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Quem está interessado na qualidade do leite no Brasil

POR MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/10/2013

2 MIN DE LEITURA

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Quem está interessado na qualidade do leite no Brasil?

As analises realizadas pelos laboratórios credenciados pela RBQL em 2,4 milhões em quase 2,8 milhões de amostras em 2012 ( universo amostral bastante significativo ) indicam que:

1) Com relação à CCS ( limite 600.000células/ml ) 27% estavam acima do limite;
2)Com relação à CBT ( limite 600.000 ufc/ml ) 40% estavam acima do limite.

Esses números indicam a dificuldade de parte significativa dos produtores em ficar abaixo dos limites estabelecidos. Para a CCS a dificuldade é compreensivel face a complexidade do problema e o custo das ações para resolve-lo. O surpreendente é um número 48% maior de produtores para resolver o problema com a CBT, que é simples e o baixo custo das ações para resolver o problema..

Essa surpreendente dificuldade com relação à CBT é uma  é uma evidência que um número grande de produtores não esta interessado na qualidade do leite, mas também uma pista de que a indústria também não está.

Quando estava evidente que os limites para CCS e CBT da IN 51 não seriam factíveis para uma grande parte de produtores, partiu-se para a IN 62. Quando publicada a nova Instrução Normativa, constatou-se novos prazos e limites, o que era esperado, mas também a eliminação do leite B, o que foi uma surpresa e causou descontentamento e protesto de várias entidades, inclusive da Leite São Paulo.

Em função dos protestos decidiu-se pela revisão da IN 62 com a permanência do leite B até o final de 2013, e que a norma seria re-publicada com essa alteração.
Em função de dar uma resposta a uma telespectadora do Canal Rural, verifiquei que a IN 62 não foi re-publicada, mas que o compromisso mas que estava valido no sentido de manter o leite B na IN 62 até o final de 2013.

A Leite São Paulo foi na época contra eliminar o leite B da IN 62 permitindo apenas sua vigência por um prazo determinado, e continua sendo contra agora, pois no nosso entender isso não contribui para a melhoria da qualidade do leite e pode contribuir para a redução do consumo do leite pasteurizado, pois ao consumidor, que ao longo dos anos identificou que tipo B é o melhor leite pasteurizado produzido na indústria a partir do leite coletado nas propriedades rurais, ficará a imagem a indústria passou a produzir apenas o leite de pior qualidade.

Se tiver que, por algum motivo real que desconhecemos, ficarem apenas dois tipos de leite pasteurizado, deveriam ficar o leite tipo A ( industrializado na propriedade rural ) e o tipo B ( industrializado a partir do leite captado nas propriedades rurais ), ambos produtos identificados como da melhor qualidade.

Nesse final de ano, o posicionamento e explicações das entidades da cadeia produtiva de leite e derivados sobre a permanência do leite B na IN 62 nos dará pistas sobre quem realmente está interessado na qualidade do leite.

Outras pistas poderão ser encontradas com relação ao posicionamento e explicações das entidades que participam da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do MAPA sobre a proposta encaminhada pela Leite São Paulo de ação para enquadrar a fraude no leite na relação de crimes hediondos. Apesar dessa proposta ter sido encaminhada há algum tempo, até agora nenhuma entidade se manifestou.

Tentaremos dar a resposta à pergunta “A quem interessa a qualidade do leite no Brasil” num próximo artigo no começo de 2014, em função do que observarmos nesse fim de ano sobre a permanência do Leite B na IN 62 e de ação para enquadrar a fraude no leite como crime hediondo.

Marcello de Moura Campos Filho

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo

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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2013

Prezado Guilherme Alves de Mello Franco.

Agradeço e retribuo a mensagem de Natal e de Ano Novo.

Conforme coloquei no artigo "Ano velho, ano novo e a qualidade do leite", continuamos lutando e com esperança de que em 2014 tenhamos avanços efetivos em termos de qualidade do leite.

E espero também que o sonho de ter mais azul e menos vermelho em nossas contas fique mais próximo da realidade.

