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Com Banco do Brasil fora da transação, plano da CCPR para a Vigor fica em xeque

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/10/2017

4 MIN DE LEITURA

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A cerca de 20 dias do prazo para a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda (CCPR) pagar à Vigor os R$ 600 milhões referentes ao exercício da recompra da fatia de 50% da empresa na Itambé Alimentos, o financiamento da operação pode estar em xeque.

O Banco do Brasil não está mais à frente do pool de bancos que iria financiar ou buscar eventuais investidores para a CCPR - que tem 50% da Itambé - recomprar a participação da Vigor na companhia. De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, a tarefa de "amarrar a operação junto com outros bancos" agora está nas mãos do Banco Mercantil do Brasil, instituição financeira de porte médio com sede em Belo Horizonte (MG).

Segundo as mesmas fontes, a razão para o Banco do Brasil ter saído da transação foi o prazo exíguo para levantar os R$ 600 milhões necessários para financiar a recompra da participação de 50% na Itambé, que foi vendida à Vigor, controlada da J&F, em 2013, por R$ 410 milhões. 

No dia 20 de setembro, um mês e meio depois de a Vigor ter sido vendida à mexicana Lala, a CCPR anunciou que iria exercer o direito de preferência e recomprar a participação da Vigor na Itambé. A possibilidade de recompra estava prevista no acordo de acionistas em caso de venda da Vigor. A central tem até 20 de outubro para pagar pela participação adicional e está sujeita a uma multa de R$ 200 milhões se não o fizer, de acordo com fonte a par do negócio.

A opção da CCPR pelo Banco Mercantil do Brasil configura "uma solução caseira", disse outra fonte, uma vez que ambos são de Minas e a central de cooperativas já é cliente da instituição financeira. Diferentemente do que estava previsto numa eventual operação liderada pelo Banco do Brasil, no caso da transação com o Mercantil, o banco mineiro não entraria com a maior parte dos recursos para o financiamento, acrescentou a fonte. Procurado, o Mercantil do Brasil também não se pronunciou.

Além de obter os recursos para financiar a recompra, a CCPR também precisa do "waiver" de bancos credores, com os quais a Itambé tem R$ 250 milhões em dívidas, uma vez que haverá troca de controle da empresa de lácteos, disse uma outra fonte com conhecimento da operação.

A decisão da CCPR de recomprar a fatia da Vigor na Itambé tem sido vista no mercado como uma tentativa da central de voltar a ter força no comando da empresa de lácteos, uma vez que perdeu poder na companhia quando vendeu a participação de 50% para a Vigor. Também seria uma tentativa de fazer a Itambé voltar a ser uma empresa mineira, o que, inclusive, tem tido apoio de políticos do Estado.  No entanto, segunda outra pessoa a par do tema, a obtenção dos recursos não está sendo uma tarefa fácil diante do histórico da CCPR, que quase quebrou antes de vender 50% da Itambé à Vigor.

A compra da Vigor pela Lala foi anunciada no começo de agosto, por R$ 5,725 bilhões. O valor do negócio previa também a aquisição de até 100% da Itambé. Na operação, a Itambé estava avaliada em R$ 1,4 bilhão e a Vigor, em R$ 4,3 bilhões. Sem a Itambé, a Lala vai pagar pela aquisição de até 100% das ações da Vigor R$ 4,325 bilhões.

Analistas do segmento de lácteos avaliam que a Lala sai prejudicada sem a Itambé no negócio. Uma das razões é que a operação, cujos múltiplos já estavam acima dos níveis vistos geralmente no mercado, ficou ainda mais cara. O múltiplo do negócio foi de 21,6 vezes o Ebitda (considerando um Ebitda estimado de R$ 200 milhões) ante 17,4 vezes quando a Itambé estava incluída. Além disso, a empresa mexicana não contará com a oferta de leite dos produtores das 31 cooperativas associadas da CCPR que fornecem a matéria-prima para a Itambé.

Em relatório do dia 21 de setembro analistas do Credit Suisse destacaram o múltiplo elevado da transação, avaliaram que as sinergias para a Lala serão menores sem a Itambé e não descartaram que a mexicana refaça uma oferta por 100% ou por uma parte da Itambé por um múltiplo mais alto.

