Por causa dessa correção, o USDA passou a prever a colheita global da oleaginosa, liderada pelos EUA (117,2 milhões de toneladas), em 340,8 milhões de toneladas, um aumento de 9% na comparação com o ciclo anterior. O órgão também elevou sua estimativa para a demanda global, mas menos, e, assim, passou a projetar os estoques no fim da safra internacional em 82,8 milhões de toneladas, 2,4 milhões a mais que o previsto em fevereiro e volume 8% superior ao de 2015/16.
Em razão desse quadro global ainda mais confortável de oferta e demanda que o anteriormente projetado, as cotações da soja registraram baixa na bolsa de Chicago. Os contratos futuros com vencimento em maio fecharam a US$ 10,11 por bushel, em queda de 10,75 centavos de dólar em relação à véspera.
No caso do milho, o USDA passou a estimar a colheita brasileira total (primeira e segunda safras) em 91,5 milhões de toneladas, 5 milhões a mais que o previsto em fevereiro. Se confirmado, o volume será 36,6% maior que o calculado pelo órgão para o país em 2015/16, quando a colheita por golpeada por problemas climáticos.
Esse revisão também influenciou diretamente o ajuste para cima que o USDA realizou em sua projeção para a produção global do cereal em 2016/17. Na comparação com a estimativa de fevereiro, o aumento superou 9 milhões de toneladas (ver infográfico), e esse salto influenciou uma correção para cima também nos estoques finais globais. Em Chicago, os preços não resistiram. O contrato de maio caiu 5,25 centavos por bushel, para US$ 3,67.
As informações são do jornal Valor Econômico.
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