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Ovelhas Santa Inês: perspectivas para produção de leite e derivados

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/09/2020

3 MIN DE LEITURA

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14

Atualizado em 02/09/2022

João Antônio Gonçalves e Silva1, Pamella Cristina Teixeira1, Paulo Victor Toledo Leão1, Leonardo Amorim de Oliveira1, Ruthele Moraes do Carmo2, Elis Aparecido Bento1, Edmar Soares Nicolau2, Marco Antônio Pereira da Silva1

1Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde, Goiás, Brasil
2Universidade Federal de Goiás - Campus Samambaia, Goiânia, Goiás, Brasil

 

O leite de ovelhas no Brasil é pouco consumido, limitado a questões culturais, pouco interesse comercial pela espécie e baixa produção de leite dos animais. Além disso, o teor de gordura do leite ovino é duas a três vezes maior que o leite bovino, o que pode influenciar na aceitação pelos consumidores. O leite de ovelhas pode ser comparado ao leite de búfalas pelo rendimento semelhante na produção de queijos, o que está relacionado ao considerável teor de sólidos.

Em regiões áridas onde a criação de bovinos não é explorada, o consumo do leite de ovinos se destaca na alimentação de indivíduos mal nutridos. Talvez a grande limitação da exploração de pequenos ruminantes para produção de leite seja o volume.

Em pesquisa realizada no Sudoeste Goiano com a exploração de ovelhas Santa Inês para produção de leite e desenvolvimento de derivados lácteos, foi observada produção diária de 0,1 a 1 litro, com média diária de 0,5 litro. No entanto, a baixa produção no rebanho explorado foi relacionada a fatores como idade das ovelhas, número de tetos viáveis, número de cordeiros, incidência de mastite, manejo de ordenha, bem como a morfologia dos tetos da espécie, o que afetou a ordenha pelo método de extração manual. Além disso, a raça em questão é considerada como boa produtora de leite para nutrição do cordeiro, mas não para a exploração em larga escala.

Embora a maior aptidão da raça Santa Inês seja para a produção de carne, a mesma possui em sua composição genética raças com aptidão leiteira, como a raça Bergamácia.

Pesquisadores de Lavras reforçaram que ovelhas Santa Inês, mesmo que exploradas para produção de carne, apresentaram maior período de lactação e elevada produção de leite, com composição química satisfatória e bom rendimento de queijos finos. Além de observar que o uso de ocitocina no momento da ordenha aumentou a porcentagem e quantidade de sólidos totais desengordurados do leite até os 133 dias de lactação, fato este, que pode afetar a produção de derivados lácteos.

Silva e demais pesquisadores produziram queijos frescais, doce de leite pastoso e iogurte a partir do leite de ovelhas Santa Inês, observaram textura firme e sabor acentuado nos queijos, doce de leite e iogurte com sabor persistente de gordura, recomendando assim, o desnate do leite antes do processamento, o que pode melhorar o perfil sensorial dos derivados. Os mesmos pesquisadores também avaliaram as características químicas do colostro e constataram que é uma substância fonte de gordura e proteínas essenciais para o desenvolvimento e aumento da imunidade do cordeiro, com diminuição dos teores de proteína e gordura de forma gradativa até o sétimo dia pós-parto. Com a adição de aditivo à base de óleos vegetais na dieta das ovelhas lactantes foram observadas alterações nos componentes químicos do leite, principalmente gordura e proteína, evidenciando que o aditivo fitogênico pode ser utilizado como manipulador ruminal para o controle e seleção de micro-organismos, além de auxiliar na produção do leite com menor teor de gordura, mas com alto teor proteico.   

Contudo, o estímulo a exploração de ovinos leiteiros e o desenvolvimento de derivados lácteos se destaca principalmente pelo valor agregado, o que pode vir a ser explorado por pequenos e médios produtores visando maior geração de renda. A exploração da raça Santa Inês para produção leiteira depende de investimentos em genética, nutrição e bem-estar animal. Outro fator importante é o auxílio do poder público, com a criação de instruções normativas, legislações e decretos que caracterizam o leite de acordo com suas características físico-químicas e microbiológicas, bem como a organização da cadeia produtiva e orientação de medidas necessárias para obtenção de um produto final de qualidade.

RIBEIRO, Louiziane Carvalho et al. Produção, composição e rendimento em queijo do leite de ovelhas Santa Inês tratadas com ocitocina. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 2, p. 438-444, 2007.

SILVA, J. A. G. Qualidade do colostro, leite e uso de aditivo fitogênico na dieta de ovelhas Santa Inês. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde, Rio Verde, p.50, 2019.

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BETHANIA SAVIA OLIVEIRA

RIO VERDE - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/01/2021

Parabéns !
TIAGO PEREIRA GUIMARÃES

RIO VERDE - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/09/2020

Parabéns pelo trabalho, quase não temos informações a respeito desse assunto.
JEFFERSON LORENCONI

EM 04/09/2020

Muito bom o artigo, parabéns aos pesquisadores e a Universidade envolvida (:
ESTHER CRISTINA NEVES MEDEIROS

RIO VERDE - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 04/09/2020

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