leiteiras recebam créditos de carbono aceitos internacionalmente em troca das reduções das emissões. Esses podem ser vendidos em mercados de carbono – uma potencial fonte de receitas que cria um incentivo financeiro para a indústria de lácteos se tornar mais verde. Além disso, abre novas oportunidades para produtores de pequena escala avaliar o financiamento de investimentos para suas fazendas.

“Investir em formas de tornar os sistemas de lácteos mais produtivos é uma forma eficiente de reduzir simultaneamente as emissões de GEE e garantir segurança alimentar”, disse o chefe de Informações Pecuárias da FAO, Henning Steinfeld. “Essa metodologia ajudará a financiar projetos que têm impactos reais no sustento de milhões de pequenos produtores de leite”. Ele estimou que a produção de leite terá que crescer em 144 milhões de toneladas até 2025 para suprir as crescentes demandas.

Mudanças estratégicas nas instalações e na alimentação dos animais, no manejo de seu esterco e na seleção de raças que produzem mais leite com insumos iguais, são a chave para suprir essas demandas com menos danos ambientais possíveis.

Sob os atuais esquemas de créditos de carbono, desenvolvedores de projetos, como governos, negócios e ONGs, podem solicitar permissões que permitam que seus projetos emitam certa quantidade de GEE, como dióxido de carbono ou metano. Se um projeto é administrado para emitir menos gases do que a permissão total que recebeu, os desenvolvedores podem comercializar o restante dos “créditos de carbono” em um mercado aberto – significando que há um incentivo financeiro para os desenvolvedores de projetos adotarem tecnologias adequadas ao meio ambiente e práticas de manejo.

Mas até agora, a finança climática – e os mercados de carbono em particular – estavam fechados para o setor pecuário, parcialmente porque não havia metodologia para calcular os créditos e certificar os cortes nas emissões. A nova ferramenta agora determina um padrão global que preenche essa lacuna.

Melhorando o setor leiteiro do Quênia

No Quênia, que serviu como terreno de desenvolvimento para essa nova ferramenta, a metodologia já faz parte do esforço do país de intensificar sustentavelmente sua indústria de lácteos sob o plano de ação climático do país.

Como o setor pecuário do Quênia é dominado por pequenos produtores que têm acesso limitado a tecnologias que aumentam a produtividade, esta no setor leiteiro tem sido baixa e as emissões por unidade de leite, altas. Isso significa que há uma enorme oportunidade para tornar o setor leiteiro do Quênia mais produtivo e ambientalmente melhor, introduzindo novas tecnologias e práticas de manejo de recursos.

Com a nova ferramenta, o governo do Quênia é capaz de rastrear, quantificar e certificar que suas intervenções deram resultado em reduzir a intensidade das emissões – em outras palavras, menos GEE por unidade de leite. Isso é essencial para o desenvolvimento do setor leiteiro em compromissos climáticos internacionais do país e tem permitido que o Quênia estenda seu Plano de Ação de Mitigação Apropriada Nacional ao setor leiteiro.

Há benefícios adicionais, além das reduções das emissões. Para os pequenos produtores de leite – cerca de 750 milhões em todo o mundo -, as mudanças a nível de fazenda que aumentam a produção de leite também trazem mais segurança alimentar e mais receitas. Maiores investimentos em agricultura também tendem a direcionar o desenvolvimento de áreas rurais.

Emissões

As emissões de GEE pela produção de leite varia muito em todo o mundo. Alguns países têm sistemas de produção que emitem apenas 1,7 kg de dióxido de carbono equivalente por quilo de leite (CO2e/kg), enquanto outros podem emitir cinco vezes mais, alcançando 9 kg de CO2e/kg. Mas essas grandes variações não existem apenas em comparações entre países – elas podem ocorrer dentro de países.

Como exemplo, as emissões do Quênia do setor leiteiro são de 3,7 CO2e/kg – comparado com a média global de 2,8 -, mas as emissões variam de 3 a 8, dependendo da fazenda. Isso mostra os impactos significativos que os diferentes métodos de produção podem ter sobre as emissões de carbono e o potencial para mitigação climática.

As informações são da FAO, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

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