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Programa de Controle Integrado dos roedores em áreas rurais

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 10/06/2011

7 MIN DE LEITURA

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Margareth Mathias Dellatorre, Zootecnista e Coord. Técnica Bioprotection - NAH - Brasil

Os roedores

Os roedores são considerados um risco potencial para a saúde pública. Sua presença em uma criação de animais confinados pode servir como indicador de falha na biosseguridade¹ da propriedade. Estudos realizados por (HEALING, 1991) demonstraram que os ratos constituem uma importante fonte de infecção para seres humanos e animais, como exemplo Salmonelose.

Das mais de 2000 espécies de roedores distribuídas pelo mundo, cerca de 125 estão classificadas como pragas e 3 são de grande importância para o homem. Desde tempos mais remotos, os ratos sempre conviveram com o homem, tanto no campo, como nas cidades, sendo chamadas de espécies comensais, devido à convivência com o homem.

As três principais espécies de importância econômica e transmissão de doenças são: Rattus norvegicus, Rattus rattus e Mus musculus. São chamadas popularmente de ratazana, rato de telhado ou rato preto e camundongo respectivamente.

Comportamento dos roedores

O conhecimento das habilidades dos roedores permite a adoção de medidas preventivas já na construção das instalações.

Características sensoriais

A visão é adaptada para ambientes escuros. São sensíveis a luz e não enxergam muito bem, pois não percebem as cores, somente a variação de claro e escuro.

O paladar é altamente desenvolvido. Rejeitam alimentos estragados, mofados e identificam raticidas misturados ao alimento. O olfato é uma habilidade sensorial muito apurada nos roedores, que não estranham o odor do ser humano. O tato é um dos sentidos mais desenvolvidos nos ratos, principalmente devido à presença dos pelos sensitivos, presos no focinho, e pelos tácteis, ao longo do corpo.

A audição é muito aguçada e sensível a ruídos estranhos, habilidade muito importante devido ao hábito noturno. Os ratos podem se adaptar aos ruídos e também ao ultrassom.

Características físicas

Estes animais são providos de um excelente equilíbrio locomovendo-se verticalmente e horizontalmente com extrema facilidade em ambientes estreitos tais como tubulações, canos e conduítes. Podem subir pelo interior de calhas (4,0 cm a 10,0 cm de diâmetro) bem como escalar externamente canos e calhas com até 9,5 cm de diâmetro.

As ratazanas são excelentes nadadoras e mergulhadoras. Podem prender a respiração por até 3 minutos. Também são excelentes escavadoras, construindo galerias de passagem e acesso aos ninhos e fontes de alimento.

Os camundongos constroem ninhos dentro de paredes, no interior das residências e escritórios, em rede de esgoto abandonada, em jardins ou onde houver acúmulo de materiais (papelões e papéis). Os forros e telhados de residências ou instalações rurais, costumam frequentemente, hospedar os chamados ratos de telhados ou rato preto pela presença de abrigo e água, através de caixas d´água com vazamento ou incorretamente fechadas.

Estrutura social

Os roedores (ratazana, rato de telhado/ rato preto e camundongo) vivem em colônias instaladas em territórios bem definidos que variam de extensão segundo a espécie. Ao que parece, o território de um grupo de camundongos, não excede 3 metros de cada lado. Já os ratos de telhado, possuem um território que varia entre 30 ou 40 metros de cada lado, enquanto as ratazanas estabelecem um território que raramente excede a 50 metros de cada lado.

Os ratos dominantes da colônia são os machos e as fêmeas mais fortes em idade de reprodução, enquanto os dominados são os ratos jovens ou muito velhos. Porém, ao identificar uma nova fonte de alimento (iscas) no território, o dominante espera o dominado ingerir parte deste novo alimento, no aguardo de sinais de que este alimento é seguro. Por isso, raticidas que têm efeito imediato, demonstrando resultado insatisfatório no controle. Após um período, reaparece a infestação com os ratos sobreviventes, ou seja, os dominantes que não ingeriram a isca, passam a rejeitá-la, assim como, o local em que se encontravam.

Os roedores controlam a quantidade de indivíduos de acordo com a disponibilidade de recursos. Havendo a morte de alguns indivíduos, a colônia rapidamente se organiza para repor os que morreram. Esta reposição geralmente é muito superior à necessidade da colônia, o que ocasiona a criação de outras novas colônias. Na prática isso é denominado efeito "bumerangue".

Figura 1. Esquema do efeito bumerangue


Fonte: Novartis Animal Health - Brasil

Controle integrado

Em propriedades com animais confinados (bovinos, aves, suínos e equinos), assim como nas fábricas de ração, a presença de roedores está associada à disponibilidade de alimentos (principal), água e abrigo. Acrescentando às características comportamentais e reprodutivas destes animais, encontramos uma situação em que o controle somente alcançará o efeito desejado através da adoção de medidas integradas.

Figura 2. Esquema do Controle Integrado de Pragas


Fonte: Novartis Animal Health - Brasil

O Controle Integrado é um conjunto de ações de caráter preventivo e corretivo, que - adotado em paralelo com medidas de eliminação física do roedor - é capaz de reduzir os níveis de infestação dos roedores, baixando-os a valores toleráveis ou aceitáveis. O conceito de Controle Integrado é tão abrangente que pode ser inteiramente adaptado (com muito sucesso) ao controle de qualquer tipo de praga.