Contexto

A venda da Vigor à Lala faz parte do pacote de desinvestimento lançado pela J&F, controladora da empresa de lácteos, após a delação dos Batista. A delação dos donos da J&F fez secar o crédito à holding, que teve de recorrer à venda de ativos. Além da Vigor, a J&F vendeu a Alpargatas, a Eldorado Celulose e os negócios de bovinos da JBS no Mercosul.

O contrato de compra e venda da Vigor tem como condição a homologação da leniência da J&F pela Justiça Federal em Brasília. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, chegou a homologar o acordo em 8 de setembro, mas suspendeu a decisão no dia 11. A suspensão, no entanto, não invalida o acordo de leniência da J&F, que foi homologado em agosto pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal. A homologação pela 10ª Vara servia apenas para que outras pessoas ligadas à empresa pudessem aderir ao acordo caso fossem denunciadas.


As informações são do jornal Valor Econômico.

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DUILIO MATA DE SOUZA LIMA

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/10/2017

O que mais me impressiona nesta negociação é como uma empresa como a CCPR que tem mais de 50 anos chegou a quase falir em 2013 e após sua venda a JBS apesar dos últimos fatos ocorridos, ela melhorou muito e agora quer voltar a ser dona de seus próprios passos e voltará ao mesmo cenário de 2013? Que garantias terão estes bancos que uma cooperativa que sempre foi mal administrada como a maioria no Brasil como a antiga CCL,COOPACAFÉ, CAARG, CORAL e tantas outras, agora tem a diretoria dos sonhos. Vejam o histórico dos atuais diretores e as garantias que podem ser dadas? Com todos os riscos, tenho a certeza que a venda também da ITAMBÉ a LALA seria o ideal para os fornecedores da mesma, mas com certeza não seria para esta diretoria que almeja ficar a frente da empresa pelos próximos 40 anos como a antiga, usufruindo sabemos como, da empresa para no final chegar ao mesmo cenário de 2013 e dizerem que a culpa é do mercado e das crises econômicas que assolam o país. Infelizmente o sistema cooperativista no Brasil não passa de um feudo de grupos que ao chegarem na administração só saem das mesmas falecidos ou por problemas de saúde de muita gravidade e ainda querem que acreditemos neste modelo. Temos algumas boas cooperativas mas como se tratam da minoria não podem e não caracterizam a realidade de nosso cenário. Caso esta negociação ocorra, acredito que todas aquelas mazelas que conhecemos do sistema cooperativista nacional irão voltar e fica a pergunta final. COMO A CCPR IRÁ PAGAR O FINANCIAMENTO? DE ONDE SAIRÁ O DINHEIRO? SERÁ NÃO, TENHO A CERTEZA QUE SERÁ DO PREÇO DO LEITE OU DE MARGENS DE INSUMOS. Está na hora dos cooperados pedirem esclarecimentos e principalmente um projeto de gestão e de compromissos a serem assumidos caso a negociação ocorra. Isto é para que não haja lamentações depois e aquelas respostas vagas que acabam prejudicando o já sofrido produtor de leite.
JOSÉ WILSON CAIXETA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 04/10/2017

Duvido que o Mercantil do Brasil sustente essa operação. Vão pular fora com certeza. A operação extrapola limite operacional. Deve representar algo próximo a 50% de seu P.L.
ANTONIO CARLOS BARBOSA

BARBACENA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 03/10/2017

Com essa dificuldade finanseiira em que se encontra o pais findo de governos anteriores fica muito ruim para itambe  sair bem dessa manobra. Ficou somente  o Banco Mercantil que possa ajudar em algum financiamento, o BB pulou, fora.  Espero que a CCPR encontre uma situaçâo rapida para por  a casa em ordem.
DILERMANDO JOSÉ DA SILVA

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/10/2017

A antiga administração da CCPR MG  foi desastrosa ao vender os 50% de participação da Itambé para o grupo J&F (grupo Vigor no caso in-espécie). A recompra da ações (vendeu por 410 milhões em 2013 e agora compra por 600 milhões) foi um péssimo negócio em termos financeiros e até mesmo estratégico. Agora, percebendo o histórico negativo da CCPR o BB saiu fora do financiamento e resta somente o Banco Mercantil. Preocupa-nos os associados da CCPR a situação ora em comento. Torcemos para que se consiga o financiamento e que este não vá comprometer o futuro da Central.

Administrações temerárias deveriam ser punidas de alguma forma.

Saudações cooperativistas.

Dilermando J Silva (associado da CAPUL Ltda- Unai/MG).

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