Grande abraço

Marcello de Moura Campos Filho
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/12/2013

Prezado Marcello de Moura Campos Filho: Aproveito o ensejo para desejar, a você e a toda sua família, um Feliz Natal e um Ano Novo branco como leite, onde possamos ter menos fraudes, altas produções, menos exploração pelos Laticínios, menos vermelho e mais azul em nossas contas, muito lucro (sonhar não custa nada - rsrsrs) e grandes realizações.
Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
ALFA MILK
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
www.fazendasesmaria.com
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/11/2013

Prezado Guilherme Alves de Melo Franco

Agradeço o comentário.

Concordo que o ideal seria todo o leite pasteurizado ser do tio A. Todavia o ótimo é inimigo do bom. É preciso lembrar que o leite tipo A precisa ser industrializado na propriedade rural. O percentual de leite tipo A produzido atualmente é muito pequena, e deverá continuar ser pequena por muitos anos em função do volume do investimento necessário para a industrialização e distribuição desse leite. Por isso a instrução normativa tem a opção para o leite pasteurizado produzido na indústria que coleta o leite dos produtores rurais, que é a nossa realidade predominante. O que defendo é que para este caso deve ser mantido o leite tipo B, que é o topo de qualidade para essa categoria, e que com o tempo deveria prevalecer. Assim no futuro teríamos apenas dois tipos de leite, o tipo A industrializado na propriedade rural e o tipo B industrializado na industria a partir de leite coletado nas propriedades rurais, em ambos os caso leite de excelente qualidade.

Com relação a fraude no leite, tudo que puder ser feito é bom, só que a maioria das coisas exige custos elevados e os recursos para isso infelizmente são muito limitados.

Colocar o leite na relação de crimes hediondos ( e há razão para isso pois não é apenas crime econômico uma vez que afeta profundamente o desenvolvimento e a saúde do ser humano - na China já foi enquadrado nessa categoria e a pena é de morte ) não custa nada para a sociedade. Essa medida limitará muito a fraude pois sendo crime inafiançável, quem for preso em flagrante já vai para a cadeia. Se não houve flagrante, mas condenação em primeira instância, vai para a cadeia e lá fica até o término do processo. E confirmada a condenação vai ter que cumprir pena sem essa moleza de sair depois de 6 meses ou passar para regime semi-aberto por bom comportamento.

Por isso a Leite São Paulo apresentou essa proposta à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do MAPA. Quero ver se terá entidade que se manifestará contra e quais as razões que alegam para essa posição.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/11/2013

Prezado Marcello de Moura Campos Filho: Entendo sua campanha pela manutenção do Leite "B" ao invés do Pasteurizado. Seria o lógico.
Porém, o ideal é que se comercializasse, apenas e tão somente, o "A", sob todos os aspectos, o melhor.
Todavia, estamos em um país terceiro-mundista e, portanto, não temos condições (todos os elos da cadeira produtiva) de manter os padrões entabulados para este modelo de produção, que tem que ser produzida e envazada na própria Fazenda, não sendo permitido o transporte, e exige diversas condições específicas, o que inibe a possibilidade de adoção pela maior parte dos produtores brasileiros.
Mas, não é por isso que a qualidade não deve ser exigida, mormente quando esta é uma tendência internacional.
Respondendo ao questionamento que dá título ao seu artigo, entendo que este interesse é de todos os elos profissionais da cadeia e daqueles que, não pertencentes a ela, pretendem ver este país no lugar de destaque internacional que merece ocupar.
Porém, este estado evolutivo torna imprescindível a participação efetiva dos meios de fiscalização, para coibir desvios de conduta, o que não tem sido possível, em primeiro lugar, pela falta de interesse político do Governo Federal e, em segundo, por sua notória falta de estrutura mínima para tal.
Ambos os aspectos são de fácil constatação: após tanto tempo em que o transporte de leite em latão foi proibido, é comum ver caminhões coalhados deles nas estradas brasileiras, como se a norma não existisse.
Neste caso, a culpa atribuo não à insuficiência de fiscalização, mas ao desinteresse em fiscalizar, porque não é uma ação clandestina, escondida, implementada na madrugada, em veículos fechados, mas, sim, em plena luz do dia, para quem quiser ver, até o Fiscal mais sonolento.
Quanto à insuficiência de Fiscais, esta se apresenta mais evidente em relação à indústria, que continua a produzir sem a devida qualidade, sem qualquer dano patrimonial ou extrapatrimonial e sem qualquer admoestação oficial, recebendo todo aquele leite enlatado, sujo, quente, mastítico, que circula pelas estradas (boas e más) do Brasil e o transformando em produtos nas gôndolas dos supermercados e, pasmem, com selo de fiscalização.
Tudo isso é crime contra a saúde pública, não só a adição de soda cáustica, água oxigenada e outros inimagináveis produtos, porque traz danos à higidez física do consumidor tanto quanto estes demais "enriquecimentos" (rsrsrs).
Quanto ao número expressivo de produtores que, realmente, não têm condições de adquirir tanques de expansão e adotar sistemas de eliminação de sujeira e de enfermidades dos rebanhos, estes, infelizmente, devem deixar o setor, porque não é plausível continuar a produzir leite sem qualidade só para manter os votos deles ou para atender a aspectos meramente sociais: saúde é coisa muito séria.
Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
ALFA MILK
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
= HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
www.fazendasesmaria.com
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/11/2013

