Venezuela: Chávez impõe cotas para alimentos

Sob a ameaça de uma nova crise de desabastecimento e de mais inflação na Venezuela, o governo do presidente Hugo Chávez impôs cotas de produção às fábricas que manufaturam alimentos com preços congelados. A medida inclui 12 produtos, entre os quais o arroz, setor que está sob intervenção militar desde sábado passado (28). As porcentagens variam de 70%, para o macarrão, a 95%, casos do molho de tomate, açúcar, queijo, café e óleo comestível. As cotas também incluem o leite em pó e pasteurizado, a margarina, a maionese e a farinha de milho.

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Sob a ameaça de uma nova crise de desabastecimento e de mais inflação na Venezuela, o governo do presidente Hugo Chávez impôs cotas de produção às fábricas que manufaturam alimentos com preços congelados. A medida inclui 12 produtos, entre os quais o arroz, setor que está sob intervenção militar desde sábado passado (28). As porcentagens variam de 70%, para o macarrão, a 95%, casos do molho de tomate, açúcar, queijo, café e óleo comestível. As cotas também incluem o leite em pó e pasteurizado, a margarina, a maionese e a farinha de milho.

O objetivo do governo é evitar que as fábricas produzam variedades que escapem do controle de preços. No caso do arroz, por exemplo, empresas privadas produziam sobretudo versões não tabeladas, como o integral - só o arroz branco, cada vez mais raro nos supermercados, tem preço congelado. A resolução também obriga o comércio a vender os produtos na mesma proporção - 95% do queijo num supermercado deve ser das variedades submetidas ao controle de preços.

No caso de empresas que produzem exclusivamente variedades fora do tabelamento - como leite achocolatado -, será necessário obter uma permissão especial do governo para continuar produzindo. "Nenhuma empresa pode estar acima do bem-estar de milhões de venezuelanos apenas pelo interesse capitalista", disse o superintendente nacional de silos, Carlos Osorio.

A medida foi recebida com críticas pelo setor empresarial, segundo o qual o controle de preços não é reajustado conforme a inflação venezuelana, a mais alta da América Latina. Só em 2008, o preço dos alimentos subiu 47%, em média. "É uma política comunista, que busca controlar todos os meios de produção", disse à Folha Eduardo Gómez, presidente da Confederação Venezuelana de Industriais. Segundo ele, nenhum dos produtos com preços congelados é viável economicamente.

"As empresas não suportarão vender produtos a preços congelados com uma inflação que deve chegar a 45% neste ano", diz Gómez. "O governo está levando o país a uma grande crise no setor produtivo."

A matéria é de Fabiano Maisonnave, publicada na Folha Online, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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L.  Ferreira de Aguiar
L. FERREIRA DE AGUIAR

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/03/2009

Esse filme já assistimos por aqui, e o fim não foi muito agradavél, nem os resultados os esperados. Logo veremos vermelhinhos (de raiva) pegando boi no pasto e plantando arroz. Por aqui tinha uns companheiros que gostavam de colher café na Nicaragua, talvez agora queiram plantar arroz na Venezuela.

L. Aguiar
renato calixto saliba
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/03/2009

Nós já vimos este filme, com certeza não vai dar certo. Ninguem produz para ter prejuizo. Tem que investir no homem do campo, dando credito com juros compativeis com atividade de risco como é o agronegocio. Fora isso é perder tempo, enxugar gelo.
Qual a sua dúvida hoje?