Uruguai: setor pode perder 25% do rebanho em 2009

Este ano, o Uruguai perderá de 25% a 29% do rebanho leiteiro, o que significará uma queda na produção de US$ 50 milhões anuais. Para cada 70 vacas que deixam de produzir, perde-se um posto na indústria e um produtor abandona o campo. Estes cálculos foram feitos pela Câmara Uruguaia de Produtores de Leite. O setor leiteiro uruguaio é o mais afetado pela seca.

O Uruguai ordenha anualmente um rebanho de 350.000 vacas leiteiras, com uma produção média de 4.000 litros por cabeça. Das 350.000 vacas em ordenha, serão perdidas mais de 100.000, incluindo os descartes que foram enviados para frigoríficos e as que não produzirão leite porque não há comida para alimentá-las e as que morreram por causa da seca.

Com a perda dessas 100.000 vacas, haverá redução de 300 milhões de litros de leite que, a um preço indústria de US$ 0,16 por litro, representam US$ 50 milhões anuais.

A nível de indústria leiteira, a captação caiu 11% no caso da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole). Hoje, a cooperativa recebe entre 1,9 milhão e 2 milhões de litros diários. A projeção da empresa é que se possa chegar a 20% no mês que vem, disse o gerente da cooperativa, Enrique Malcuori. Não se está quantificado a perda em pastagens, mas só em San José, o prefeito Juan Chiruchi, disse que foram US$ 80 milhões.

A reportagem é do El País Digital, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.