Prezado Cezar Pimenta Guimarães

Agradeço o comentário, que me permite fazer algumas colocações.

A IN62 caracteriza responsabilidades e limites a sere observados. No caso da CBT para o produtor o limite é para o leite no tanque de expansão da propriedade.

O mundo mudou, o consumidor é e será cada vez mais exigente em termos de qualidade dos produtos que consome. Produzir leite de qualidade sem refrigeração é insustentável.

Não sei quantos produtores não tem tanque de expansão próprio ou estão vinculados a um tanque comunitário. Vamos supor que realmente seja um número significativo, e que a produção desses produtores seja da ordem de 15 % da produção nacional, ou seja 4,95 bilhões de litros ano, que corresponde a cerca de 3 vezes o leite que importamos por ano. Se o número de produtores sem tanque de expansão representa um volume de leite dessa ordem ou maior, o Governo e as indústrias de latocínio deveriam implementar um plano de financiamento, com juros baixos e prazo longo de forma que a aquisição desses tanques ficasse ao alcance desses produtores.

Mas você tem razão, o produtor de leite sempre terá que pagar a conta de produzir leite.
O importante é que exista condição do produtor pagar essa conta e sobrar algum para que possa viver com dignidade.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
CEZAR PIMENTA GUIMARAES

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/11/2013

Prezado senhor Marcello.
Acredito que justamente essa posição mencionada, ou recapitulemos, o titulo da matéria é "Quem esta interessado na qualidade do leite no Brasil", então vejamos, se a IN 62 desobriga o produtor da porteira pra fora, no caso, quanto ao caminhão coletador e estrada, determina que o tanque refrigerador é de responsabilidade do produtor, que alem de armazenar deve manter ou demonstrar qualidade do leite. Senhor, acredito que para a média dos produtores de leite do Brasil, esse investimento seja caro, pois como se diz - apos a porteira não é de nossa responsabilidade - então porque o leite não continua saindo como saía antigamente antes dessas IN. Se o paradigma é outro pergunto: o titulo da matéria é uma pergunta ou uma afirmação... seja qual for, porque sempre o produtor tem que pagar a conta.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2013

Prezado Cezar Pimenta Guimarães

Com relação à sua colocação para o Rafael Gomes quero colocar que concordei com o Rafael que produzir leite com um CBT baixo tem um custo relativamente baixo pois depende de higiene de ordenha e treinamento do produtor ( custo muito baixo ) e disponibilidade de tanque de expansão ( custo baixo se compararmos com o custo para CCS baixa e o investimento no tanque não é tão elevado e pode ser financiado ). Dessa forma se a indústria estiver realmente em ter leite cru com baixo CBT pode ajudar seus fornecedores a viabilizar as ações necessárias para isso.

Agora se a propriedade não tem energia elétrica, e principalmente está longe da rede elétrica não é viável produzir leite de qualidade nela.

Com relação a qualidade da estrada e a qualidade do isolamento dos caminhões isotérmicos o problema não é do produtor mas da indústria, pois a CBT, conforme IN 62, é medida no tanque do produtor

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho

CEZAR PIMENTA GUIMARAES

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2013

Prezado Rafael Gomes.
Discordo plenamente de seu comentario. Produzir leite com baixa contagem custa muito caro mesmo, tem em vista que necessita de tanques adequados para refrigeração,energia eletrica boa, estradas boas, caminhões granelizados, ordenha higienica, treinamento de funcionarios tanto na ordenha como transporte, produtos apropriados e bem usados e principalmente habito de procedimentos higienicos. Ponha preço nisso. Comprova os dados citados neste artigo em que o que menos melhorou foi justamente a CBT nos levantamentos de dados apresentado. Experimentem pagar melhor e recompensar os investimentos de quem melhora para ver o efeito foguete que se tem em melhorias.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/11/2013

Prezado Cezar Pimenta Guimarães

Agradeço o seu comentário.

Você tocou num ponto importante, não temos referência no o preço base no preço levantado pelo CEPEA como entrou a qualidade do leite, e assim é possível que um produtor com mais de 60% das amostras acima de 750.000 ufc/ml esteja recebendo os mesmos 92 centavos/litro que o produtor com 10.000 ufcl da sua região.E isso acontecendo evidencia que não se paga efetivamente por qualidade no País

Gostaria de saber do CEPEA se em termos de comparação de preços recebido pelo produtor existe a possibilidade de evitar comparar "alhos" com "bugalhos".

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
CEZAR PIMENTA GUIMARAES

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/11/2013

Acredito que a qualidade do produto é de interesse de todos, e estabelecer metas é somente valor que tem que estar acompanhado de prazo. No Brasil a fixação de ambos é burocratica, demagogica e impirica. Minha proposta que tais valores sejam dinamicos e estabelecidos com base em dados coletados e recentes para que o ganho seja rapido e adequado para cada regiao e que principalmente, recompense proporcionalmente os esforçados. Acredito que as industrias apreenderiam a pagar pela qualidade, pois quando do mercado spot teriam que pagar o leite daquela regiao adequadamente pela sua disponibilidade, distancia da industria compradora, bem como pela qualidade. Ai sim a qualidade entraria no jogo dos preços, o que não ocorre hoje, pois quem tem qualidade acaba vendendo nos mesmos parametros de quem não tem. Pois vejamos, em minha regiao para um fornecedor, recebeu de seus produtores uma mercadoria que em mais de 60% das amostras deu leite com menos de 10.000 ufc e seu preço base foi de 0,92 centavos, agora compare com sua regiao e CEPEA e venhamos que qualidade ainda não é paga no pais.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2013

Prezado Rafael Gomes

Agradeço o comentário

Concordo plenamente que produzir leite com CBT abaixo de 100.000 não demanda altos custos. O que está faltando é vontade do Governo e da indústria para tomarem ações efetivas para resolver o problema.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
RAFAEL GOMES

SALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/11/2013

Caros,

Sempre me deparo com afirmações do tipo; "o produtor precisa de incentivo ($) da indústria para produzir leite com qualidade". Errado. A qualidade do leite não deve ser utilizada como ferramenta de barganha. Existe uma lei que determina os parâmetros de qualidade do leite a serem atingidos e essa lei deve ser respeitada por ambos, indústria e produtor. Afirmo categoricamente que produzir leite com CBT < 100 mil não demanda altos custos. Abraço
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2013

Prezado Cezar Pimenta Guimarães

Agradeço o comentário.

