ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Zurita: "Brasil pode ser o maior produtor do mundo"

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/07/2005

3 MIN DE LEITURA

2
0
Cerca de 500 pessoas participaram do debate "Brasil: Maior Exportador do Mundo", organizado pela Leite Brasil. Os entrevistados foram Ivan Zurita, presidente da Nestlé no Brasil, Joelmir Betting, jornalista, e Xico Graziano, deputado federal. Os debatedores foram Vicente Nogueira, da CBCL, Marcelo Carvalho, do MilkPoint e Carlos Raíces, do Jornal Valor.

Zurita se mostrou bastante otimista com o potencial do Brasil como produtor e exportador de leite. "O destino do Brasil é ser o maior produtor de leite do mundo", disse. Segundo Zurita, dos maiores produtores mundiais hoje, apenas o Brasil tem potencial de crescimento e competitividade mundial.


Zurita falou também do potencial exportador do Brasil. Ele informou que, em 2004, a empresa respondeu por 55% das vendas externas de lácteos brasileiros e fará do Brasil seu pólo de exportação desses produtos na América Latina.

Em 2004 o Brasil embarcou o equivalente a 600 milhões de litros em produtos lácteos para países da África e América Latina, entre outros. Para este ano, a perspectiva é exportar também para o México, que acaba de fechar acordo sanitário com o governo brasileiro. O novo mercado estimulará investimentos por parte da Nestlé no Brasil. "Nosso mapa de exportação prevê uma fábrica só para atender o México", disse Zurita.

O executivo descartou uma suposta resistência por parte da Nestlé mexicana à importação dos lácteos brasileiros, conforme foi relatado por Vicente Nogueira, da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios, durante o debate. Nogueira participou, com governo e iniciativa privada, das negociações para abertura daquele mercado.

Os planos de crescimento da empresa para o Brasil são consideráveis. Segundo Zurita, a meta é crescer de 13 a 15% ao ano e, para isso, o ideal é transformar a curva de produção em uma reta. A empresa captou 1,5 bilhão de litros no ano passado e pretende crescer 13,5% a captação nesse ano.

Mercado interno

Apesar do potencial do mercado de exportação, Zurita reconheceu que há grandes possibilidades de desenvolver o mercado interno. "Cerca de 95% das nossas vendas hoje são feitas no Brasil", informou. Ele também disse que a empresa está desenvolvendo projetos para população de baixa renda, em escolas, e que acredita na necessidade do marketing institucional, inclusive para a exportação. "Temos de pegar o exemplo do café da Colômbia. O Brasil é o maior produtor do mundo, mas é a Colômbia que consegue os melhores preços, em função de um trabalho de marketing muito bem estruturado", disse.


Para Zurita, no entanto, o marketing de lácteos tem de ser acompanhado da melhoria da qualidade. "Não se pode fazer propaganda de um atributo que seu produto não tem", alerta. A necessidade de implantação da IN 51 foi abordada por todos os participantes.

Crescimento

Além da fábrica para atender o México, a Nestlé também anunciará na próxima semana uma nova unidade no Nordeste. Lá a empresa produzirá lácteos, cereais e outros produtos. Conforme Zurita, a Nestlé também está "prospectando" as regiões Sul e Norte para implantar novas indústrias. Hoje a companhia tem 26 unidades no Brasil. "A cada 3% de crescimento, temos de fazer uma nova fábrica", disse o executivo, que estimou um aumento de 8% no faturamento do grupo este ano, para R$ 11 bilhões.

Xico Graziano, ex-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, ponderou no debate, no entanto, que o caminho do Brasil para se tornar o maior exportador mundial ainda é longo. Enquanto a Nova Zelândia exporta quase a totalidade de sua produção de 11,3 bilhões de litros, o Brasil embarcou cerca de 600 milhões de litros em 2004.

E esse caminho implica enfrentar os subsídios europeus e alcançar mercados como a China. No país asiático, o consumo de leite cresce 26% ao ano, o que significa 60 mil toneladas adicionais de leite em pó, e o volume per capita é de apenas 29 litros por habitante/ano, bem abaixo dos 129 litros do Brasil, segundo Zurita. A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo de 180 litros.


Para Graziano, é importante também que o produtor cresça junto. "De nada adianta ser o maior do mundo se o produtor não estiver ganhando", disse.

Diante desses números, Zurita vê grande potencial de consumo na China, que não tem área para expandir sua produção de leite. Mas Graziano, que defendeu a negociação de acordos bilaterais para ampliar as vendas externas de lácteos, avalia que a China não resolverá o problema dos excedentes de oferta no Brasil, que derruba os preços do leite ao produtor. "Precisamos de uma política de incentivo do consumo de leite também no mercado doméstico".

Fonte: MilkPoint e Valor (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe MilkPoint

2

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

HELTON PERILLO FERREIRA LEITE

LORENA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/07/2005

Estranho, o Brasil foi exportador (saldo líquido) de lácteos apenas em 2004, em todos os outros anos anteriores e atualmente (em 2005) fomos e somos grandes importadores de leite.



Nos últimos meses de maio e junho importamos algo em torno de 5% da produção formal mensal, isto foi suficiente para baixar o preço ao produtor em quase 13% em dois meses (junho e julho).



Para nos tornarmos maiores exportadores, primeiro temos que exportar mais que importamos de modo permanente. Isto ainda não acontece. Vários outros países tem que atuar em nosso favor, a China precisa tomar mais leite, a Nova Zelândia não pode crescer, a Europa precisa parar com os subsídios, os USA precisam não exportar leite, o México e a Argentina ...



Me lembro daquela piada do jogador de futebol após uma explanação detalhada da tática a ser adotada, perguntou ao técnico: você já combinou com o time adversário?
VALERIO PAIM DE AVELLAR

TUPARENDI - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/07/2005

Infelizmente muito falamos sobre marketing institucional e exportações, porém nem dentro de casa fazemos a lição. Nossas crianças tomam refrigerantes e outras porcarias, nossos governos não incentivam leite e derivados na merenda escolar, agora até alguns médicos andam falando que as crianças não devem tomar mais de 1 copo de leite por dia. É a pura desinformação, tenho visto alguns recomendarem leite cru, o que é um retrocesso sanitário, esqueceram das zoonoses.



Criticamos os americanos, mas suas campanhas de consumo de leite deram ótimos resultados ao longo dos últimos anos, e consumir leite é habito comum entre crianças e adultos. As vantagens do consumo dos lácteos são conhecidas pela população adulta, que estimula os filhos a consumirem; mas nós, nossas indústrias estão mais preocupadas em aproveitar o preço do dolar para poder pagar menos ao produtor e importar o leite que conseguirem. Não é realmente incrível que os empresários do leite brasileiro achem melhor matar o fornecedor ao invés de estimular o seu crescimento, e sua estabilidade?

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures