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Efeito de infusão de uréia no pH uterino, produção de prostaglandinas e proteínas em vacas leiteiras em lactação

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 01/11/2001

2 MIN DE LEITURA

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Muito tem-se escrito da importância dos níveis plasmáticos de uréia (PUN) na reprodução. Porém, ainda sem conclusão dos mecanismos envolvidos.

Foi discutido no radar anterior a influência da concentração sérica de uréia (PUN) na qualidade e desenvolvimento dos embriões, que é alta quando são oferecidas dietas com alta densidade protéica (excesso de Proteína Degradada no Rúmen, PDR ) e/ou com falta de sincronia energia: proteína.

O excesso na ingestão de PDR, provoca elevação nos níveis plasmáticos e teciduais de amônia (NH3), uréia e outros compostos não nitrogenados, sendo que níveis sangüíneos de uréia maiores do que 20 mg/dL podem provocar redução nas taxas de concepção. Estudos têm demonstrado que decréscimo na fertilidade de vacas leiteiras de alta produção está associado com altos níveis de PUN, apesar do fato de que o mecanismo pelo qual isto ocorre ainda não ser conhecido.

O grupo do Dr. Butler da Universidade de Cornell (J. Dairy Sci., vol. 83, suppl. 1/2000) delineou experimento tentando verificar se níveis altos de PUN poderiam influenciar negativamente a concepção através de algum efeito no útero.
Foram utilizadas vacas leiteiras (n=8) entre 40 e 100 dias em lactação, que foram sincronizadas e avaliadas no 7º dia do ciclo estral. Através de cateteres na veia jugular foi feito infusão continua por 24 horas de solução fisiológica (n=4) ou uréia (0,01 g uréia/h/kg pv; n=4), e depois trocadas as vacas e feito infusões por mais 24 horas. Foram feitas colheitas de sangue em intervalos de 1 a 2 horas para determinar os níveis de PUN. O pH uterino foi determinado a intervalos de 6 horas através de cânula contendo eletrodo, inserida no útero. Após o final de cada período de infusão, foi feita lavagem do útero com 30 ml de solução salina.

Durante o período de infusão de uréia, a concentração media de PUN aumentou de 16,1 +1,5 mg/dl para 23,3+1,0 mg/dl, valor este comumente encontrado em vacas de leite de alta produção. O pH uterino diminuiu durante o período de infusão de uréia, de 7,18+0,03 no momento zero para 6,88 + 0,03 com 18 horas enquanto no grupo com infusão de solução salina não houve alteração (7,16+0,04 para 7,27+0,04).

As concentrações de PGE2 e PGF2a no lavado uterino não foram diferentes entre os tratamentos.

Proteínas foram determinadas em amostras do lavado uterino por eletroforese. Porém, também não foram detectadas diferenças entre os tratamentos.

Decréscimo do pH uterino durante os períodos de infusão foi correlacionado com maiores concentrações séricas de progesterona.

Este estudo demonstrou que o aumento de PUN pode exercer efeito direto no ambiente uterino, e que essas variações poderiam afetar a fertilização ou sobrevivência do embrião, já que existem citações de que o desenvolvimento embrionário depende da qualidade do ambiente uterino.

Estes resultados mostram que, apesar da diminuição da concepção em vacas em com dietas com alta proteína e PUN, não é fácil determinar qual é o mecanismo pelo qual ocorre esta diminuição, ou seja, mais estudos são necessários para entender o mecanismo pelo qual mudanças do ambiente uterino podem afetar a fertilidade de vacas leiteiras de alta produção.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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MATHEUS VILELA

EM 28/05/2019

estou estudando sobre esse tema, poderia me ajudar com algum material?
CAMILA CARNEIRO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/05/2008

Olá, estou fazendo mestrado na UFV, meu projeto é justamente sobre esse tema, uréia influenciando parâmetros reprodutivos, analisarei NUP, progesterona, pH uterino e PGF2a. Estou pesquisando métodos para medir pH uterino. Você conhece o método usado pelo Dr. Butler? tem outros trabalhos sobre isso?

Abraço

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