Com relação a CBT, que depende basicamente de refrigeração e higiene de ordenha e tem baixo custo de implantação, se quiserem levar a sério a a qualidade do leite, tinha que ser estipulado um valor máximo de 100.000 ufc/ml em todas as regiões do País.

Para quem argumentar que existe regiões onde não tem eletricidade e portanto não tem refrigeração, eu argumento que essas regiões não tem condição de produzir leite de qualidade e deveria ser abandonada pela indústria que respeita o consumidor de seus produtos. O que poderia é ser dado um prazo maior para vigorar o limite desde que houvesse um acordo entre o Governo Municipal, Estadual e Federal para instalar rede de energia elétrica e refrigeradores para leite nos produtores dessas regiões.

Com relação à CCS como já disse a questão é complexa, mas limites diferenciados por regiões fere o princípio de isonomia. No meu entender o limite de CCS deveria ficar em 750.000 células/ml ( como é nos USA ) e valores abaixo desse serem bonificados pela indústria de forma a incentivar a redução de CCS. O governo poderia oferecer financiamento para o produtor através da indústria, visando capacitar o produtor e viabilizar ações para redução da CCS.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
CEZAR PIMENTA GUIMARAES

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2013

Fico satisfeito com sua abordagem , Marcelo. Sempre acreditei que desde o inicio do Programa de Melhoria de Qualidade, as pessoas mais interessadas não participaram das normatizações, ficando apenas o time de meio de campo, os técnicos, para estabelecerem parâmetros, e como os mesmos pertencem predominantemente aos órgãos oficiais , os parâmetros-metas foram determinados all copy, ou seja, o que se faz la fora. Acredito que as metas seriam mais efetivas se obedecessem parâmetros matemáticos regionais sobre os resultados alcançados em períodos anteriores, ou vejamos a minha proposta. Pelo histórico alcançado em cada região num determinado ano, digamos 2012, estabeleceria para CBT uma metas de 15% digamos, ou seja , se a media no estado de Minas Gerais em 2012 , em CBT, foi 750.000 ufc, para 2014 a meta seria 15% menor, ou seja, 637500 ufc, e se em 2013 a media obtida fosse 730000 ufc, a meta para 2015 poderia ser 16% menor, em quanto que para o estado do Rio Grande do Sul a meta para 2014 e 2015 obedeceriam metas de melhoria guais ou diferenças adequadas a região, mas sob números de ufc diferentes de Minas Gerais.A discussão ficaria encima da celeridade da melhoria em cada região e não uma única meta disforme nas regiões e que provoca desigualdade de preço ( a verdadeira commodity) irreal com a qualidade de preço
CEZAR PIMENTA GUIMARAES

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2013

Complementando, .....irreal com a qualidade do produto regional. Obrigado
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2013

Prezado João Marcos Guimarães

Agradeço o comentário, que me permite abordar aspectos ligados ao Mercosul e a importação de leite.

Criar associações de âmbito nacional, com lideranças fortes a ponto de eleger políticos voltados para o setor de leite é um sonho muito distante da realidade do produtor, que não se preocupa com o trabalho da porteira para fora e nem siquer participa efetivamente das associações.

Mais forte do que a CNA, presidida por uma Senadora, é difícil. A maioria dos produtores talvez nem saiba que a CNA exista, e dos que sabem talvez poucos saibam dizer o que a CNA faz pelos produtores. E por outro lado o que os produtores fazem pela CNA? Com certeza a maioria nem participa da associação para discutir os problemas do setor, para ajudar encontrar soluções e para participar de mobilizações para que as justas reinvindicações sejam atendidas.

Sugiro que o produtor não sonhe com novas associações, mas sim participe e fortaleça as associações existentes.

Por falar em Mercosul, a CNA tem atuado procurando defender os interesses da pecuária leiteira nacional. Se não consegue mais é porque o produtor não se mobiliza para lhe dá a força política necessária.

