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Uso do ultra-som na avaliação de carcaça

POR SARITA BONAGURIO GALLO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/07/2007

2 MIN DE LEITURA

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A tecnologia do ultra-som tem sido utilizada para predizer a carcaça dos animais vivos de diferentes espécies animais. É uma ferramenta importante para identificar indivíduos de qualidade superior e usá-los em programas de melhoramento animal, por exemplo.

O uso do ultra-som para medidas de gordura subcutânea e área de olho de lombo em bovinos é bem documentado. No entanto, Stanford et al. (1995) afirmam que o uso do ultra-som para prever a composição em ovinos teve menor sucesso e justificam a sua afirmativa pela existência de lã, mobilidade do couro, gordura restrita, dentre outros fatores que dificultam a leitura.

Os valores de repetibilidade estimados para área de olho de lombo e espessura de gordura, obtidas pela técnica de ultra-sonografia, para várias medidas de um mesmo técnico e também por técnicos diferentes, no mesmo animal, têm sido altos, demostrando que, em geral, as medidas são relativamente fáceis de serem obtidas e bastante confiáveis (Suguisawa, 2002).

Dentre os vários fatores apontados como causas das diferenças entre as medidas ultra-sonográficas e aquelas obtidas na carcaça, podem ser citados o método de remoção do couro, que retira quantidade variável da camada de gordura; o método de suspensão da carcaça, que provoca mudanças na sua conformação, o desenvolvimento do rigor mortis; a mensuração inadequada da área de olho de lombo (AOL); corte incorreto na seção da 12ª e 13ª costelas e o revestimento da camada de gordura da carcaça.

Outro fator evidente é que as medidas feitas no animal vivo por ultra-sonografia e na carcaça, são obtidas em posições muito diferentes, o que compromete as comparações feitas entre as mesmas. A reunião de fatores como idade, sexo, raça, peso, altura da anca e tamanho à maturidade, passa a ser fundamental para a predição acurada (Suguisawa, 2002).

A maioria dos trabalhos com ovinos usa medir a quantidade de músculo e gordura entre a 12ª e 13 ª costelas, mas alguns trabalhos indicam uma maior precisão na 1ª lombar com correlações de 0,74 e 0,79 entre as medidas de ultra-som e carcaça para gordura subcutânea e AOL, respectivamente (Stanford et al., 1995).

Um outro motivo que pode diminuir a precisão da acurácia da medida da AOL pelo ultra-som e a presença de pequenos músculos, como exemplo o Multifidus dorsi e Longissimus costarum estarem muito ligados ao Longissimus dorsi (músculo usado para obter a medida de AOL) e na hora da medida esses músculos podem parecer parte do Longissimus dorsi na imagem do ultra-som (Stanford et al., 1995).

No trabalho de Fernandez et al. (1998), os autores trabalharam com cordeiros de 25 e 35 kg de peso corporal e mediram a espessura de gordura (EG), AOL e espessura do Longissimus dorsi. Chegaram ao resultado que todas as medidas para os animais de 35 kg foram maiores que para os de 25 kg, e assim concluíram que uma das vantagens potenciais da tecnologia do ultra-som é que pode ser usada para monitorar o crescimento do tecido muscular e gorduroso do animal.

SARITA BONAGURIO GALLO

Professora de Pequenos Ruminantes, FZEA/USP

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VALENTINA

URUAÇU - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 06/07/2021

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SARITA BONAGURIO GALLO

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 23/03/2013

Caro Ricardo

Para responder a sua pergunta acho que seria interessante você procurar a equipe da empresa DGT Brasil que trabalha com avaliação de carcaça de bovinos. O site esta abaixo.

https://www.dgtbr.com.br/br/QuemSomos.aspx



Boa sorte e bom trabalho
RICARDO

ITAPEMIRIM - ESPÍRITO SANTO

EM 06/03/2013

pessoal caso queira comprar um aparelho de ultrasom para medsir o espessura de gordura em um bovino vivio onde posso comprar e qual o modelo adeguado???



att





Ricardo
JOÃO PAULO DE FARIAS RAMOS

PARAIBA - ESTUDANTE

EM 04/09/2007

Parabéns Professora, pela abordagem sobre avaliação de carcaça, é um tema que está em evidência e as dúvidas são muitas. Pois ja trabalho neste área de avalição de carcaça de ovino por ultrassonografia na EMEPA/PB.

Academico de Zootecnia UFPB
MATEUS MOREIRA DA SILVA

UBERABA - MINAS GERAIS

EM 27/07/2007

Parabéns professora Sarita. Este é um artigo muito esclarecedor e importante para a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura. Sendo esta uma atividade em franca expansão, informar e lançar mão de certas tecnologias é de suma importância para fazer com que haja uma evolução maximizada do setor de forma objetiva e segura.

Mais uma vez, congratulações professora.

Mateus Moreira.
5º ano de medicina veterinária
Uberaba- MG.

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