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Cuidados na hora do parto (parte 2)

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2004

3 MIN DE LEITURA

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Um dos pontos importantes para a obtenção de baixos índices na perda de bezerros e infecções pós-parto é a instalação. Piquetes de maternidade são uma ótima opção para rebanhos pequenos, mas em grandes rebanhos a melhor opção são as baias. Deve-se estar consciente que quando um grande número de partos são concentrados em uma área pequena, a limpeza e higienização do local são extremamente importantes e que a condição sanitária irá minimizar a ocorrência de doenças. Ao planejar uma maternidade lembre-se que ela deve ser localizada em uma área freqüentemente observada e de fácil acesso. Um pequeno cômodo com uma pia e luz elétrica deve ser construído próximo à maternidade para adequada armazenagem dos equipamentos utilizados no parto e adequada limpeza dos mesmos.

Pesquisadores avaliaram os efeitos do peso do bezerro ao nascimento sobre a ocorrência de morte do neonato e distocias no parto. Foram avaliados 4528 partos, sendo observada uma incidência de morte do bezerro durante o parto (ou em até 48 horas no pós-parto) de 7,1% e uma incidência de distocias 23,7%.

Os partos distócicos apresentaram 2,7 vezes mais chance de ocorrer a morte do bezerro do que os partos espontâneos. Vacas de primeira cria apresentaram 2,4 vezes mais chance de perda do bezerro do que vacas maduras. Foi também avaliada a probabilidade da ocorrência de morte do bezerro no periparto e sua relação com o peso do bezerro ao nascimento. Os resultados estão apresentados na tabela 1. Em relação à ocorrência de distocia, foi relatado que à cada kg do animal ao nascimento houve um aumento de 13% nas distocias no parto. Em relação à largura da pelve da vaca foi evidenciado que houve uma redução de 11% nas distocias a cada dm2 da largura da pelve. Os pesquisadores observaram que a necessidade de auxílio durante o parto foi 25% maior para os bezerros machos e as vacas de primeira cria apresentaram 4,7 vezes mais chance de distocia que as vacas mais velhas. A associação da duração da gestação com a perda de bezerrros também foi avaliada e os resultados estão apresentados na tabela 2.

Tabela 1 - Peso do bezerro e a probabilidade de ocorrência de morte no periparto.
 


Tabela 2 - Duração da gestação e a probabilidade de ocorrência de morte no periparto.

 



Apesar dos riscos que envolvem o parto, o auxílio durante o parto não deve ser dado enquanto a vaca ou a novilha apresente com um progresso satisfatório na expulsão do bezerro. Muitas vezes o auxílio precoce trás maiores complicações no parto e infecções na vaca. Atenção especial deve ser dada às novilhas, já que estes animais apresentam maior chance de distocias. Vale lembrar que as novilhas devem ser inseminadas com touros que tenham no teste de progênie a garantia de que os bezerros sejam pequenos ao nascimento.

Após o parto a vaca deve ser examinada para assegurar que não há outro bezerro. Vacas que apresentaram parto gemelar ou que sofreram um parto distócico têm maior predisposição à retenção de placenta e infecções uterinas, por isso estes animais devem receber mais atenção no pós-parto.

Durante o periparto (um mês antes e um mês depois do parto) ocorrem várias alterações endócrinas na vaca gestante. Já se sabe que o aumento da secreção do cortisol possui importância considerável para o desencadeamento do parto. Pesquisadores da Alemanha avaliaram a função do córtex da supra-renal em vacas que sofreram diferentes tipos de parto (espontâneo, com auxílio para a extração do feto; cesariana e fetotomia). As vacas que apresentaram um parto normal não apresentaram alteração na produção de cortisol após o parto, porém a produção foi aumentada no pós-parto em vacas que sofreram algum tipo de distocia.

Em última análise, para o sucesso no momento do parto é necessário que os funcionários tenham uma preparação básica com as informações discutidas nestes artigos e a que a instalação ofereça conforto e higiene para a vaca gestante.

Fonte:
NAKAO, T.; GRUNERT, E. Effects of dystocia on postpartum adrenocortical function in dairy cows. J. Dairy Sci., v.73, p.2801-2806, 1990.

JOHANSON, J. M.; BERGER, P. J. Birth weight as a predictor of calving ease and perinatal mortality in Holstein cattle. J. Dairy Sci., v.86, p.3745-3755, 2003.

https://www.vetmed.ucdavis.edu/vetext/INF-DA/INF-DA_CAREPRAX.HTML

MANAGEMENT COMPONENTS - SECTION 1. CALF CARE FROM BIRTH TO WEANING

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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