Por outro lado não é possível imaginarmos que o Governo possa se posicionar eternamente contra a importação de leite para proteger a incompetência de nosso setor leiteiro, especialmente da nossa pecuária leiteira, que não é capaz de produzir o suficiente para abastecer o mercado interno.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 05/11/2013

Volto a comentar esse assunto. Ainda não foi mencionado um grande problema da indústria e do produtor de leite brasileiro, ele se chama MERCOSUL. Essa união de repúblicas bolivarianas só tem prejudicado o Brasil. Argentina e Uruguai têm melhores condições de produzir leite do que o Brasil. Não vamos entrar em detalhe mas um dos fatores é o clima e a qualidade das pastagens.
O governo brasileiro importa leite em pó, queijos e outros lácteos dos "parceiros" e assim prejudica o produtor de leite.
A tônica do artigo e dos comentários são voltados para a qualidade, só que a falta de estímulo que essa importação causa influi também na qualidade.
Para que o produtor de leite se torne mais forte e tenha influência em esferas superiores é preciso união, muita união. Sugiro a criação de uma associação em âmbito nacional com lideranças fortes que tenha condições até para eleger políticos voltados para o interesse do setor. Sei que em nossa área existem milhares de pessoa honestas e incorruptíveis em condições para essa missão.Sabemos que tem que existir lobby para conseguir avançar em qualquer pleito.

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2013

Prezado Luis Alberto Chavez Ayala

Agradeço o comentário.

Não há dúvida que a indústria deveria esclarecer os consumidores sobre a qualidade do leite e lácteos que produzem, para separar o "joio do trigo", mas só fará isso se estiver realmente interessada em qualidade e fazer desta um diferencial de seus produtos. Ai talvez vejamos na TV algo como o que está acontecendo com a carne, com o Toni Ramos de garoto propaganda anunciando "carne tem que ter procedência", "qualidade tem marca - Friboi".

Mas seria importante o produtor saber o que a indústria faz com o leite que coleta de seus fornecedores. O MAPA exigir que os limites e a medição de CBT e CCS nos silos das indústria seja passados mensalmente aos fornecedores de leite na minha opinião seria um grande avanço no caminho da qualidade do leite ser uma realidade na nossa cadeia produtiva.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
LUIS ALBERTO CHAVEZ AYALA

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 05/11/2013

Prezado Marcello.
Excelente artigo sobre a qualidade do leite, ao que me parece, a grande dificuldade em relação a Contagem Bacteriana Total, esta em seguir corretamente as boas praticas de ordenha, resfriamento, transporte e armazenamento do leite cru. Na minha avaliação os consumidores não tem como avaliar o leite depois que esta embalada, perante isso as industrias precisam utilizar meios de esclarecimentos sobre a qualidade de seu leite, para separar o "joio do trigo", e assim o consumidor tenha poder de escolha na hora da compra
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2013

Prezado Marcelo Vasconcelos Santana

Agradeço o comentário.

Na minha opinião o descaso com relação à CBT começou com o MAPA, pois já na IN 51 os valores limites para CBT eram muito altos, semelhantes aos da CCS, e os prazos para atingir esses limites muito longos, iguais aos da CCS. Na IN 62 esse descaso continuou, pois os limites e prazos para CCS e CBT foram os mesmos. Ou seja, para resolver a questão de CBT que é simples e de baixo custo se dá o mesmo tratamento da CCS cuja solução é complexa e de custo elevado.

O descaso com a CBT também é da indústria, pois embora haja exceções, a maioria não fez uma ação efetiva com seus fornecedores de leite para reduzir a CBT e muitas tem nos seus silos um valor de CBT absurdamente alto. Quando falo em ação da indústria não me refiro apenas a estímulo via preço, que não há dúvida que é importante, mas principalmente de orientação e capacitação do fornecedor para produzir com CBT baixa.

Não eximo o produtor de culpa pela CBT baixa, mas não podemos esquecer que no Brasil talvez não tenhamos mais do que 10% dos produtores de leite com instrução maior do que a primária completa, muitos inclusive são praticamente analfabetos. Cito esse fato para ressaltar a importância de uma ação efetiva de orientação e capacitação de seus fornecedores de leite para produzir com CBT baixa.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho

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