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O sistema de produção influencia a pegada de carbono?

POR JULIANA VIEIRA PAZ

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/09/2022

2 MIN DE LEITURA

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A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP26) aconteceu no ano passado, onde a produção animal obteve destaque devido a sua participação na emissão de gases de efeito estufa (GEE), atores principais das mudanças climáticas que o mundo vem observando nos últimos anos.

No segundo encontro do MilkPoint Experts: Feras da Sustentabilidade, Henrique Mendonça Ribeiro Filho, zootecnista e professor da UDESC, palestrou sobre o que se sabe hoje sobre os sistemas de produção e a pegada de carbono. Segundo ele, a emissão de GEE é diretamente afetada pelo sistema de produção devido ao uso de insumo, forma de exploração da terra etc.

Em sistemas de confinamentos há diferentes formas de armazenamento das excretas produzidas pelos animais. Nestes resíduos ocorre fermentação anaeróbica e emissão de metano em quantidade significativa, variando de acordo com a forma de armazenamento utilizada. No caso de animais a pasto a fermentação anaeróbica é muito pequena.

Dependendo do sistema de produção pode ter maior ou menor sequestro de carbono. A utilização do solo é muito importante, uma vez que sua mobilização contribui para a eliminação do carbono do solo para a atmosfera. O plantio direto, por exemplo, contribui para manutenção e elevação dos estoques de carbono em solo.

A análise do ciclo de vida, uma das metodologias para avaliação dos nutrientes em um sistema, como a pegada de carbono, considera tudo o que é envolvido na criação do animal, desde o dia que ele nasce. Ou seja, todas as emissões envolvidas na produção do alimento para os animais, produtos utilizados e outras operacionalidades da fazenda.

Segundo estudo apresentado, o aumento de 10% de produção de leite diminuiu 0,0617 kg de CO2 da pegada de carbono. Contudo, essa correlação não é linear, ou seja, a partir de um certo ponto há estabilização, onde sistemas com animais de alta produção a resposta não é tão importante.

Além disso, foi evidenciado que uma menor pegada de carbono está sempre associada a sistemas com maior proporção de pasto na dieta. Neste caso, o aumento de 10% no consumo de pasto diminui em 0,047 kg de CO2 emitido por kg de leite produzido. Isso indica a importância da forragem pastejada na diminuição da pegada de carbono na produção de leite.

Durante a palestra também foi mostrada uma tabela com dados de literatura evidenciando as pegadas de carbono para produção de alimentos muito utilizados nas dietas de bovinos de leite.

Tabela 1. Pegada de carbono de acordo com o alimento fornecido para o gado.
sistema de produção e sustentabilidade
Fonte: conteúdo da palestra do Prof. Henrique Ribeiro Filho. Design: Equipe MilkPoint.

 

Esta tabela evidencia que quando diminui a utilização de concentrados na dieta dos animais, caminha-se no sentido de diminuição da pegada de carbono. Isso porque a pegada de carbono para produzir milho é muito maior que a pegada para a produção de pasto. Ainda, quando se trata de pastos perenes, sem mobilização de solo, é possível, inclusive, ter produção de carbono negativa em função do sequestro de carbono do solo.

“No Brasil, hoje, considerando a quantidade de áreas e pastos degradados existe um banco enorme para estocar carbono que não está sendo utilizado que a gente pode explorar a partir do melhor manejo dessas áreas”, disse Henrique.

É devido à grande relevância do tema e a importância de conhecê-lo para tomadas de decisão dentro da propriedade que o MilkPoint Experts: Feras da Sustentabilidade traz em 6 encontros gratuitos palestras de especialistas. É momento de se adiantar frente a tendência do mercado e da produção de alimentos no mundo. Vem com a gente! Clique aqui para se inscrever gratuitamente!

JULIANA VIEIRA PAZ

Médica Veterinária pela USP.

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