Para um controle eficaz, é necessária a identificação das espécies de roedores presentes na propriedade. Após a identificação pode-se analisar os aspectos biológicos e comportamentais dos roedores, buscando-se informações sobre o alimento, habitat e ciclo de vida. A seguir é preciso analisar se o nível da infestação se está baixo, médio, alto ou muito alto e procurar quais os locais que propiciam o desenvolvimento da infestação mencionada (abrigos, fontes de alimentos, água e umidade).

Controle integrado de roedores

A presença de roedores está associada principalmente à disponibilidade de alimentos. Acrescentando à este fator as características comportamentais e reprodutivas destes animais, encontramos uma situação em que o controle somente alcançará o efeito desejado, com a adoção de medidas integradas.

É extremamente importante identificar as espécies de roedores existentes na propriedade, já que cada uma tem seus próprios hábitos.

A observação cuidadosa dos locais onde se encontram os sinais da infestação, assim como, a classificação da infestação como baixa, média ou alta.

A determinação do nível da infestação auxiliará no dimensionamento do controle que deverá ser realizado.

Podemos citar algumas medidas de controle a serem adotadas nas propriedades:

- manter a área externa limpa: sem entulhos, materiais empilhados (madeiras, canos, telhas), mato e grama devidamente aparados, poda de galhos de árvores que se projetem sobre a construção;
- eliminar ou proteger as fontes de água: fossos, valas, poças estagnadas, poços, caixas d`água e outros reservatórios;
- armazenar de forma adequada e protegida: cereais, alimentos, rações;
- acondicionar o lixo em recipientes a prova de roedores ou de difícil acesso;
- manter adequada as instalações hidráulicas e rede de esgoto.

Algumas medidas que mantenham os roedores do lado externo das instalações, requerendo, às vezes alterações na edificação.

- vedar rachaduras e brechas nos muros, paredes e pisos;
- proteger vãos sob as portas ou janelas, com telas ou chapas galvanizadas;
- instalar golas metálicas em pilastras, canos e colunas;
- chumbar ralos onde houver necessidade;
- proteger as fiações que chegam às instalações, com discos de lata planos com raio mínimo de 40 cm.

As medidas de eliminação

Controle químico é o método mais utilizado para eliminação de infestações já existentes. Consiste na utilização de substâncias anticoagulantes, incorporadas a iscas que são oferecidas em locais de trânsito ou de visitação destes animais. O anticoagulante é uma substância química que impede a coagulação normal do sangue, causando hemorragias.

A legislação brasileira proíbe a fabricação de raticidas agudos, por uma questão de segurança em vista da grande toxicidade dos mesmos, e o risco de acidentes na sua utilização. Os raticidas agudos, para efeito de informação, são de ação instantânea (24 horas), por contato, ingestão ou inalação. São substâncias tóxicas como: arsênico, estricnina, cila vermelha, antú, o 1080 e 1081, sulfato de tálio, norbomida e etc.

Hoje é permitido a utilização de raticidas anticoagulantes de dose única, como o Lanirat®, atuando por ingestão, podendo ser aplicado no ambiente. Nas formulações: iscas (mais atrativas) e blocos parafinados (áreas externas e úmidas).

Em áreas de produção, o raticida deve-ser aplicado em portas-isca (caixas pretas ou canos PVC de 4`` com 30 cm). Dessa forma, as iscas ficam protegidas das condições ambientais externas (chuva e etc.), inacessíveis para homens e animais domésticos, bem como os roedores não carregam para outras áreas, não há contaminação de alimentos, etc.

Deve-se aplicar o raticida perto dos esconderijos, dentro de tocas visíveis e ao longo das trilhas, caminhos e outros lugares frequentados por roedores, em quantidade suficiente para que o maior número de indivíduos tenha acesso ao raticida pelo menos uma vez. Também é conveniente eliminar e/ou bloquear potenciais pontos de entrada de roedores.

Referências Bibliográficas

Carvalho Neto, Constancio de, In: Manual Prático de Biologia e Controle de Roedores. São Paulo: Novartis Saúde Animal, 2005.
FUNDAÇÃO NACIONAL E SAÚDE - FUNASA. Manual de controle de roedores. Brasília: FUNASA, 2002.
Potenza, M. R. Aspectos bioecológicos dos ratos no campo e na cidade. In: REUNIÃO ITINERANTE DE FITOSSANIDADE DO INSTITUTO BIOLÓGICO, 12., 2005, Ribeirão Preto. Anais... Ribeirão Preto: Instituto Biológico. p. 69-83.

1.Biosseguridade - prima pela proteção dos animais contra agentes biológicos infecciosos ou não, tais como, bactérias, vírus, fungos, parasitas, protozoários e qualquer outro agente capaz de induzir uma doença infecciosa em um lote de animais.

® Marca Registrada Novartis, AG, Basiléia, Suíça.
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem a autorização da Novartis Saúde Animal. Junho de 2011.

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